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Matérias / Personagem

Pesadelo da Gestapo: Nancy Wake, a inabalável espiã da Segunda Guerra

Nascida na Austrália, a jovem sempre se opôs ao nazismo e, assim, tornou-se uma das mulheres mais perseguidas pelo regime

Pamela Malva Publicado em 23/11/2020, às 18h30

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Fotografia de Nancy Wake ainda jovem - Wikimedia Commons
Fotografia de Nancy Wake ainda jovem - Wikimedia Commons

A história da Segunda Guerra Mundial conta com narrativas de personagens que muita gente nunca ouviu falar. Eram homens e mulheres que, dentro de sua capacidade, fizeram o máximo para lutar pelo que achavam ser justo.

Esse é o caso de Nancy Grace Augusta Wake, uma australiana que também ficou conhecida como The White Mouse (ou A Rata Branca). Original da Nova Zelândia, a jovem nunca se conformou com o rumo que as coisas estavam levando na Europa.

Assim, com o passar dos anos, Nancy fez o que estava ao seu alcance para se opor ao nazismo pulsante, que crescia mais a cada segundo. Foi dessa forma que a jovem enfermeira e jornalista se tornou uma espiã de ponta, o pesadelo da Gestapo.

Retrato de Nancy Wake / Crédito: Divulgação/Youtube

Uma menina normal

Mesmo tendo nascido na Nova Zelândia, em meados de 1912, a pequena Nancy, aos 20 meses, mudou-se para Sydney, onde cresceu. Quando chegou aos 16 anos, no entanto, a menina decidiu que era hora de sair de acasa. E assim o fez, sem pensar duas vezes.

Sozinha em uma das maiores cidades da Austrália, a adolescente conseguiu um emprego como enfermeira. Aos 20 anos, toda sua técnica e conhecimento fizeram com que Nancy fosse enviada para a Europa, onde ela trabalharia como jornalista.

Ainda que estivesse longe dos tubos de respiração, remédios e salas de emergência, a nova jornalista se estabeleceu em Paris, a cidade cheia de estrelas, para ocupar uma vaga de repórter no grupo de jornais Hearst, em 1932.

Fotografia de Nancy Wake / Crédito: Divulgação/Youtube

Um susto que mudou sua vida

Ao mesmo tempo em que a australiana reinvidicava seu espaço nas redações e fazia seu trabalho como jornalista, um governo autoritário se estabelecia na Alemanha. A própria Nancy, inclusive, escreveu sobre a ascensão do nazismo.

Foi apenas em 1935, no entanto, que uma viagem abriu os olhos da jornalista, fazendo com que ela mudasse suas opiniões por completo. Durante uma visita a Viena e Berlim, Nancy assistiu às priores manifestações do antissemitismo e da violência.

Daquele dia em diante, ela nunca mais abandonou a ideia de que o nazismo deveria ser combatido. Dessa forma, os Aliados ganharam uma de suas maiores espiãs — mesmo que ela ainda não soubesse que assumiria esse cargo.

Retrato de Nancy Wake com seu uniforme durante o conflito mundial / Crédito: Divulgação/Youtube

Uma agente afiada

Em maio de 1940, quando Nancy já estava casada com Henri Fiocca, um rico industrial, há seis meses, a Alemanha invadiu a França. Foram tempos assustadores e o casal decidiu fazer alguma coisa, muito embora futuro fosse incerto.

Com isso, os dois se envolveram com a Resistência francesa que ainda estava se estabelecendo no país. Uma vez dentro do grupo opositor, o casal facilitou a fuga de soldados aliados e refugiados judeus para a Espanha, que permanecia neutra.

Eventualmente, Nancy e seu marido também fugiram da França, com medo de que fossem conectados à oposição. Foram três anos de muita pessa, frustração, terror e até mesmo algumas prisões até que a australiana desembarcasse na Inglaterra.

Imagem meramente ilustrativa de soldados na trincheira / Crédito: Divulgação

Longe de casa

Em junho daquele ano, já estabelecida entre os ingleses, Nancy tornou-se membro sa Seção Francesa do Executivo de Operações Especiais (SOE). Na organização, a mulher passou por um período de treinamento e voltou para a França, em abril de 1944.

A ideia era que os agentes organizassem um grupo da Resistência antes do Dia D, para que tudo saísse como planejado na data. Ao lado dos companheiros, Nancy ficou responsável pela entrega de armas e equipamentos através dos paraquedas.

Terminada a batalha, a espiã australiana ainda serviu na linha de frente, onde os agentes lutavam contra as tropas alemãs corpo a corpo. Em meados de 1944, com a Guerra chegando ao fim, Nancy abandonou seu posto e viajou para Londres.

Nancy Wake já mais velha, conversando com soldado / Crédito: Divulgação/Youtube

Sem rumo

Ainda que o combate tivesse acabado, a vida da australiana nunca mais foi a mesma: Henri foi morto pela Gestapo em agosto de 1943 e Nancy etava sozunha. Com diversas medalhas seu currículo, mas um luto profundo no peito, ela voltou para a Austrália.

Aos 37 anos, contudo, a mulher já não se encaixava mais no modo de vida do país. Nancy chegou a tentar um cargo na política australiana duas vezes, mas nunca venceu as eleições. Insatisfeita, ela voltou para a Inglaterra e se casou com John Forward, em 1957.

Mesmo tendo retornado para sua terra natal mais uma vez, a mulher decidiu passar os últimos de seus anos na Inglaterra. Já viúva, ganhadora de diversas honrarias por sua coragem durante a Segunda Guerra, Nancy morreu, em agosto de 2011, aos 99 anos.


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