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Matérias / Crimes

Pesadelo na madrugada: Carl Panzarm, o criminoso mais cruel e frio da História

Antes de seu último suspiro, disse: “Apresse-se, seu bastardo! Eu poderia ceifar a vida de uma dúzia de homens enquanto você está brincando!”

Fabio Previdelli Publicado em 23/05/2020, às 09h00

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Mugshot de Carl Panzarm - Wikimedia Commons
Mugshot de Carl Panzarm - Wikimedia Commons

No final de sua vida, Carl Panzram confessou alegremente 21 assassinatos, mais de 100 atos de sodomia e milhares de roubos e incêndios criminosos. Como se já não bastasse tamanha crueldade, em uma de suas declarações, ele não mostrou nenhum arrependimento pelos crimes torpe que cometeu: “Por todas essas coisas, eu não sinto nem um pouco”.

Mas qual teria sido a motivação de tamanha brutalidade? Segundo alguns criminologistas, o comportamento sádico de Panzram se deve a diversos acontecimentos trágicos e traumáticos que sofreu durante a infância e parte significativa da vida.

O início da vida de Carl Panzarm

Filho de imigrantes da Prússia Oriental, ele nasceu em Minnesota, Estados Unidos, em 1891. Seu primeiro trauma veio na idade terna, quando seu pai abandonou a família. Tempos depois, aos 12 anos, cometeu seu primeiro roubo: furtando bolos, maças e um revólver de seus vizinhos.

Retrato de Carl Panzarm / Crédito: Wikimedia Commons

Como consequência, foi enviado para a Escola Estadual de Treinamento de Minnesota, um centro correcional de jovens. Enquanto esteve por lá, foi constantemente espancado, torturado e estuprado por funcionários. Os atos aconteciam nas chamadas oficinas de pintura, que era um para disfarçar as crueldades contras as crianças. A alcunha se deu porque os pequenos eram “pintados” com hematomas e sangue.

Aos 14 anos, foi liberado do centro correcional e decidiu fugir de casa. Nessa fase de sua vida, Carl já consumia bebidas alcóolicas com naturalidade e estava tendo repetidos problemas com as autoridades locais, geralmente por roubo e furto.

Depois de roubar dinheiro de sua mãe, passou a viver a vida como um andarilho, vagando entre vagões de trens com destinos incertos. Em uma dessas andanças, foi estuprado por um grupo de ambulantes. A experiência o marcou muito. Além do trauma, também disse que nessa época a violência sofrida o deixou mais sábio, afinal, aprendeu tudo que precisava para começar a estuprar outras pessoas.

Assim, Panzram seguiu com a vida de delitos, incendiando prédios e roubando pessoas. Em um de seus crimes, foi condenado e acabou parando no Quartel Disciplinar dos Estados Unidos, em Fort Leavenworth, em 1908.

Após sua libertação, seguiu roubando qualquer coisa que tivesse a oportunidade. Apesar da experiência no ramo, ainda foi preso diversas outras vezes, cumprindo pena sob seu próprio nome, além de diversos pseudônimos.

Vida em cárcere e crime no iate

Em 1915, foi condenado a uma dura pena de sete anos de prisão na Penitenciária Estadual do Oregon. A vida por lá nunca foi fácil. Panzram frequentemente atacava oficiais e se recusava a seguir suas ordens.

Como forma de revide, os agentes tornaram sua vida um inferno, o espancando constantemente, pendurando-o em vigas e o colocando na solitária. Quando estava confinado sozinho, não recebia comida com frequência e muitas vezes se via obrigado a comer baratas que vagavam pela cela.

Durante seu primeiro ano de prisão na Penitenciária Estadual do Oregon, Panzram ajudou um dos presos, chamado Otto Hooker, a escapar. Durante a fuga, Hooker matou o diretor da penitenciária, tornando Carl um cúmplice do assassinato — o que fez com que os guardas nutrissem um ódio ainda maior contra ele.

No seu segundo ano de cárcere, decidiu que também tentaria fugir, mas acabou sendo pego e voltou para a prisão. Sem se deixar abater por seu fracasso, Panzram escapou novamente apenas um ano depois, em 1918.

Mugshot de Carl Panzarm / Crédito: Wikimedia Commons

Dois anos depois, comprou um iate que apelidou de Akiska. O criminoso aproveitou o bem para atrair soldados americanos bêbados de bares. Lá, ele os estuprava, matava e jogava seus corpos em um estuário do Oceano Atlântico. Ao todo, ele alegou ter repetido o ato em 10 ocasiões. Os crimes só foram interrompidos depois que o Akista encalhou e afundou perto de Atlantic City.

Atos violentos em outro continente e o fim de seus crimes

Panzram então pegou um navio para o sul da África e desembarcou em Luanda. Por lá, foi capataz de uma plataforma de petróleo. Na capital angolana, inclusive, teria cometido um de seus crimes mais bárbaros, quando estuprou e matou um garoto de 11 anos. Em sua confissão a esse assassinato, escreveu: "Seu cérebro estava saindo de seus ouvidos quando eu o deixei, ele nunca esteve tão morto".

Sua série de assassinatos continuou pela África. No entanto, um ano depois, se enjoou do continente e acabou voltando para a América — onde seguiu estuprando e matando jovens. Em 1928, foi preso novamente por roubo e enviado à Penitenciária Federal de Leavenworth. Carl Panzram foi condenado a 25 anos depois de confessar ter matado dois meninos.

Após um ano preso, tentou fugir, mas não teve sucesso. Como forma de expelir sua raiva, matou o chefe da lavanderia espancando-o com uma barra de ferro. Foi por esse crime que Panzram foi condenado à morte.

Assim em 1930, aos 39 anos, foi executado por enforcamento.  Suas últimas palavras antes de morrer?. “Apresse-se, seu bastardo! Eu poderia ceifar a vida de uma dúzia de homens enquanto você está brincando!”.


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