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Matérias / Guerra

Peste bubônica e cólera: o plano do Japão para devastar os EUA durante a Segunda Guerra

Bombas com doenças graves tinham como alvo a população americana

Penélope Coelho Publicado em 07/05/2020, às 13h07

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Submarinos I-400, responsáveis por transportar os aviões modelo Aichi M6A até a costa americana - Wikimedia Commons
Submarinos I-400, responsáveis por transportar os aviões modelo Aichi M6A até a costa americana - Wikimedia Commons

O ano de 1945 marcou o fim da Segunda Guerra. O Japão estava no meio de um cenário alarmante após o lançamento de bombas nucleares em seu território, pelos Estados Unidos. Antes dos tristes episódios em Hiroshima e Nagasaki, o país também estava se preparando para a possibilidade de uma guerra atômica.

A tensão entre os países já era alta após a Marinha Imperial Japonesa Air Service cometer o fatídico ataque a base americana de Pearl Harbor, em 1941, deixando inúmeros americanos mortos e feridos.

Esse ataque foi decisivo para a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra, fazendo com que o Japão continuasse planejando investidas contra os EUA, porém, dessa vez, pretendiam atacar de outra maneira: através da propagação de doenças terríveis.

Após o ataque a Pearl Harbor, o cientista Shirō Ishii desenvolveu uma espécie de bomba para acometer uma guerra biológica, chamada de Operação Cherry Blossoms at Night (Flor de Cerejeira, em tradução livre). Esse plano, que pretendia devastar o sul da Califórnia, foi criado pela unidade Unidade 731, um grupo de pesquisa liderado pelo próprio Ishii.

Shirõ Ishii, microbiologista japonês responsável pela fabricação de armas biológicas / Crédito: Divulgação

A Unidade 731 foi criada com o propósito de pesquisar e desenvolver armas químicas e biológicas para serem utilizadas na Segunda Guerra. Para a criação de uma nova bomba, foram testadas várias doenças, tais como: peste bubônica, cólera, varíola, botulismo, antraz, dentre outras.

Com isso, os japoneses tinham como objetivo causar mortes, não apenas pelo raio de explosão das bombas, mas também infectar a população de uma região inteira nos Estados Unidos com doenças altamente contagiosas.

Aichi M6A, modelo de avião que soltaria as bombas na região ao sul da Californa, Estados Unidos / Crédito: Divulgação

Inúmeros equipamentos

Shirō Ishii passou os meses finais da Segunda Guerra Mundial planejando e preparando os detalhes da missão. A Operação Cherry Blossoms at Night exigia grandes equipamentos de guerra, incluindo submarinos, aeronaves e soldados para levar esses aparelhos até os Estados Unidos. Ao mesmo tempo, eles sabiam que se a operação acontecesse, não ficariam vivos.

Em 25 de março de 1945, a operação de Ishii estava pronta para ser colocada em prática. Cinco submarinos seriam equipados com bombas biológicas para deixarem a costa do Japão e viajarem pelo Oceano Pacífico. Eles estariam repletos de bombas com pulgas portadoras de peste que tinham a capacidade de dizimar a população da Califórnia através do contágio. 

O que deu errado

Após a aprovação do plano de Ishii por autoridades japonesas, os militares estabeleceram uma data para a operação: 22 de setembro de 1945. Todavia, a Operação Cherry Blossoms at Night nunca iria acontecer.

Em 15 de agosto e 1945, o Japão anunciou sua rendição na segunda guerra mundial, muito por conta das duas bombas nucleares lançadas pelos Estados Unidos em território japonês, como uma espécie de vingança pelo ataque a base de Pearl Harbor.

Com isso, não apenas um contexto para o ataque como também a logística para tal, foram comprometidos. Ao longo da história diversas doenças foram utilizadas como armas em guerra, mas a operação pretendia levar a destruição e o sofrimento a um novo nível de brutalidade.


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