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Matérias / Bizarro

Pistas isoladas em um mistério de 22 anos: A intrigante morte de Wanda Mays

Independente e extrovertida, a mulher passou um tempo com seus familiares antes de desaparecer em um caso complexo e sem quaisquer evidências palpáveis

Pamela Malva Publicado em 26/07/2020, às 09h00

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Fotografia de Wanda Jean Mays - Wikimedia Commons
Fotografia de Wanda Jean Mays - Wikimedia Commons

No dia 11 de maio de 1986, Wanda Jean Mays estava pronta para encontrar seu pais em um jantar rotineiro. Já fazia um tempo que ela não morava com eles e essa seria uma ótima oportunidade para matar as saudades.

No restaurante, tudo saiu como o esperado e o tempo passou sem que eles sequer percebessem. Jim e Dorothy Mays sentiam falta da filha, nascida no Panamá, e adoravam saber sobre o trabalho de Wanda como secretária em um posto do Exército dos Estados Unidos — o pai já havia servido como militar.

Crescida no Arkansas, Alabama e Texas, a menina tinha um conhecimento cultural extenso e adorava conversar com seus familiares. Segundo Jim, contudo, Wanda sofria com um "desequilíbrio químico" causado pela dieta que estava fazendo.

Ao final do jantar, a mulher decidiu passar a noite na casa dos tios, em Guntersville, Alabama. Assim, ao invés de voltar para seu apartamento, dormiu no quarto de hóspedes dos parentes. Aquela foi a última vez em que Wanda foi vista com vida.

Fografia de Fotografia de Wanda Jean Mays / Crédito: Divulgação/Youtube/Unsolved Mysteries 

Cama fria

A manhã do dia 12 de maio estava clara e os Dormans se preparavam para mais um dia produtivo. Às 5 horas, foram até o quarto no qual a sobrinha dormia e bateram na porta, que abriu imediatamente. Destrancado, o cômodo estava vazio.

Com a intenção de acordar Wanda para o trabalho, eles entraram no quarto e encontraram a cama intacta, ainda arrumada. Ela não havia dormido por ali, mas todos os seus objetos estavam na mesa de cabeceira, intocados.

No lado oposto da porta, os Dormans logo viram que a janela do quarto tinha sido quebrada por dentro, mas eles não escutaram o vidro se estilhaçando. A polícia foi chamada rapidamente e o caso logo começou a ser investigado.

A janela quebrada no quarto de Wanda Jean Mays / Crédito: Divulgação/Youtube/Unsolved Mysteries 

Questões embaralhadas

Assim que os detetives iniciaram as buscas por Wanda, a camisola da mulher foi encontrada em uma canoa vazia, ambas cheias de sangue. Sem qualquer sinal da jovem, as provas boiavam solitárias no lago Guntersville, perto da casa dos Dormans.

Não demorou até que mergulhadores saltassem na água a procura de Wanda, na esperança de que ela ainda pudesse ser salva do fundo do lago. Sem sorte, o investigador Edward Teal afirmou que aquele era o "caso mais misterioso" que já vira.

Durante anos, os oficiais não encontraram nenhuma pista palpável que pudesse dizer o que teria acontecido com a mulher desaparecida. Dessa forma, longe demais de qualquer solução, o caso foi fechado e arquivado contra a vontade dos Mays.

As roupas de Wanda Jean Mays no quarto de hóspedes dos tios / Crédito: Divulgação/Youtube/Unsolved Mysteries 

Soluções inesperadas

Anos mais tarde, em outubro de 2003, um alpinista que não tinha nada a ver com o caso levou um susto ao se deparar com um monte de ossos humanos. A polícia, então, foi chamada até o pé de um penhasco de 46 metros, que ficava a quase três quilômetros da casa dos Dormans, em Guntersville.

Foi apenas em 2008 que os restos mortais foram identificados como sendo de Wanda, a mulher desaparecida há 22 anos. Os testes feitos pelo laboratório de DNA do Federal Bureau of Investigation, em Virgínia, finalmente traziam pistas sobre o mistério.

Apesar das novas evidências, contudo, o xerife de Marshall, Scott Walls, se pronunciou sobre o desaparecimento, afirmando que a morte de Wanda havia sido acidental. A teoria, para o irmão da mulher, fazia bastante sentido, já que ela tinha constantes ataques de pânico — que poderiam ter levado Wanda até o topo daquele penhasco.

Depois do veredito, as pistas foram arquivadas e o caso esfriou. Ninguém nunca mais questionou o caso, que ainda apresentava algumas pontas soltas. Para Jim e Dorothy Mays, entretanto, tudo acabou quando eles puderam enterrar sua filha desaparecida.


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