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Matérias / Curiosidades

Após 50 anos: Por que nunca voltamos à Lua?

A Apollo 17, última missão tripulada ao nosso satélite natural, completou cinco décadas nesta semana. O que falta para o Homem voltar à Lua?

Fabio Previdelli

por Fabio Previdelli

fprevidelli_colab@caras.com.br

Publicado em 13/07/2020, às 15h47 - Atualizado em 10/12/2022, às 13h56

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Astronauta da Apollo 11 na lua - Divulgação/NASA
Astronauta da Apollo 11 na lua - Divulgação/NASA

“Um pequeno passo para o homem, mas um salto enorme para a humanidade”. Foram com essas palavras que, em 21 de julho de 1969, às 2h56 da manhã no horário local (ou às 00h56 de Brasília), o astronauta Neil Armstrong se tornou a primeira pessoa a pisar Lua.

Depois dele, foram lançadas outras 11 missões do projeto Apollo, sendo seis delas tripuladas. Ao todo, 12 astronautas caminharam pelo solo lunar, sendo a última missão, a Apollo 17, lançada há 50 anos, no dia 7 de dezembro de 1972. Mas, após cinco décadas, por que nunca voltamos à Lua?

O astronauta Neil Armstrong / Crédito: Getty Images

A resposta para essa pergunta é bem simples, embora, ainda assim, muitas teorias conspiratórias foram criadas em cima da questão: como a ideia equivocada de que as imagens foram montadas em um estúdio de televisão. Entretanto, na verdade, as razões são outras, como dinheiro, relevância científica e, é claro, interesse político.

A explicação

Em 2020, Jim Bridenstine, chefe da NASA, respondeu o motivo da agência espacial não enviar novos astronautas ao espaço por todo esse tempo. "Há risco técnico e há risco político. Estaríamos na Lua agora se não fosse pelo risco político. Estaríamos em Marte, francamente, até agora, se não fosse pelo risco político", disse.

Estou falando de financiamento. No passado, nos anos 1990 e início dos anos 2000, fizemos esforços para voltar à Lua e a Marte, mas em cada caso, o programa era muito longo e custava muito dinheiro", declarou.

De fato, a Agência até que tentou voltar à Lua em outras ocasiões, mas como as missões seriam de longa duração, o investimento seria altamente proporcional. Dessa forma, como a NASA é uma agência estatal e depende de verbas do governo para operar, os altos custos de missões tiveram que ser reduzidos. Afinal, os governantes que lideraram o país nessas oportunidades não enxergavam um retorno financeiro tão favorável assim.

Vale ressaltar que, nessa equação também há o fator do engajamento público. Com o fim do programa Apollo, que culminou com a missão Apollo 17, que completou 50 anos nesta semana, o público já não estava mais tão empolgado assim com projetos lunares, afinal, já havia se passado três anos desde que o primeiro homem pisou na Lua. Podemos até dizer que tudo isso já havia 'perdido a graça'.

Decolagem da missão Apollo 17/ Crédito: NASA

Além do mais, como já citado, há o fator político. Paralelamente a isso, os Estados Unidos também estavam envolvidos com a Guerra do Vietnã e com a importante luta pelos direitos civis. Isso sem contar, é claro, que os norte-americanos já haviam vencido a URSS na Corrida Espacial.

À Lua novamente?

Mas por que esse interesse voltou à tona? Bridenstine ainda explicou que, nos últimos anos, a ideia ressurgiu por interesses políticos. Na passada gestão Trump, o então vice-residente Mike Pence foi uma das pessoas que pressionou a NASA para que o programa Artemis fosse antecipado de 2028 para 2024. O lançamento, porém, aconteceu ainda antes do previsto, em novembro deste ano, 2022. 

Agora, queremos voltar à Lua de forma sustentável, para ficar", disse Jim à época.

“Nós vamos para a Lua, para que possamos aprender a viver e trabalhar em outro mundo e, em última análise, ter mais acesso ao Sistema Solar do que nunca, para que possamos chegar a Marte", explicou.

Imagem ilustrativa de Marte / Crédito: Pixabay

Inicialmente, esse projeto estava previsto para 2033, mas especialistas contratados pela própria NASA estimam que uma possível ida até Marte só ocorra no final da década, isso tendo uma visão mais otimista.

Vale ressaltar, porém, que a NASA já explora o planeta vermelho desde julho de 2020, quando ocorreu o lançamento do rover perseverance, que investiga a superfície do planeta e coleta informações para o desenvolvimento das tecnologias que poderão ser usadas futuramente para expedições humanas.