'Chaves', seriado lançado em 1971, conta com personagens marcantes, incluindo um carteiro
Wallacy Ferrari Publicado em 17/08/2022, às 16h48 - Atualizado em 19/01/2023, às 16h21
'O seriado 'Chaves' angariou o carinho do público latino-americano ao apresentar uma vila popularmente habitada por figuras carismáticas, dividindo um mesmo pátio.
Um personagem, no entanto, não era um residente do local, mas frequentemente participava das dinâmicas da produção que fascina os brasileiros.
'Jairinho', o carteiro, arrancava gargalhadas ao visitar o local com as correspondências de 'Dona Florinda', do 'Seu Madruga' e da 'dona Clotilde', adultos que respondiam pelos contratos de propriedade de aluguel no local.
Por lá, interagia com eles e com os filhos, além de protagonizar situações esporádicas com 'Chaves'. Com seu popular hábito de fugir do trabalho para “evitar a fadiga”, Jaiminho ainda contava histórias sobre o município de Tangamandápio, que na dublagem tomou um tom de cidade ficcional, mas que realmente existe no México.
Por lá, ele não apenas se tornou um marco da cultura popular local, como tomou proporções ainda maiores. Na vida real, o ator que interpretou o carteiro era Raúl Padilla.
Com base em sua caracterização, ele não apenas foi eternizado nos registros audiovisuais do seriado, mas foi homenageado com uma estátua, em tamanho real, inaugurada em grande evento.
Em 25 de julho de 2012, a cerimônia contou com o prefeito da cidade da época, Juan Campos González, revelou uma figura de bronze com 1,70m de altura com o personagem no centro da cidade, contando com o quimérico uniforme do personagem e até mesmo a bolsa, cuja alça a qual um de seus ombros diagonalmente.
A estátua ainda conta com uma mensagem em espanhol no pedestal: “Em memória de Jaiminho, o carteiro, a quem o povo de Tangamandápio presta homenagem por ter feito nossa cidade ser conhecida em nível internacional”.
A obra foi custeada por 2 milhões de pesos mexicanos, avaliados em aproximadamente R$ 360 mil. Padilla não teve a oportunidade de ver a homenagem, visto que faleceu aos 75 anos em 1994, ou seja, 18 anos antes da inauguração.
