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Matérias / Curiosidades

Por que os piratas usavam tapa-olho?

A teoria de um pesquisador da Pacific University de Oregon sugere que a 'perda dos olhos' não era a única explicação

Giovanna Gomes Publicado em 07/03/2021, às 08h00

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Representação da Última Batalha de Barba Negra - Wikimedia Commons
Representação da Última Batalha de Barba Negra - Wikimedia Commons

Piratas são figuras históricas muito presentes no imaginário popular, sendo que alguns se tornaram tão conhecidos que toda uma narrativa mítica foi construída durante anos.

Quando falamos deles, logo pensamos em grandes aventuras, na busca por tesouros, além de intensas batalhas. Também, os associamos a uma série de objetos, tais como ganchos, pernas de pau, olhos de vidro e o tapa-olho, sobre o qual trataremos a seguir.

Teorias

Como vemos em produções de Hollywood, o item é geralmente apresentado como 'solução' para perda de um olho, contudo, um pesquisador da Pacific University de Oregon tem outra hipótese real.

Em entrevista ao The Wall Street Journal, concedida no ano de 2013, Jim Sheddy afirmou que a verdadeira função do tapa-olho seria a de melhorar a visão noturna.

Poster de Piratas do Cribe - Crédito: Divulgação

A verdade é que não há fontes históricas que comprovem a tese, mas, se levarmos em consideração o 'mecanismo' da visão humana, é possível considerá-la como uma possível explicação.  

A visão humana

De acordo com o site Eu Percebo, pertencente à Universidade de Brasília, os piratas frequentemente tinham de se mover entre o ambiente interno e o externo dos navios, o que significava grandes diferenças de luminosidade a serem enfrentadas. Isso exige um processo de adaptação da visão.

Os olhos dos seres humanos, assim como dos demais vertebrados, possuem várias estruturas, entre as quais estão a retina e o cristalino. A primeira é composta por células nervosas e fotorreceptores que são responsáveis por captar a luz do ambiente, enquanto a segunda encarrega-se de focalizar a imagem na retina.

O pirata Barba Negra - Crédito: Divulgação/Disney

Os fotorreceptores se dividem em dois tipos: os bastonetes e os cones. Ambos possuem rodopsina, um pigmento que possibilita a absorção da luz. Chamamos de visão fotópica o processo realizado majoritariamente com cones e que possibilita a percepção de cores. Já quando o processo é feito pelos bastonetes o denominamos visão escotópica, a qual possui uma grande sensibilidade à luz.

É por esse motivo que quando estamos no escuro e subitamente somos expostos a uma grande luminosidade, sentimos um incômodo na visão e demora algum tempo para nos acostumarmos. O mesmo ocorre quando saímos de um ambiente claro e vamos para o escuro, pois há um lento processo de adaptação das estruturas.

Tapa-olho como solução?

E é assim que chegamos à logica do uso do tapa-olho. Levando em consideração a explicação anterior, percebemos que, com ele, seria possível manter um dos olhos adaptado ao escuro enquanto o outro estaria adaptado à luz, facilitando as ações dos piratas nos navios.

Contudo, por outro lado, tal prática prejudicava a visão estereoscópica, a qual funciona a partir da convergência das imagens percebidas pelos dois olhos, o que permite uma melhor visão em profundidade.

Além disso, a convergência também possibilita melhor percepção sobre distâncias entre objetos, o que, consequentemente, seria atrapalhado pelo uso do acessório.


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