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Matérias / Personagem

Prisão perpétua: os crimes de Katherine Knight

Diante de atitudes perturbadoras, Knight se tornou uma das assassinas mais sádicas da história da Austrália

Caio Tortamano Publicado em 13/05/2020, às 18h23

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Katherine Knight em foto pessoal - Divulgação
Katherine Knight em foto pessoal - Divulgação

Katherine Knight veio de uma família marcada por um histórico conturbado. Na época, sua mãe, Barbara, traia o marido com um homem chamado Ken. Como os familiares dos amantes eram conhecidos na região de Aberdeen, na Austrália, o caso extraconjugal causou polêmicas. Assim, os adúlteros tiveram que se mudar para Moree.

A relação resultou no nascimento de quatro filhos, entre eles crianças gêmeas, da qual Katherine fazia parte. Ken era alcoólatra e estuprava a sua mulher pelo menos 10 vezes por dia. Barbara, por sua vez, contava para as filhas sobre as relações sexuais, até os mínimos detalhes, reforçando o quanto odiava homens e sexo. 

Certa vez, quando Katherine pediu conselhos da matriarca para lidar com um parceiro queria forçar relações sexuais, recebeu uma resposta insólita. Barbara disse que ela deveria engolir o choro e se submeter ao ato. Isso, talvez, se relacione com os abusos sexuais que sofreu. Na vida adulta, Kath contou que foi abusada sexualmente diversas vezes por membros da própria família — embora nunca tenha sido pelo seu pai. 

Vida Escolar

Knight era solitária na instituição em que estudava, e quase não tinha amigos. Os colegas de classe dela descreviam a menina, na realidade, como uma "jovem estranha" que importunava as crianças menores.

Os depoimentos conversam com o seu histórico problemático, onde foi revelada uma agressão armada contra um menino mais novo, além de ter sido agredida por um professor — mais tarde, ficou claro que se tratava de legítima defesa por parte do docente.

Por mais improvável que possa parecer, quando não estava metida em confusões e violência, Katherine era constantemente elogiada pelo bom comportamento nas aulas. Mas não queria continuar na escola. Ela abandonou os estudos com 15 anos, sem aprender a ler nem escrever e passou começou a trabalhar em uma fábrica de roupas na área de cortes.

Um ano depois do trabalho na fábrica, Katherine conseguiu o cargo que sempre sonhou e almejava: cortar cadáveres num abatedouro de animais.

Não é de se esperar que as relações de sua vida tenham sido saudáveis ou, ao menos, pacíficas. David Kellet era um colega de trabalho de Katherine, que sofria com o alcoolismo. A aproximação logo se transformou num sentimento maior. 

Os dois se casaram em 1974, com o esposo completamente embriagado e chegando a igreja de moto (a pedido da noiva). Mas a bizarrice não acabou aí. Durante a cerimônia, a mãe de Katherine advertiu o homem para que nunca fizesse nada contra sua filha: ela com certeza o mataria. 

Não demorou para que isso fosse quase concretizado: na noite de núpcias do casal, Knight tentou enforcar Kellet enquanto ele dormia. O motivo? Bom, David só conseguiu fazer sexo “apenas” três vezes na noite tão aguardada. Mas era só o começo de um verdadeiro inferno.

Enquanto estava grávida, Knight ateou fogo em todas as roupas do marido depois que ele chegou tarde em casa. Não bastasse o fogo, ela acertou David com uma frigideira na cabeça, que conseguiu escapar até a casa de um vizinho, onde veio a desmaiar.

Logo depois do nascimento da filha do casal, Melissa Ann, Kellet largou sua enfurecida companheira por uma nova mulher e se mudou para Queensland.

Sem o marido, uma série de atitudes violentas marcou a vida de Katherine. Certo dia ela deixou a filha Melissa sozinha no trilho de uma ferrovia, sendo resgatada por um homem poucos minutos antes de ser quase atingida.

Diante do episódio e após descobrir que a ex-esposa estava tentando reatar o casamento, David retornou para Knight. Os dois voltaram a se relacionar e tiveram mais uma criança, Natasha. No entanto, a companheira não sentia mais atração e decidiu largá-lo em 1984.

Recomeço?

Em 1990, Katherine engravidou de um homem chamado John Chillingworth, dando à luz a um menino chamado Eric. O que parecia um recomeço, era na verdade mais uma aventura da mulher. A relação durou três anos e terminou quando Knight largou John para ficar com um amante, John Price.

John Price e Katherine Knight / Crédito: Divulgação

Price era visto como uma pessoa maravilhosa por aqueles que o conheciam, fazendo amizades onde quer que estivesse. Ele também sabia do histórico violento da mulher com quem estava se envolvendo, mas as suas duas filhas gostavam muito de Knight. Tirando as discussões bem "acaloradas", a relação era boa.

Depois de ter recusado o pedido de casamento de Katherine, John foi demitido do lugar que trabalhava há 17 anos. Curiosamente, a namorada filmou e denunciou itens que teriam sido furtados da empresa. Os objetos em questão eram kits médicos fora da data de validade que havia encontrou no lixo da companhia. 

Quando soube do motivo da demissão, terminou com ela no mesmo dia. Todavia, não aguentou ficar longe da companheira: eles voltaram a namorar, embora não dividissem o mesmo teto. E como era de se esperar, reataram pior do que nunca. 

Em fevereiro de 2000, ela, diante de um surto, esfaqueou John no peito. Esse foi o limite: Price a expulsou de casa e não pretendia encontrá-la nunca mais. Decidido e com medo, chegou a pedir na justiça com uma ordem de restrição.

Diante da situação, confessou para os novos colegas de trabalho que caso não voltasse no dia seguinte era porque Katherine havia o matado. Foi um dia longo para o homem, que com medo do que ela seria capaz de fazer às filhas dele, resolveu voltar para casa e se deparou com uma surpresa. 

Knight havia invadido sua residência e levado as meninas para passar a noite com amigas, fingindo se tratar de uma "festa do pijama". O casal fez sexo, mas na manhã seguinte ninguém tinha notícias de John Price.

Assassinato

Depois que os colegas e vizinhos de John chamaram a polícia, as autoridades arrombaram a porta dos fundos da casa e encontraram Katherine em coma induzido após ingerir uma grande quantidade de remédios.

Análises criminais revelaram que John acordou pouco depois de ter sido esfaqueado por Knight, fugiu e até conseguiu abrir a porta da frente, no entanto, diante dos fortes sangramentos, caiu morto dentro de casa.

Katherine, hoje com 64 anos, na sua cela / Crédito: Divulgação

Em seguida, Katherine o esfolou e pendurou a pele num gancho de carne na porta da sala de estar. Depois de decapitar o cadáver, cozinhou partes do corpo e serviu em pratos.

Diante dos horrores cometidos, o julgamento decretou prisão perpétua sem direito a condicional, sendo a primeira mulher australiana a ser condenada em tal instância.


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