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Matérias / Personagem

Produções do Terceiro Reich e sonho despedaçado: O trágico fim da atriz alemã Sybille Schmitz

Após anos de estrelato, a carreira da artista encontrou um fim com os eventos da Segunda Guerra Mundial

Penélope Coelho Publicado em 07/06/2020, às 12h00

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fotografia de Sybille Schmitz, em 1930 - Wikimedia Commons
fotografia de Sybille Schmitz, em 1930 - Wikimedia Commons

Sybille Maria Christina Schmitz, nascida em 2 de dezembro de 1909, na vila de Düren, Alemanha, carregava em si o sonho de ser atriz. Desde jovem, a menina já deixava claro que tinha talento para isso. Filha mais velha de cinco irmãos, Sybille veio de uma família alemã bem estabilizada financeiramente.

Sua mãe era extremamente religiosa e ia contra o sonho da filha de brilhar nas telonas. Porém, mesmo sem o apoio familiar, a aspirante a atriz estava decidida que aquele seria o seu caminho.

Mesmo com o talento nato, Sybille sabia que era necessário estudar para se aperfeiçoar, por isso, se matriculou em uma famosa escola de teatro em Colônia, cidade na Alemanha. Aos 17 anos conseguiu uma audição com o diretor de teatro Max Reinhardt, para trabalhar na capital, Berlim. A intérprete impressionou o homem e conseguiu seu primeiro papel nos palcos.

Início da carreira

O grande objetivo de Schmitz era trabalhar nas telonas do cinema alemão em ascensão. Devido ao seu bom desempenho no teatro, chamou a atenção de produtores e estreou no cinema com o filme Freie Fahrt (1928).

A garota recebeu críticas positivas logo no início de sua carreira e participou de diversos outros longas nos anos seguintes: Pabst 's Diary of a Girl Lost (1929); Dreyer Vampyr (1932) e FP1 (1932) — seu primeiro papel como protagonista. Além disso, Sybille também participou da versão do filme Titanic de 1943 — uma produção da propaganda alemã, realizada durante a Segunda Guerra Mundial.

Retrato de Sybille Schmitz / Crédito:  Wikimedia Commons

A Guerra e o declínio

Enquanto o maior conflito envolvendo a Alemanha estava acontecendo, Schmitz já tinha certo destaque nas telonas, porém, isso estava prestes a acabar. A mulher começou a reparar que após o término da Segunda Guerra Mundial, os produtores e diretores já não a procuravam mais como antes. Sua carreira estava se definhando.

A atriz não tinha olhos claros e cabelos loiros, pelo contrário, tinha longas madeixas castanhas e olhos bem escuros, sua aparência não era puramente ariana. Mas, o motivo pelo qual ela já não estava mais conseguindo atuar como antes, foi exatamente o oposto: por ter se envolvido demais em produções durante o Terceiro Reich

A estrela trabalhou continuamente em filmes produzidos no auge da Alemanha Nazista, por isso, foi impedida de continuar em cena pela comunidade cinematográfica alemã. Depois que o conflito chegou ao fim, esse era um marco no currículo que os cineastas estavam evitando. 

O triste e polêmico fim

Em seus papeis, Sybille costumava interpretar personagens femininas melancólicas e misteriosas, a verdade é que a mulher não era muito diferente em sua vida real. Após o fim de sua carreira, ela deixou-se levar pelo vício no álcool e drogas, percebendo que não iria conseguir continuar no grande sonho de sua vida.

Após várias tentativas de suicídio frustradas e diversas internações em clínicas psiquiátricas, Schmitz tirou a própria vida em 13 de abril de 1955, aos 45 anos de idade. A atriz morreu após uma overdose causada por remédios para dormir.

Na época de seu suicídio, Sybille morava em Munique, na Alemanha, acompanhada de uma médica chamada Ursula Moritz. Aparentemente, a doutora forneceu uma alta dose de morfina para a mulher, facilitando sua morte. Um ano depois do triste falecimento da atriz, algumas queixas foram feitas sobre a conduta controversa da doutora Moritz.

Apesar de seu fim trágico, os papéis interpretados por Sybille Schmitz ainda são lembrados por amantes do cinema alemão. Os últimos anos de sua vida serviram de inspiração para documentários e filmes locais.


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