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Matérias / Crimes

Prostituição e mais de 90 mortes: o caso Delfina e Maria González

As irmãs foram consideradas a "parceria de assassinato mais prolífica" da História segundo o Guinness World Records

Isabela Barreiros Publicado em 05/04/2020, às 13h00

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As irmãs Delfina e Maria González - Divulgação
As irmãs Delfina e Maria González - Divulgação

Entre as décadas de 1950 e 1960, duas irmãs mexicanas, nascidas na cidade de Guanajuato, começaram um negócio juntas. Essa história pode ser muito comum entre famílias, mas, neste caso, tratava-se de um estabelecimento ilegal. Mais que isso: elas operavam uma das maiores redes de prostituição do México na época.

Para começar o desenvolvimento da rede, Delfina Gonzalez Valenzuela, de 56 anos e Maria de Jesus González Valenzuela, de 39, passaram a colocar anúncios nos jornais locais com o intuito de atrair meninas. De acordo com os autores Stephen T. Holmes e Ronald M. Holmes no livro Contemporary Perspectives on Serial Murder (Perspectivas Contemporâneas em Assassinato em Massa, em tradução livre), nas publicações, elas diziam que estavam buscando uma empregada que trabalhasse na casa das duas.

Quando as moças chegavam no local conhecido como Rancho El Ángel, as irmãs avaliavam se ela seria bonita o suficiente para entrar no negócio. Se fossem “aprovadas”, bom pagamento e “uma casa longe de casa” eram oferecidos às moças, que, normalmente muito pobres, aceitavam a promessa.

Crédito: Divulgação

Depois de serem contratadas, elas, de maneira geral, eram transferidas para a cidade de San Juan de los Lagos, onde estava localizado o segundo estabelecimento das irmãs González. A maioria das garotas constituía a equipe dos bordeis, mas muitas chegaram a ser vendidas pessoalmente para outras madames que, na época, pagavam por volta de 40 a 80 dólares por elas.

Ainda que uma moça não fosse comprada, ela permanecia em situações muito diferentes da que esperava por meio da promessa feita anteriormente. Se ela ficasse revoltada com a situação, era surrada e até mesmo torturada. Os autores narram na obra que elas eram “obrigadas a carregar blocos pesados, espancadas e jogadas em uma água congelante”. Eles afirmam ainda que “essas várias torturas eram administradas até que a garota ou aceitar trabalhar ou morrer”.

Para lidar com a resistência, muitas vezes observada nas meninas, Delfina e Maria as obrigavam a usar drogas pesadas, como cocaína ou heroína. O vício faria com que elas ficassem menos rígidas às terríveis obrigações da casa de prostituição.

A alimentação era escassa, limitada a uma refeição diária de tortilhas com feijão. Se ficasse doente, o provável destino era a morte. Se ficasse feia, o mesmo aconteceria. Caso engravidasse durante o trabalho, era presa no teto por suas mãos e espancada até perder o bebê. Era essa a dura realidade do bordel.

Delfina Gonzalez Valenzuela / Crédito: Divulgação

Como a morte era comum nos estabecimentos, cada um deles mantinha um cemitério particular no jardim. E devido a esses assassinatos, as duas irmãs foram julgadas — e condenadas à pena máxima possível, 40 anos de prisão.

Segundo reportagem do arquivo do The New York Times, datada de 18 de outubro de 1964, “duas irmãs foram condenadas por terem matado pelo menos 80 meninas na operação de um anel de escravos brancos no centro do México. O julgamento começou em janeiro passado e trouxe detalhes de fome, espancamentos e morte. Dezenove outras pessoas foram condenadas por serem membros da organização e foram condenadas à prisão”.

Ainda segundo a matéria, “a promotoria argumentou que o a rede estava operando há pelo menos 10 anos e as meninas que foram mortas tentaram resistir à disciplina”. As irmãs González admitiram durante o processo que eram as responsáveis pelas casas de prostituição, mas não aceitaram as acusações de assassinato.  

Mais insólito ainda foi que, anos depois, o Guinness World Records avaliou o caso como a "parceria de assassinato mais prolífica". De acordo com o próprio site do livro de recordes, “as irmãs Delfina e María de Jesús Gonzáles, do México, sequestraram meninas para trabalhar em bordéis e são conhecidas por terem matado pelo menos 90 de suas vítimas”.


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