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Matérias / Curiosidades

Que fim levou o cadáver de Eva Braun?

Leal ao Führer durante todo momento, Eva casou com o líder nazista já na parte final de sua vida e seu corpo só teve um destino definitivo depois de mais de duas décadas de sua morte

Fabio Previdelli Publicado em 09/07/2020, às 18h00

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Foto de Eva Braun - Getty Images
Foto de Eva Braun - Getty Images

Em 1929, Adolf Hitler passou a morar com a filha de sua meio-irmã, Geli Raubal, em um apartamento na Prinzregentenplatz, em Munique. Além de sua governanta, Geli também foi fruto de seu incestuoso interesse amoroso.

A conturbada relação dos dois só acabou em 18 de setembro de 1931, quando a jovem foi encontrada morta com um tiro na cabeça. A arma usada foi a do próprio Führer e a hipótese mais difundida é que ela se suicidou, já que o líder nazista estava em Nuremberg na ocasião.

Em toda sua vida, acredita-se que esse tenha sido seu relacionamento mais caloroso e intenso, pelo menos até ele conhecer Eva Braun. A futura esposa de Hitler já havia tentado suicídio uma vez, entre os dias 10 e 11 de agosto de 1932, quando atirou em seu próprio peito. Porém, muito acreditam que tudo não passou de uma ousada tentativa de chamar a atenção de Adolf.

Geli Raubal e Adolf Hitler / Crédito: Domínio Público

Com essa intenção ou não, o fato é que após sua recuperação, o líder firmou seu compromisso com Eva e no final de 1932 os dois se tornaram amantes. Três anos depois, em 1935, houve mais uma tentativa de suicídio, desta vez após uma overdose de remédios para dormir. Como consequência, Hitler deu a ela e sua irmã mais nova um grande apartamento de três quartos em Munique.

Além desse espaço, Braun também tinha uma morada próxima a Chancelaria do Reich, em Berlim, que foi decorada por Albert Speer, arquiteto-chefe e Ministro do Armamento do Terceiro Reich.

A importância dela para o Führer ia muito além de uma relação carnal e amorosa, a moça representava uma ideologia: que desenhava Adolf com uma imagem de herói casto que liderava todo um governo e seu exército, enquanto as mulheres eram singelas e esquecidas donas de casa.

De fato, essa era justamente aquilo que Hitler queria. Por se achar atraente para as mulheres, ele desejava explorar as vantagens políticas que a solteirice lhe concederia. Assim, pensava que um casamento naquele momento reduziria esse apelo.

Hitler só largou essa ideologia quando sua impiedosa derrota se mostrava cada vez mais próxima. No início de abril de 1945, Eva saiu de Munique e se estabeleceu junto do amado no Führerbunker. Fiel ao nazista desde do início do relacionamento, se recusou a abandoná-lo quando o Exército Vermelho se aproximou da capital.

Adolf Hitler discursando em 1934 / Crédito: Getty Images

Assim, enfim, nas primeiras horas da manhã de 29 de abril de 1945, a união dos dois foi selada. O matrimonio foi realizado na sala de mapas de seu bunker subterrâneo e a cerimonia ficou sob incumbência do conselheiro municipal Walter Wagner, já o Ministro da Propaganda Josef Göebbels e o secretário particular do chanceler, Martin Bormann, atuaram como testemunhas do casamento.

Após o evento, o casal viveu um de seus últimos momentos juntos quando Hitler organizou um modesto café da manhã para sua nova esposa. Pouco depois, o austríaco levou o secretário Traudl Junge para outra sala, onde ditou sua última vontade e seu testamento.

No dia seguinte, quando o Exército Vermelho marchou para Berlim, o general Helmuth Weidling, comandante da Área de Defesa de Berlim, disse ao Führer que as forças de defesa provavelmente ficariam sem munição até o final da noite.

Depois do almoço, Hitler e Eva se despediram dos outros oficiais nazistas de alto escalão que ocupavam o Führerbunker. Por volta das 14h30, o casal entrou no escritório e fechou a porta. Passado uma hora, um tiro foi ouvido.

Imediatamente, o criado de Hitler, Heinz Linge, e o ajudante da SS, Otto Günsche, entraram na sala e encontraram os dois, já sem vida, caídos de qualquer jeito em um pequeno sofá. No corpo de Hitler foi possível identificar um buraco na sua têmpora direita que pingava muito sangue. Uma pistola foi encontrada a seus pés. Já o cadáver de Eva não apresentava nenhum sinal de entrada de bala, mas o cheiro de amêndoas da sala evidenciava um sinal de envenenamento por cianeto.

Assim, os dois corpos foram carregados pelas escadas da saída emergencial do bunker até um jardim bombardeado que ficava atrás da Chancelaria do Reich. Lá, os soldados envolveram os restos de Hitler em uma bandeira nazista e banharam os corpos do casal com gasolina. Bastou uma faísca para quase tudo ter sido destruído. Com o fogo já cessando no início da tarde, o que sobrou foi descartado em uma cratera rasa e encoberta com um pouco de terra.

Soldados vasculhando o jardim da Chancelaria do Reich, onde os corpos de Hitler e Eva Braun foram queimados após o suicídio / Crédito: Getty Images

Mesmo assim, os restos foram encontrados pelos soviéticos. Em 11 de maio, o dentista de Adolf e o técnico em odontologia Fritz Echtmann confirmaram que os restos mortais pertenciam ao Srº e a Srª Hitler.

Após isso, os soviéticos enterraram — secretamente — os restos mortais no complexo SMERSH em Magdeburg, na Alemanha Oriental. Além de Eva e Adolf, o local também serviu de descanso temporário para os corpos de Joseph e Magda Goebbels e os seis filhos do casal. Em 4 de abril de 1970, uma equipe da KGB exumou as caixas, terminou de incinerar os restos e jogou as cinzas no rio Biederitz, um distributário de Elba, uma ilha na região da Toscana.


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