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Matérias / Marlene Engelhorn

Quem é Marlene Engelhorn, a herdeira que negou herança de mais de R$ 20 bilhões

A jovem austríaca Marlene Engelhorn é herdeira da BASF e apoia taxação de fortunas

Redação Publicado em 10/08/2022, às 13h26

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Marlene Engelhorn, jovem herdeira austríaca que negou fortuna bilionária - Divulgação/YouTube/UOL
Marlene Engelhorn, jovem herdeira austríaca que negou fortuna bilionária - Divulgação/YouTube/UOL

Nesta semana, o nome de Marlene Engelhorn vem sendo extremamente comentado entre internautas. Tal fato se deve pelo fato de a jovem austríaca de 30 anos ter rejeitado uma herança equivalente a mais de R$ 20 bilhões, proveniente empresa química multinacional BASF, fundada por Friedrich Engelhorn em 1865.

Além do mais, Marlenetambém alegou que pretende doar cerca de 90% de toda a fortuna, além de ser a favor do aumento de impostos para a parcela mais rica da população, como informado pelo g1. Dessa forma, ela faz parte do movimento 'Tax me now', formado por outros herdeiros que defendem a causa.

Na minha opinião, isso não é uma questão de vontade, mas uma questão de justiça", justificou em entrevista de maio do ano passado ao portal austríaco Der Standard. "O 1% mais rico das famílias austríacas possui quase 40% de todos os ativos. Nas nossas sociedades, a riqueza individual está estruturalmente ligada à pobreza coletiva", completou.
Marlene Engelhorn, jovem austríaca que negou maior parte de herança bilionária
Marlene Engelhorn, jovem austríaca que negou maior parte de herança bilionária / Divulgação/YouTube/UOL

Planos para a fortuna

A BASF é uma empresa química alemã líder mundial na área, fundada em 1865 por Friedrich Engelhorn. Como informado pela Forbes, dessa forma, o patrimônio total da empresa é avaliado em um valor de cerca de US$ 4,2 bilhões.

O anúncio da jovem austríaca de que doaria a maior parte de sua fortuna foi feito depois de sua avó — Traudl Engelhorn-Vechiatto, de 95 anos — revelar os planos que já tinha para a herança. Segundo Marlene, a escolha só aconteceu graças a grande liberdade de ação que lhe foi dada pela avó.

Minha avó me deu uma enorme liberdade de ação, que agora eu gostaria de usar para abrir um debate público. Não trabalhei um dia pelo dinheiro e não pago um centavo de imposto para receber", complementa.
Marlene Engelhorn em entrevista
Marlene Engelhorn em entrevista / Divulgação/YouTube/Cortes Inteligentes

Em outra entrevista ao jornal alemão Der Standard, Marlene Engelhorn ainda alegou que o dinheiro repentino não lhe traria satisfação e realização. "Quando o anúncio foi feito, eu percebi que não poderia ser realmente feliz. Pensei comigo mesma: 'Algo está errado'", disse a austríaca, que estuda literatura e alemão na Universidade de Viena, na Alemanha, e trabalha na organização filantrópica Guerrilla Foundation, em Berlim.

Marlene Engelhorn
Marlene Engelhorn / Divulgação/YouTube/Cortes Inteligentes

Além disso, em outra entrevista ao canal televisivo da Áustria ORF2, a jovem ainda disse que a decisão é uma questão de "justiça" para si:

Essa não é uma questão de querer, mas uma questão de justiça. Eu não fiz nada para receber esta herança. Foi pura sorte na loteria do nascimento. Uma coincidência", disse.

Marlene Engelhorn também acrescentou ao veículo que considera o comprometimento com a "justiça de impostos" essencial:

A sociedade não tem que contar com o fato de que os milionários vão ser benevolentes. Troco ideias com outras pessoas, aprendendo o máximo que eu posso para ver o que funciona e o que não funciona. Para mim, o comprometimento com a justiça de impostos é muito importante, porque isso é que determina como a riqueza vai ser distribuída", concluiu.

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