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Matérias / Crime

Quem é o ‘Estrangulador de Boston’, verdadeiro serial killer que inspirou filme

Albert DeSalvo, mais conhecido como 'Estrangulador de Boston', foi preso em 1967 pela morte de quatro mulheres; no entanto, pode ter vitimado 13 no total

Éric Moreira, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 04/02/2023, às 19h00

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Foto de Albert DeSalvo sendo acompanhado por dois policiais - Foto por Federal Bureau of Investigation (FBI) pelo Wikimedia Commons
Foto de Albert DeSalvo sendo acompanhado por dois policiais - Foto por Federal Bureau of Investigation (FBI) pelo Wikimedia Commons

Quando se assiste um filme ou série de terror, um pequeno comentário em seus materiais de divulgação pode mudar completamente a percepção do que é exibido: "inspirado em fatos reais". E, entre as produções com essa marca, estreia em 17 de março no Brasil, exclusivamente no Star+, 'O Estrangulador de Boston'.

Escrita e dirigida por Matt Ruskin ('Crown Heights') e estrelado por Keira Knightley ('Orgulho e Preconceito') e Carrie Coon ('Garota Exemplar'), a produção conta a história de duas repórteres que lutaram contra o sexismo da década de 1960 para escrever uma reportagem sobre “o estrangulador de Boston”, o serial killer mais famoso da cidade na época.

Visto isso, confira a seguir quem foi Albert DeSalvo, assassino em série responsável pela morte de pelo menos quatro mulheres na década de 1960:

Albert DeSalvo, o 'estrangulador de Boston', acompanhado por dois policiais
Albert DeSalvo, o 'estrangulador de Boston', acompanhado por dois policiais / Crédito: Foto por Federal Bureau of Investigation (FBI) pelo Wikimedia Commons

O estrangulador 

Era janeiro de 1967 quando um homem chamado Albert Henry DeSalvo, foi condenado à prisão perpétua pelo assassinato quatro mulheres na capital do estado norte-americano de Massachusetts. E a alcunha de 'estrangulador de Boston' não é à toa: todas as vítimas foram mortas asfixiadas e encontradas apenas com meias e roupa íntima.

No entanto, durante o julgamento a história se tornou ainda mais sombria: enquanto acreditavam que o caso se tratava da morte de quatro mulheres, DeSalvo assumiu responsabilidade por 13, no total, realizados entre junho de 1962 e janeiro de 1964.

Apesar de ter assumido, porém, não foram encontradas provas que o associassem aos demais assassinatos, então ele não foi condenado por todos esses — mas, a esse ponto, ele já era conhecido por todos os Estados Unidos como 'o estrangulador de Boston'.

Albert DeSalvo, 'o estrangulador de Boston'
Albert DeSalvo, 'o estrangulador de Boston' / Crédito: Getty Images

Fuga e destino final

Tal como um personagem de uma história de terror, a prisão perpétua não foi a última parada de Albert DeSalvo. Pouco após sua detenção, em fevereiro daquele mesmo ano, ele conseguiu fugir do Bridgewater State Hospital, onde recebia tratamento psiquiátrico, junto a outros réus, e novamente um grande clima de tensão se propagou pelo país.

Ele foi encontrado e voltou a ser preso apenas alguns dias depois, a cerca de 70 quilômetros de onde estava internado, de acordo com o A&E. Após isso, então, o criminoso foi transferido para uma penitenciária de segurança máxima em Walpole, Massachusetts, onde viria ser sua última morada.

Já era esperado que, devido sua pena de prisão perpétua, o homem vivesse na penitenciária até seus últimos dias. Porém, para surpresa geral, sua morte foi precoce: aos 42 anos, no dia 25 de novembro de 1973, DeSalvo foi encontrado morto em sua cela, caído no chão e com várias facadas na região torácica — mesmo com o pedido de seu advogado para que ele ficasse em uma cela isolada nos primeiros meses de sua condenação, para evitar que fosse agredido por outros presos.

Fotografia de Albert DeSalvo
Fotografia de Albert DeSalvo / Crédito: Getty Images

Análises póstumas

Apesar de ter falecido em 1973, investigações em torno de DeSalvo não foram encerradas. Em 2001, as famílias do serial killer e de Mary Sullivan, uma das vítimas, solicitaram a exumação de ambos os cadáveres para a realização de um teste de DNA, para definir se realmente ele fora o autor do assassinato, sendo esta uma possibilidade não possível anteriormente pelo fato de que tal tecnologia ainda não existia.

A partir do exame, porém, não foi possível encontrar qualquer vestígio de que DeSalvo assassinou Sullivan no corpo da mulher. Foi só em 2013 que o crime pôde ser comprovado, depois que amostras de sêmen encontradas na cena do crime bateram com o DNA do assassino.