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Vitrine / Personagem

Como foram os momentos finais de Maria Bonita, rainha do cangaço

Mais conhecida como Maria de Déa, tornou-se a primeira mulher da História do Brasil a viver como cangaceira

Victória Gearini Publicado em 13/02/2024, às 16h30

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Maria Gomes de Oliveira, mais conhecida como Maria de Déa ou Maria Bonita - Wikimedia Commons
Maria Gomes de Oliveira, mais conhecida como Maria de Déa ou Maria Bonita - Wikimedia Commons

Maria Gomes de Oliveira, esposa de Lampião, tornou-se conhecida nacionalmente por ser a primeira mulher a participar do cangaço. Após a sua morte em 28 de julho de 1938, em decorrência de uma emboscada contra o grupo, passou a ser chamada de Maria Bonita, um dos nomes mais conhecidos da História brasileira. 

Envolvimento com o cangaço

Maria de Déa, como era chamada, rompeu com padrões da sua época por ser considerada transgressora para este período. Aos 15 anos, casou-se com seu primo, mas vivia infeliz e frustrada com a relação, até que Lampião apareceu e mudou sua vida por completo. 

Antes de se envolver com o líder do bando, Maria era dona de casa, e em 1930 tornou-se a primeira mulher da História a viver como cangaceira. Ela entrou para o grupo de forma voluntária.

Maria Bonita ao lado de outros cangaceiros / Crédito: Wikimedia Commons

A participação da figura feminina no cangaço era vista de forma coadjuvante. Entretanto, Maria Bonita possuía grandes habilidades de liderança e sabia manusear armas. Tal fato a tornou uma das mulheres mais conhecidas na história do cangaço

Ela tinha o costume de usar seda e joias delicadas, mas para andar pelas terras do sertão nordestino, ela abandonava os acessórios de grande valor para dar vez a botas feitas de peles de animais. Sua união teve como fruto o nascimento de uma menina, chamada Expedita Gomes de Oliveira Ferreira, que por conta das regras do cangaço, foi entregue à um fazendeiro. 

Momentos finais 

Embora existisse diferença entre os gêneros, isso não impediu que Maria de Déa fosse brutalmente assassinada como os demais membros do sexo masculino do bando. Ao lado de seu marido, Lampião, e de outros integrantes do cangaço, Maria de Déa, na época com 27 anos, foi surpreendida pela polícia durante uma emboscada. 

Retrato de Maria Bonita / Crédito: Wikimedia Commons

No dia 28 de julho de 1938, enquanto o bando estava acampando na Grota de Angicos, em Poço Redondo, no Sergipe, a polícia armada oficial — conhecida como volante — atacou de surpresa Lampião e seus seguidores, entre eles sua esposa.

Na ocasião, Maria Bonita viu nove cangaceiros serem brutalmente assassinados pela polícia. Assim como Lampião, os outros integrantes foram mortos a tiros e posteriormente, degolados. Maria tentou escapar, mas foi baleada no abdômen e nas costas, pelo oficial José Panta de Godoy.

Diferente de outros cangaceiros, a jovem foi degolada em vida por Godoy. Acredita-se que, assim que a cabeça foi separada do corpo, os policiais a chamaram de Maria Bonita, em decorrência da sua beleza estonteante. 

No entanto, segundo crenças populares, há inúmeras possibilidades para o surgimento do apelido. Mas, em todas, há um consenso que foi atribuído a cangaceira após a sua morte. Desde a sua infância foi chamada de Maria de Déa, e nem a família nem o bando de Lampião a tratavam por Maria Bonita. 

Figura reconhecida na história brasileira e amplamente citada em produções literárias, Maria Bonita tornou-se uma das personagens centrais do cangaço ao lado de seu marido, Lampião. Em 2006, a casa em que a cangaceira passou boa parte de sua infância foi restaurada pela Prefeitura de Paulo Afonso e, atualmente, abriga o Museu Casa de Maria Bonita. 


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