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Matérias / Coronavírus

Recordes mundiais de casos e desespero: O caos na Índia em meio à pandemia

O país de dimensões continentais conseguiu vacinar apenas 2,9% de sua população até agora

Ingredi Brunato, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 15/05/2021, às 08h00

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Fotografia de campo indiano onde estão sendo realizadas piras funerárias para mortos da pandemia, com homem trazendo novo cadáver - Getty Images
Fotografia de campo indiano onde estão sendo realizadas piras funerárias para mortos da pandemia, com homem trazendo novo cadáver - Getty Images

De abril para cá, a Índia passou por uma escalada assustadora de seus novos casos de coronavírus, tornando-se o epicentro da pandemia. O país quebrou o recorde mundial de novas infecções por dia por várias datas consecutivas no mês anterior, chegando a ter 350 mil casos registrados em 26 de abril. 

Evidentemente, o surto teve um impacto avassalador no sistema de saúde: a falta leitos na área de terapia intensiva dos hospitais, de cilindros de oxigênio, respiradores e remédios é generalizada, fazendo com que ocorram mortes que poderiam ter sido evitadas através do tratamento médico adequado, e reine uma atmosfera de desespero.

Diante do caos, até mesmo no rio Ganges se tornou possível observar cadáveres boiando, como repercutimos na última semana e pessoas usando esterco como tratamento contra o novo coronavírus.

Jayant Malhotra, que tem trabalhado em um crematório indiano de Delhi durante esse período de crise, deu uma entrevista à BBC em que ofereceu sua visão da situação: "Nunca vi uma situação tão assustadora. Não posso acreditar que estamos na capital da Índia. As pessoas não estão recebendo oxigênio e estão morrendo como animais”, alegou o homem. 

Fotografia meramente ilustrativa de máscara estampada com a bandeira da Índia / Crédito: Divulgação/ Pixabay

Perigo mundial 

Vale pontuar que a Índia não possui os números mais altos de casos ou mortes por covid-19 do início da pandemia até aqui, que ainda pertencem aos Estados Unidos, que já registrou 32,9 milhões de infectados e 584 mil vítimas fatais. Os dados são do Our World in Data. 

Já o país asiático tinha 24 milhões de casos e 263 mil mortes até o fechamento dessa matéria. É esse surto repentino que configura a severidade da situação. Além dele ter causado o colapso do sistema de saúde indiano, o aumento de infecções por coronavírus torna a Índia um terreno fértil para o surgimento de novas variantes, mais graves que as anteriores. 

"Sabemos que o SARS-CoV-2 pode sofrer mutação para alcançar mais transmissibilidade, a partir de nossa observação das múltiplas variantes em todo o mundo. Até agora, acreditamos que as vacinas ainda devem permanecer eficazes contra essas novas variantes, mas isso pode mudar no futuro”, alertou o professor Gautam Menon, que é especialista em doenças infecciosas, e foi ouvido na mesma matéria da BBC. 

Mulher protegendo nariz da fumaça de piras funerárias em campo na Índia / Crédito: Getty Images 

Em outras palavras, quando pessoas vacinadas e não vacinadas contra o coronavírus convivem por muito tempo, o resultado frequentemente acaba sendo a adaptação do vírus, com mutações. 

A única solução para a questão seria a vacinação acelerada da população, todavia, o país, que começou sua campanha em 16 de janeiro, conseguiu imunizar até o momento 39,3 milhões de pessoas.

Infelizmente, o número, embora seja maior que o alcançado pelo Brasil, para a Índia representa uma parcela muito pequena de sua população: quando se olha para proporções, são apenas 2,9% que estão protegidos do vírus. 

Assim, faz sentido que os olhos do mundo estejam voltados para a Índia nesse momento, uma vez que é extremamente difícil impedir a disseminação de variantes do vírus por outros países — o que já foi demonstrado mais de uma vez desde o início de 2020. 


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