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Matérias / Rosa de Luxemburgo

Há 104 anos, morria a revolucionária Rosa de Luxemburgo

O pensamento de Rosa de Luxemburgo continua influenciando gerações de entusiastas mesmo após um século de seu assassinato

Redação Publicado em 15/01/2020, às 10h00 - Atualizado em 13/01/2023, às 13h57

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Rosa Luxemburgo discursando em Stuttgart, 1907 - Getty Images
Rosa Luxemburgo discursando em Stuttgart, 1907 - Getty Images

No dia 15 de janeiro de 1919, um apartamento no oeste de Berlim foi invadido por paramilitares. Lá dentro estavam Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht, os dois maiores representantes da esquerda alemã do século 20, que foram levados às pressas pelos oficiais que não tinham sequer um mandado de prisão.

Nascida em 1871 na Polônia, Rosa Luxemburgo esteve envolvida em práticas revolucionárias desde a época escolar. Fazendo parte de grupos intelectuais socialistas, aos 18 anos ela fugiu para a Suíça, estudando economia política e Direito na Universidade de Ciências Aplicadas de Zurique. em 1898, aos 27 anos, Luxemburgo obteve seu doutorado com a tese denominada "O desenvolvimento industrial da Polônia".

Rosa Luxemburgo, 1871-1919 / Crédito: Getty Images

Mudando-se de Zurique para Berlim, ela ingressou no Partido Social Democrata (SPD), se tornando muito ativa e escrevendo livros como "Reforma ou Revolução?" e "Greve de massas, partidos e sindicatos".

Desobediência civil

Em 1915 a revolucionária foi condenada a um ano de prisão por desobediência civil — ocasião onde escreveu "O Folheto Junius", que seria a base da Liga Espartaquista, e "A Revolução Russa", onde fala sobre os eventos ocorridos na Rússia naquele mesmo ano.

Deixando a SPD após eles apoiarem a entrada dos alemães na Primeira Guerra Mundial, Luxemburgo se uniu politicamente com Liebknecht, expulso do partido em 1916. A dupla, junto a outros comunistas e socialistas, fundou a Liga Spartacus contra a guerra, pedindo a derrubada do governo. Dois anos depois, a Liga se transformaria no Partido Comunista da Alemanha.

Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht / Crédito: Getty Images

Em janeiro de 1919, após a derrota da Alemanha na frente ocidental, o Partido Comunista adquiriu muitos membros e intensificou seus protestos, levando o governo a convocar o Exército para reprimi-los. E o grupo de extrema-direita “Freikorps”, formado por veteranos alemãs de guerra, procurava incansavelmente reprimir os revolucionários de esquerda.

Assassinatos

Escondidos em Wilmersdorf, no oeste de Berlim, Liebknecht e Luxemburgo acabaram sendo localizados pelos Freikorps no fatídico dia 15. Escoltados para fora do hotel, eles foram espancados até ficarem inconscientes e levados em dois veículos militares.

O carro que levava a revolucionária de 47 anos parou próximo ao curso d’água conhecido como Landwehrkanal, onde ela foi baleada e jogada na água. Seu corpo só seria encontrado meses depois.

Seu companheiro de luta, que seguiu no outro carro, foi levado até uma estrada deserta no parque Tiergarten, obrigado a caminhar e baleado pelas costas. Seu cadáver foi entregue como indigente em um posto da polícia. Os corpos dos revolucionários foram posteriormente enterrados no Cemitério Central de Freidrichsfelde, em Berlim, recebendo anualmente homenagens de admiradores.