Os Jogos Olímpicos de Tóquio estão chamando a atenção não só pelos campeonatos, mas também pelos importantes debates sociais
Oficialmente iniciado na última sexta-feira, 23, os Jogos Olímpicos de Tóquio estão sendo amplamente repercutidos ao redor do mundo. Na disputa pelo pódio olímpico, atletas de diferentes países estão dando o seu melhor para garantir medalhas para suas respectivas nações.
Emocionando o mundo, as Olimpíadas estão sendo marcadas por importantes protestos e debates sociais. Dentro e fora dos centros olímpicos, há manifestações pelo fim da sexualização dos corpos femininos em eventos esportivos, contra o racismo e apontamentos pertinentes à introdução de pronomes neutros.
Atletas de diferentes nações levantaram importantes debates nos últimos dias, como foi o caso das ginastas alemãs.
Em protesto contra a sexualização dos corpos femininos em eventos esportivos, elas trouxeram à tona a problemática das roupas utilizadas por mulheres. Por isso, elas deixaram de lado os famosos collants, por uniformes que cobrem as pernas.
Durante um jogo de futebol entre o Brasil e a Alemanha, o jogador brasileiro Paulinho comemorou o quarto gol fazendo uma saudação honrosa. Na ocasião, ele fez um movimento de flecha, representando o orixá Oxóssi.
Em entrevista à repórter Gabriela Chabatura, do UOL Esporte, a mãe do jogador afirmou que o filho sofreu represálias em suas redes sociais pessoais e até mesmo ataques racistas por parte dos internautas.
Por outro lado, tal fato levantou um importante debate a favor da tolerância religiosa e contra o racismo iminente na sociedade, reforçando a luta antirracista no país.
Após registrar os bastidores dos Jogos Olímpicos em seu Instagram, Douglas Souza, atleta do vôlei, tornou-se um dos esportistas mais queridos entre os brasileiros.
O atleta que é assumidamente homossexual rompeu com paradigmas e estigmas sociais, ao representar a comunidade LGBTQIA+ em um esporte que é predominantemente composto por homens cis e héteros.
Já no skate, Alana Smith, que representou os Estados Unidos, recentemente, se descobriu não-binárie. Conforme a Veja, a comentarista e skatista Karen Jonz chamou a atenção nas redes sociais ao levantar um importante debate ao utilizar o pronome neutro para se referir a Smith.
Em suma, os Jogos Olímpicos de Tóquio 2021 são reflexos de novos tempos, em que é preciso debater a pluralidade de corpos e gêneros, e combater toda forma de opressão e preconceito enraizados na sociedade.