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Matérias / Cultura

Rocketman apresenta o lado obscuro de Elton John

A AH assistiu a cinebiografia do cantor que chega aos cinemas nesta quinta-feira.

Alana Sousa Publicado em 27/05/2019, às 14h00

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Divulgação
Divulgação

Um dos filmes mais aguardados do ano, Rocketman, estreia oficialmente nesta quinta-feira, 30. A AH assistiu hoje a cinebiografria que conta a história da vida e carreira do músico Elton John.

Com duas horas de duração, o filme consegue entreter e emocionar ao mesmo tempo. Faz jus à história do lendário cantor e pianista, hoje com 72 anos. Mais do que consolidar o nome de Elton como um dos maiores da música mundial, a obra o apresenta como um ser-humano imperfeito.

O vício em drogas e álcool, a relação turbulenta com a família, a convivência com os parceiros de trabalho — especialmente o amigo e compositor Bernie Taupin — o peso da fama e a descoberta e aceitação da homossexualidade são temas abordados sem medo. O foco da cinebiografia é mostrar o homem por trás das roupas chamativas e do que vemos nos palcos.

Poster oficial do filme / Crédito: Divulgação

Começando com um encontro de AA, o artista, já no auge da carreira, conta sua versão sobre a vida simples de Reginald Dwight, enquanto vemos a verdade em sequências bem elaboradas. A obra consegue fazer uma sutil e bela transição da época de criança, para jovem e então para o começo da trajetória na música, aos vinte anos.

O encontro de Alcóolicos Anônimos é a base durante todo o filme, fazendo uma viagem no tempo até chegar à primeira cena exibida.

O protagonista Taron Egerton apresenta uma atuação forte e memorável. Sua entrega nos números musicais é de emocionar. O destaque principal vai para a interpretação vocal e performática das canções, tais quais ele cantou todas, diferentemente de Rami Malek, na cinebiografia de Fred Mercury, Bohemian Rhapsody, que dublou a voz do falecido vocalista da banda Queens.

Uma das surpresas positivas é a performance dos atores mirins, Matthew Illesley e Kit Connor, que cantam e transmitem a densidade necessária nas cenas familiares. Um diferencial autêntico para a obra.

Muito além de trazer para tela os principais hits da carreira de Elton. A música é um dos elementos principais do longa, sendo incorporada como parte essencial nas cenas mais dramáticas. Um dos momentos musicais mais cativantes é a cena que segue o primeiro verdadeiro show do cantor nos Estados Unidos. Na qual Tiny Dancer casa perfeitamente com o cenário e contexto melancólico inserido.

A música que carrega o nome do filme, Rocketman, é guardada para um dos melhores momentos — talvez o melhor — sem receio de abordar o aspecto mais difícil da vida de Elton, que foi a tentativa de suicídio. Na vida real do artista foram várias tentativas, porém o filme apresenta apenas uma, numa cena profunda e que mostra o verdadeiro estado do cantor, que necessitava de ajuda.

Com direção de Dexter Fletcher e roteiro de Lee Hall, Rocketman é além de uma cinebiografia, um musical, e do melhor tipo. Entrega tudo que promete e mais. Supera expectativas e apresenta um artista completo, que não é perfeito nem de longe. É uma obra para fãs de cinema, de música e principalmente, de Elton John.