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Matérias / Egito Antigo

Retrospectiva 2020: a mais impressionante descoberta do Egito

Em outubro deste ano, egiptólogos revelaram 59 sarcófagos de sacerdotes da 26ª Dinastia, selados há 2.500 anos; o episódio, porém, gerou muita polêmica: afinal, eles estavam certos em abrir os artefatos antigos?

Isabela Barreiros Publicado em 20/12/2020, às 07h00

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Sarcófagos encontrados no Egito - Divulgação - Ministério de Antiguidades do Egito
Sarcófagos encontrados no Egito - Divulgação - Ministério de Antiguidades do Egito

Esse foi um ano especialmente produtivo para arqueólogos que trabalham no Egito. No segundo semestre de 2020, egiptólogos anunciaram muitas descobertas impressionantes que foram parar nas manchetes do mundo todo, intrigando o público e pesquisadores do restante do mundo.

A Aventuras na História noticiou todos esses achados impressionantes e, às vezes, curiosos que vem de uma região com um dos passados mais instigantes da História. Na retrospectiva da arqueologia de 2020 realizada pela redação, a descoberta divulgada no dia 3 de outubro ocupa a primeira posição. 

Embora seja de muito tempo atrás, o Egito Antigo continua nos presenteando com artefatos e itens incríveis. A região permanece como um local que gera curiosidade por ser berço de uma das civilizações que foram uma das bases da história humana, além de ser palco de muitas descobertas importantes.

O Ministério de Antiguidades do Egito divulgou naquele fatídico sábado achados muito impressionantes. Foram revelados, de apenas uma vez, 59 sarcófagos de possíveis sacerdotes que faziam parte da . Os pesquisadores afirmam ainda que eles estavam totalmente selados, totalizando 2.500 anos fechados.

Um dos sarcófagos de perto / Crédito: Divulgação/Facebook/Ministério de Antiguidades do Egito

Segundo informado pelas autoridades egípcias, os artefatos históricos tinham sido descobertos meses antes. O trabalho arqueológico na região do sul do Cairo estava sendo realizado desde 2018, mas os itens funerários foram localizados em agosto deste ano, dentro de três poços de 12 metros.

Junto dos sarcófagos notáveis, estavam ainda 28 estatuetas do deus Seker. A divindade é geralmente representada como um falcão mumificado ou ainda uma mistura entre um humano e o pássaro. No Egito Antigo, ele estava associado às tradições funerárias, sendo uma relevante figura no ritual de morte.

Como as escavações operadas pelo Ministério de Antiguidades do Egito estavam sendo realizadas há pelo menos dois anos, essa não foi a primeira vez que objetos importantes foram encontrados. No começo do ano, arqueólogos localizaram uma tumba com animais mumificados e também o local de descanso de Wahtye, um sacerdote da quinta dinastia.

Uma das múmias encontradas / Crédito: Divulgação/Facebook/Ministério de Antiguidades do Egito

A divulgação da descoberta dos 59 sarcófagos, porém, causaram polêmica. Os artefatos foram mostrados ao público e à comunidade científica por meio de uma cerimônia pública que contou com aglomerações mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus. Na internet, internautas criticaram as autoridades egípcias. 

Outro aspecto do episódio também causou controvérsias. A instituição postou em seu perfil nas redes sociais um vídeo que mostrava a abertura dos sarcófagos em questão, em meio a muitas pessoas, o que também viralizou na internet e fez com que mais críticas surgissem aos pesquisadores.

A Aventuras na História conversou com o professor de História, Sociologia, Filosofia e Atualidades, Fernando Costa, sobre o episódio. Para ele, o crescimento da própria internet fez com que comentários e análises não baseadas na ciência ganhassem mais alcance. Muitas vezes, gerando fake news.

Visão dos sarcófagos encontrados / Crédito: Divulgação/Facebook/Ministério de Antiguidades do Egito

“Os supostos perigos acabam ganhando a mente de pessoas leigas ou que entram na moda do anti-iluminismo e anticientificismo”, explica. “Alguns vídeos e até um documentário narram lendas de pesquisadores que supostamente morreram meses depois a abertura de uma tumba em 1922. Os pesquisadores teriam tido pesadelos e calafrios, e seriam vítimas de alguma doença oculta ou até maldição”.  

Costa relembra ainda que a abertura dos sarcófagos foi autorizada por Khaled El Anani, atual ministro de turismo e antiguidades e especialista na área. A decisão dele também não foi única: ele foi apoiado por inúmeros arqueólogos e cientistas. 

“Não se deve renegar ou ocultar a ideia de que os especialistas na área sempre são instruídos e cobrados à tomarem as medidas reais e meticulosas sobre o uso e manuseio de qualquer objeto arqueológico, devido à sua fragilidade e possibilidade de dano irreparável”, concluiu.

Veja o vídeo da grande descoberta anunciada pelo Egito abaixo.


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