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Matérias / China

Semeadura de nuvens: o singular plano da China de controlar o clima

Em dezembro de 2020, o governo chinês anunciou que possui um programa de expansão de chuva e neve artificial

Victória Gearini Publicado em 13/02/2021, às 09h00

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Pequim, capital da República Popular da China - Divulgação / Pixabay
Pequim, capital da República Popular da China - Divulgação / Pixabay

Em dezembro de 2020, as autoridades chinesas surpreenderam o mundo ao anunciar o inusitado plano de semear nuvens no país.

Há anos, os pesquisadores vêm estudando alternativas para “controlar” o clima. Utilizando programas de alto nível, os especialistas garantiram que a meta pode não estar longe de ser concretizada. 

Contudo, o curioso plano vem despertando a insegurança de vários países, que temem que o projeto de expandir chuva e neve artificial acabe causando consequências negativas no meio ambiente, conforme aponta matéria publicada pela BBC.

O projeto

No final do ano passado, o governo anunciou que o objetivo do programa é fabricar fenômenos da natureza artificiais, como a neve e a chuva.

Até 2025, a China planeja que 5,5 milhões de quilômetros quadrados do território sejam implementados no projeto, correspondendo quase 60% da região. 

De acordo com o guia divulgado pela agência de notícias oficial do governo, o intuito é aumentar os níveis de chuva artificial, prevenir desastres ocasionados pelo granizo e inovar a tecnologia de forma exponencial. 

Muralha da China / Crédito: Wikimedia Commons

Em entrevista à BBC, o jornalista Yitsing Wang explicou que a iniciativa busca prevenir possíveis desastres, como em produções agrícolas. Além disso, ajudará em períodos de altas temperaturas ou secas, que ocasionam incêndios florestais. 

"O governo central definirá o quadro geral enquanto os diferentes ministérios e governos locais desenvolverão medidas concretas, geralmente recebendo generosos financiamentos", afirmou o especialista à BBC.

As consequências 

Embora o que muitas pessoas possam imaginar, a técnica, que ficou conhecida como "semeadura de nuvens", não é uma prática nova. Além da China, outros países já usam esta tecnologia. É o caso da Índia, África subsaariana e Austrália. 

De acordo com a BBC, os primeiros estudos sobre o assunto teriam surgido por volta da década de 1940, nos Estados Unidos. No entanto, ao longo das décadas, essas pesquisas teriam dividido a opinião dos cientistas.  

Hong Kong, território autônomo no sudeste da China / Crédito: Divulgação / Pixabay

Atualmente, cerca de 50 mil municípios na China já incluíram esta técnica, com o intuito de evitar prejuízos em plantações, como danos causados por chuvas de granizo. Entretanto, vale ressaltar que a prática só funciona um ou dois meses por ano. 

Em 2017, a Universidade Nacional de Taiwan lançou um artigo em que alegava que a semeadura de nuvens pode comprometer o clima de territórios vizinhos e interferir nas questões climáticas.

Além disso, os pesquisadores temem que a China consiga expandir o projeto sem consultar outras nações. Segundo a BBC, os especialistas não descartam, por exemplo, do governo chinês tomar o controle da radiação solar. Para eles é um risco alto, que poderia causar uma série de tensões políticas em escala global.


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