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Matérias / Personagem

Serial Kisser: conheça José Alves de Moura, o maior beijoqueiro do brasil

Beijando figuras como Pelé, Frank Sinatra e o Papa João Paulo II, José Alves se tornou ícone na mídia do país

Joseane Pereira Publicado em 11/01/2020, às 07h00

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O famoso beijo em Frank Sinatra - Reprodução/Youtube
O famoso beijo em Frank Sinatra - Reprodução/Youtube

Quando o beijoqueiro José Alves de Moura escolhia sua próxima vítima, ela tinha poucas chances de se safar dos seus lábios.  Vivendo no Rio de Janeiro, José Alves trabalhou como empresário de futebol, comerciante e motorista de táxi, ficando conhecido no Brasil inteiro após subir no palco do Maracanã e beijar o cantor Frank Sinatra, em 26 de janeiro de 1980.

Serial Kisser

O beijo dado no cantor foi amplamente noticiado. Gostando da fama, ele passou a frequentar eventos com celebridades para repetir o ato — o que acabou lhe fazendo perder o emprego de taxista, pois, de acordo com seu patrão, os clientes tinham medo de que ele os beijasse.

O Beijoqueiro foi preso dezenas de vezes por seus atos / Crédito: Reprodução/Youtube

Segundo informações de seu irmão Francisco, o Beijoqueiro passou boa parte da vida entre hospitais psiquiátricos, por consequência de uma agressão sofrida em 1966 quando um assaltante o golpeou na cabeça. Apesar disso, suas ações nunca foram violentas, causando no máximo um desconforto. Entre os alvos mais famosos dele, estão os cantores Roberto e Erasmo Carlos, Leonel Brizola, Itamar Franco e Pelé, entre muitos outros.

Beijos complicados

A tentativa de beijo no jogador de futebol Zico acabou não dando muito certo: José Alves foi detido e espancado por policiais, tendo algumas costelas e dentes quebrados. Após exames que comprovaram sua sanidade, ele foi liberado pelo juiz Mayrino da Costa, que declarou: "Beijar não é crime. Quem dera se todos os delinquentes do Brasil trocassem suas armas por beijos".

O jogador Romário, recebendo o beijo sem entusiasmo / Crédito: Reprodução/Youtube

Em 1980, quando o Papa João Paulo II visitou o Brasil, o beijoqueiro foi detido no Rio de Janeiro e mantido na cadeia até que o Sumo Pontífice fosse para outra das sete cidades brasileiras que visitou. Após ser liberado, José Alves viajou para São Paulo, onde foi novamente preso. Ganhou uma passagem para voltar ao Rio, mas preferiu ir para Curitiba — onde o Papa estaria alguns dias depois.

Preso uma terceira vez, ele fez um apelo em praça pública no Rio de Janeiro, conseguindo dinheiro suficiente para comprar uma passagem de avião até Manaus. Lá, o beijoqueiro finalmente se aproximou do Sumo Pontífice, lhe presenteando com 17 beijos nos pés.


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