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Matérias / Música

Sex-tape do Rei: O suposto — e controverso — filme erótico de Jimi Hendrix

Há 78 anos atrás, nascia o guitarrista responsável por liderar um movimento vanguardista — e rodeado de polêmicas

Wallacy Ferrari Publicado em 27/11/2020, às 07h00

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Jimi Hendrix em fotografia em plano retrato - Wikimedia Commons
Jimi Hendrix em fotografia em plano retrato - Wikimedia Commons

Em 2007, a produtora de filmes Vivid Entertainment fazia fortuna com o lançamento de vídeos adultos de celebridades americanas vazados na internet, lançando comercialmente a sex-tape da atriz Pamela Anderson com o roqueiro Tommy Lee e o vídeo íntimo de Kim Kardashian com seu então namorado, o rapper Ray J. Sabendo do sucesso comercial, a produtora começou a procurar e oferecer recompensas em dinheiro para pessoas que tivessem posse de algum material da intimidade de artistas.

Ao mesmo tempo, naquele ano, um colecionador de itens relacionados ao rock n' roll, cuja identidade não foi revelada, estava na Europa para um leilão de artefatos de artistas, como gravações antigas, pôsteres e restos de shows históricos. Em um dos arremates do rapaz, uma caixa com diversos itens da década de 1960 tinha um curioso objeto; um rolo de filme, com a identificação na embalagem sendo apenas os dizeres "Black Man" ("Homem negro", em tradução livre).

Sem a capacidade de proporcionar equipamento para reproduzir o vídeo, a casa de leilões pouco se importou e vendeu por um preço baixo, junto ao pacote. Contudo, o homem se surpreendeu quando levou o filme para a casa e conseguiu reproduzir; com cabelo afro, faixa na cabeça e acompanhado de duas garotas, o rapaz tinha acabado de comprar os direitos de um vídeo íntimo de Jimi Hendrix.

Capa de DVD contando com Jimi Hendrix lançado pela Vivid / Crédito: Divulgação

Palhetada para o mundo ver

Sabendo da proposta da Vivid, o homem foi até os Estados Unidos negociar a venda de direitos, com sucesso. Antes de qualquer ação, os empresários da companhia, fizeram questão de revisar a gravação, consultando biógrafos e historiadores, incluindo algumas pessoas que tiveram a oportunidade de estarem presentes na intimidade do guitarrista.

De acordo com a contracapa do filme, as tietes Pamela DesBarres, que dormiu com o cantor e outros roqueiros durante as décadas de 60 e 70, e Cynthia Albritton, popularmente conhecida como Cynthia “Plaster Caster”, por fazer moldes de gesso com o pênis de roqueiros, incluindo Hendrix. As duas não apenas confirmaram a autenticidade como fizeram depoimentos em vídeo, que compuseram os extras do DVD lançado em 2008 pela Vivid.

Com o nome “Jimi Hendrix: The Sex Tape”, o DVD saiu custando US$ 39,95 e teve uma revisão para a restauração de cenas, inclusive contando com uma suposta autorização do homem que gravou as cenas em uma câmera Super 8, alcançado após uma investigação da Vivid. "Este novo filme mostra que Jimi Hendrix poderia ter sido tão bom como ator pornô quanto foi como astro do rock", diz Steve Hirsch, co-presidente da Vivid, na época do lançamento para a Reuters.

Pamela DesBarres analisa cenas da sex-tape do amigo / Crédito: Divulgação

Contestado por amigos

Apesar de ser amplamente noticiado, a autenticidade das imagens chegou a ser contestada por dois amigos pessoais do músico; Charles R. Cross foi autor de uma respeitada biografia do guitarrista, que inclusive, recebeu a autorização da família para ser publicada. De acordo com o autor, a faixa, comportamento e contexto “não se encaixam no Jimi”, como disse em entrevista ao The New York Times.

Na mesma entrevista, Kathy Etchingham, que namorou com ele na década de 1960, afirmou que não era ele após ver algumas imagens de trechos do vídeo íntimo. "O rosto está amplo demais, e as narinas são largas demais para [serem de] Jimi", afirmou ela por e-mail ao jornal estadunidense.

Mantendo o posicionamento de que não tratava-se de um vídeo real do lendário guitarrista, a Experience Hendrix, empresa guiada por parentes do músico e responsável pelos direitos de imagem e música, não fizeram questão de comentar o assunto e, muito menos, solicitar a interrupção das vendas  — visto que, se não era Jimi, não tinha o porquê de retirar.


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