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Matérias / Múmias

Sexo trocado e dúvida milenar: a intrigante múmia de Ankhefenmut

Durante muito tempo, acreditou-se que o corpo mumificado era de uma mulher; mas uma pesquisa revelou que não era bem assim

Isabela Barreiros Publicado em 11/06/2020, às 07h00

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A múmia de Ankhefenmut - Divulgação
A múmia de Ankhefenmut - Divulgação

Durante muito tempo, a prática de adquirir artefatos ou até mesmo múmias que remontassem ao Egito Antigo foi muito comum. O comércio desses objetos raros e importantes para a arqueologia, principalmente, muitos institutos chegaram a adquiri-los com o intuito de pesquisa.

Nos Estados Unidos, isso também tinha se tornado hábito. No ano de 1909, Samuel Brown, um importante empresário de Nova York se locomoveu até o Egito para comprar duas múmias para a instituição onde era parte do conselho, o Instituto de História e Arte de Albany.

Crédito: Divulgação

Naquela época — e ainda posteriormente, por muitos cientistas que se envolveram na pesquisa da múmia —, acreditava-se que se tratava do corpo mumificado de uma mulher e o outro, de um homem. Os estudos indicavam que a múmia feminina teria vivido durante a 21ª Dinastia do Egito Antigo e a masculina durante o período ptolemaico.

Esse pensamento permaneceu tanto no instituto em que os cadáveres mumificados estavam expostos e sendo estudados e na mentalidade comum sobre eles. O que se pensava é que eles haviam trazido do Egito para os Estados Unidos um homem e uma mulher mumificados — mas não era bem assim.

A descoberta

Crédito: Divulgação

No início dos anos 2000, o egiptólogo Peter Lacovara, pesquisador da Universidade Emory, em Atlanta, nos Estados Unidos, visitou o Instituto de História e Arte de Albany. Ele ficou intrigado, e teve uma intuição de que talvez uma das múmias tivesse sido colocada em um caixão diferente, ou seja, que aquele não era o túmulo em que ela foi originalmente enterrada.

A questão chegou uma polêmica: talvez não se tratasse de um corpo mumificado de uma mulher. E, assim, pediu autorização à instituição para estudar as múmias, com uma tecnologia de ponta e altamente capacitada para conseguir entender o mistério que a egípcia despertava.

O especialista sabia que, muitas vezes, arqueólogos erravam o sexo das múmias ao analisa-las somente superficialmente e sem equipamentos de pesquisa utilizados de modo especial para a análise. Lacovara, então, decidiu escanear o corpo mumificado, realizando uma tomografia computadorizada (TC) e raios-X da GE no Centro Médico de Albany.

Foi assim que ele confirmou sua teoria, desenvolvida apenas por um palpite. Ele descobriu que a múmia, na verdade, tinha uma pelve masculina e seus ossos podem ser considerados mais grossos e angulares dos que de uma mulher.

Tomografia da múmia / Crédito: Divulgação

A equipe de arqueólogos responsável pelo estudo ainda chegaram à conclusão de que o lado superior direito da múmia "era decididamente mais musculoso". Eles perceberam também que os ossos estavam "bem mineralizados, sólidos e uniformes", revelando que a dieta do indivíduo "continha proteína e cálcio adequados". Além disso “sua dentição foi excepcional, sem cáries ou perda de dentes".

As descobertas fizeram com que eles tivessem que investigar ainda mais à fundo de quem, então, poderia ter sido o corpo mumificado. O indivíduo que viveu há 3 mil anos atrás morreu com por volta de 50 anos, e seu caixão tinha elementos tão específicos que possibilitaram que os pesquisadores pudessem sugerir sua identidade.

Os arqueólogos chegaram à conclusão de que se tratava de Ankhefenmut, um sacerdote e escultor que atuava principalmente no templo de Mut, próximo à cidade de Luxor, no Egito. Afirmaram ainda que o homem provavelmente viveu entre os anos 1069 e 945 a.C. O mistério havia sido, enfim, resolvido.


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