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Matérias / Esporte

Sexualidade e premonição: 4 polêmicas que marcaram a carreira de Senna

O maior ídolo brasileiro da Formula 1 teve episódios pessoais abordados antes e depois de sua comovente morte

Wallacy Ferrari Publicado em 06/02/2022, às 08h00

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Ayrton se preparando em box durante prova em 1987 - Getty Images
Ayrton se preparando em box durante prova em 1987 - Getty Images

Ídolo nacional ao competir pelas pistas da Formula 1 pelo mundo, o paulista Ayrton Sennamarcou gerações até seu último dia de vida, se arriscando em altas velocidades e, marcado pelo seu estilo ágil, sendo tricampeão mundial pela categoria automobilística.

Tamanha projeção não apenas despertou o interesse público na vida pessoal do astro dos volantes, como o relacionou em curiosas polêmicas antes e depois de sua morte. Sabendo disso, o Aventuras na História separou algumas das polêmicas associadas ao nome de Ayrton Senna, com base em reportagem da revista AnaMaria, parceira do Grupo Perfil.

1. O desabafo de Xuxa

Mesmo tendo namorado publicamente com a apresentadora Xuxa Meneghel entre os anos de 1987 e 1988, muitas pessoas acreditavam que a loira e o piloto voltariam um dia.

Em entrevista ao Altas Horas, Xuxa afirmou que cogitou ir atrás do ex-companheiro nos anos seguintes ao término, inclusive que tentaria vê-lo na Itália no dia seguinte ao GP de Ímola, que nunca foi possível, visto que ele faleceu em decorrência de um acidente durante a corrida.

Me lembro que no sábado eu ia terminar umas músicas, domingo ele ia correr, e eu falei que na segunda-feira eu ia atrás dele. E disse: ‘Estou com um pressentimento de que ele vai se machucar, e vou atrás dele’. Fiquei falando muito dele. Depois vieram me contar que no sábado ele também ficou falando de mim, uma das coisas que ele disse é que ia conversar comigo”, acrescentou.

A apresentadora esclareceu que não tinha o objetivo de separar Senna. 

"Não deu porque não existiu mais à frente. De repente poderia estar ele casado com alguém, e obviamente eu não faria isso. Mas como ele ainda estava namorando, eu resolvi ir atrás dele. Mas não aconteceu… Vai ficar sempre no ‘não sei’”, disse ela.


2. Boato

Rival nas pistas e autor de comentários ácidos contra o colega brasileiro, o também tricampeão mundial Nelson Piquet já insinuou que Senna teria uma sexualidade secreta.

Na mais recente, em 2020, ele explicou em entrevista ao canal de Junior Coimbra que, na década de 1980, seu advogado levantou a possibilidade de que o casamento do colega poderia ter sido anilado por traição pelo mesmo sexo, como relembrou o portal de notícias AnaMaria. Contudo, o boato foi negado pela única esposa de Senna no papel.

“Não teve anulação. Apenas nos separamos. Foi isso. Tenho todos os documentos, não devo nada para ninguém. Ele era meu. (...) Morei dois anos com o Ayrton em Norwich, condado de Londres, uma casa muito boa. Foi uma coisa muito bacana, aproveitamos muito. Eu lavava, passava, costurava, fazia de tudo. Era dona do dinheiro, porque ele não gostava de mexer com dinheiro. Tivemos uma paixão muito grande. Um amor grande um pelo outro. Ficamos muito juntos", comentou Lilian Vasconcellos ao programa Balanço Geral’ (Record TV).

Porém, o auge se deu em 1987, logo após a vitória do campeonato daquele ano de Piquet. Perguntado por um repórter sobre a cobertura midiática de Ayrton ser maior do que a dele, recém-campeão, ele respondeu de bate-pronto: "Ah, vai perguntar pra ele porque ele não gosta de mulher!".


3. Premonição

No especial de Natal da Xuxa em 1988, a então companheira do atleta decidiu enchê-lo de beijos, dedicando cada um dos anos seguintes: "Feliz 90, feliz 91, feliz 92...". Contudo, a apresentadora interrompeu os beijos logo após o de 1993, sendo o último que Ayrton recebeu.

Por coincidência, ele morreria no ano seguinte ao beijo não dado, em 1994. 16 anos depois, ela comentou o episódio em seu programa. 'Eu deveria ter procurado outro lugar, parte do corpo dele, atrás na cabeça, sei lá o que, para continuar. Deveria ter beijado ele inteiro para continuar com a gente até hoje', disse a apresentadora. 

A namorada seguinte de Ayrton, Adriane Galisteu, também relatou premonições do namorado; teria dito a ela que não gostaria de correr em Ímola no último encontro do casal, demonstrando um desespero que ela nunca havia presenciado antes.


4. Corrida fatal

Nos dias anteriores a morte de Senna, em 1 de maio de 1994, outras duas tragédias já marcavam o fim de semana mais sombrio da história da Formula 1; Ronald Ratzenberger, que corria na MTV Simtek, morreu no dia anterior durante o treino de classificação.

Rubens Barrichelloquase se vitimou fatalmente na sexta-feira, também por um acidente de alto impacto no autódromo de San Marino, se afastando das pistas temporariamente e sofrendo de amnésia nos dias seguintes ao acidente.

Senna não apenas estava inquieto pelas tragédias, mas chegou a solicitar o cancelamento da corrida, decisão desacatada pela FIA.

Giorgio Teruzzi, jornalista que cobriu a corrida, escreveu em ‘L’ Ultima Notte di Ayrton Senna’,que Senna estava inquieto. Em entrevista ao El País, ele relembrou uma conversa de Ayrton com Adriane Galisteu, então companheira.

“Tudo está uma merda, um austríaco bateu e se matou. Eu vi tudo. Morreu na minha frente. Sabe de uma coisa? Eu não quero correr”, disse ele, conforme dito pelo repórter. A conversa fora confirmada pela apresentadora: “Nunca tinha escutado Ayrton falar desse jeito”. 

Senna também chegou a reclamar do carro que seria usado na corrida. "Não posso dirigir, tudo está rígido, o carro pula a todo momento. Parece uma cadeira elétrica”, disse ele, conforme relembrado pela AnaMaria.