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Matérias / Personagem

Silmara de Moraes, a merendeira que salvou 50 alunos durante massacre de Suzano

Escondendo as crianças na cozinha, Silmara usou freezer e geladeira como barricadas

Joseane Pereira Publicado em 31/12/2019, às 08h00

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Silmara Cristina Silva de Moraes - Divulgação/Facebook
Silmara Cristina Silva de Moraes - Divulgação/Facebook

No dia 13 de março de 2019, o município de Suzano foi palco de um evento trágico. Os ex-alunos Guilherme Taucci Monteiro e Luiz Henrique de Castro, de 17 e 25 anos, promoveram um massacre na Escola Estadual Professor Raul Brasil, ferindo dezenas de pessoas e matando 7 alunos. Em meio ao caos, algumas figuras tiveram o papel de herói — entre eles a merendeira Silmara Cristina Silva de Moraes, que escondeu cerca de 50 estudantes na cozinha.

“Silmara Maravilha”

Com 54 anos de idade, Silmara vive em Guaianazes, extremo leste da cidade de São Paulo. Filha de um casal de mineiros, ela ingressou na Assembleia de Deus aos 13 anos de idade, sendo voluntária durante 30 anos no departamento infantil, onde foi professora da escola dominical. “Até hoje me chamam de Tia Sil. Tenho alunos que já estão casados e que cheguei a dar aula para os filhos”, afirmou ela ao jornal O Estadão.

Mãe de três jovens, Silmara prestou concurso para a prefeitura de Suzano após o crescimento dos filhos, e alimenta o sonho de cursar a faculdade de Serviço Social. “Quando você trabalha, vê a necessidade das pessoas. Na assistência social, vou poder ajudar mais gente, ter um número maior para atingir. É a minha cara”, afirmou ela.

Homenagem aos alunos após massacre na escola Raul Brasil / Crédito: Getty Images

Próximo à barbearia de seu filho Marcos Paulo, um desenho foi grafitado em sua homenagem, retratando Silmara com trajes da Mulher Maravilha. Esta é a forma como ela é lembrada, após ter arrastado um freezer e uma geladeira para impedir que os dois atiradores entrassem no refeitório da escola Raul Brasil. Ela e duas colegas também fizeram uma barricada com uma das mesas, protegendo os alunos.

“Ainda não caiu a ficha. Eu não vejo por esse lado, como uma heroína. Eu vejo, assim, como um coração de amor. Eu faria isso em qualquer lugar que estivesse, acho que seria essa a minha reação, pelo amor que tenho àquele lugar”, afirmou ela sobre o ocorrido.


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