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Matérias / Crimes

Matador a sangue frio: os sádicos crimes do Assassino do Estado Dourado

Famoso serial killer costuma aterrorizar suas vítimas por telefone antes dos crimes e guardava souvenir macabros de suas escolhidas

Vanessa Centamori Publicado em 05/10/2020, às 19h30

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Retrato falado e Mugshot do Assassino do Estado Dourado - Wikimedia Commons
Retrato falado e Mugshot do Assassino do Estado Dourado - Wikimedia Commons

Na década de 1970, um homem loiro, atlético, de pele clara, com um pouco mais de 1,80 metros de altura, andava muito bem vestido sob a luz do luar, nos bairros de classe média no condado de Sacramento, nos Estados Unidos.

Parecia apenas um rapaz honesto, preocupado em voltar do trabalho para casa. Mas, na verdade, o moço tinha pensamentos malignos — ele era um assassino em série, criando planos de como capturar sua próxima presa. 

Foram mais de dez assassinatos a sangue frio e, pelo menos, 50 estupros, todos cometidos pelo rapaz, em múltiplos condados da Califórnia. A primeira das vítimas do serial killer, que ficou conhecido como o Assassino do Estado Dourado, foi uma mulher da cidade de Citrus Heights. 

Retratos falados do Assassino do Estado Dourado / Crédito: Divulgação/ YouTube

Em 1976, após rastrear os movimentos da mulher, ele se dirigiu até a casa dela, vestindo luvas e uma máscara. Seu tom de voz era sempre o de um sussurro, mas suas falas não eram abafadas, e sim sempre muito agressivas.

A moça então foi estuprada violentamente — e, a partir daí, abusos sexuais parecidos não pararam de acontecer em torno do condado de Sacramento. Isso fez até que, inicialmente, o lunático fosse apelidado de Estuprador da Área Leste. Seus rituais sádicos e, principalmente, os alvos, eram sempre os mesmos: mulheres que estavam sozinhas em casa, com os filhos. 

Objetos usados no crime pelo Assassino do Estado Dourado / Crédito: Divulgação/ Youtube 

Novo modus operandi 

Mas, um ano depois de começar os estupros, a situação mudou, e o sádico começou a considerar também arrombar casas onde os maridos estivessem presentes, aproveitando para assassinar não apenas as moças, como também seus cônjuges. 

Quando começou a praticar os homicídios, o infrator passou a ser chamado de Stalker Original da Noite. A primeira onda de mortes ocorreu em 1978, na cidade de Rancho Cordova, no norte da Califórnia. As primeiras duas vítimas foram o casal Brian e Katie Maggiore

No caso de casais, o serial killer costumava amarrar primeiro o homem e colocar louças nas costas dele. Depois, ele se dirigia com a mulher para outro quarto, onde a estuprava. Caso os pratos que estavam presos ao marido ou namorado caíssem enquanto o ato de violência sexual era cometido, o serial killer ameaçava dar um tiro no homem ou matar a sua companheira.

Geralmente, no fim, ambos eram mortos por balas de pistola. E as cenas de homicídio não ficavam intactas — o criminoso levava consigo alguns itens mórbidos como uma espécie de souvenir. Eram objetos de apreço pessoal, como anéis de casamento, carteiras de motorista, moedas, jóias e até botões das roupas das vítimas. 

Desenho de um anel de uma das vítimas, que foi coletado pelo serial killer / Crédito: Divulgação / Youtube 

Assassino na linha 

Após os homicídios em Rancho Cordova, o serial killer matou várias pessoas na área de Santa Bárbara. Passou então pela região do sul da Califórnia, de 1979 a 1986. Normalmente, todos os ataques eram muito bem pensados, às vezes com dias de antecedência. 

Antes de realizar os assassinatos, o criminoso entrava nas casas sem que os donos percebessem ou quando eles estivessem fora. Estudava a residência aos mínimos detalhes, analisando assustadoramente fotos de família, e até mesmo decorando os nomes dos moradores. 

O número de telefone da residência também era sempre coletado com antecedência. Tornando a situação ainda mais perturbadora, o criminoso amedrontava as suas futuras vítimas, ligando para elas antes dos ataques. Nas ligações telefônicas, ele afirmava que iria matar alguém ou simplesmente só ligava e não falava absolutamente nada, deixando apenas um silêncio mórbido no ar. 

Certa vez, em janeiro de 1978, detetives da polícia norte-americana grampearam o telefone de uma das mulheres violentadas. As autoridades conseguiram uma gravação bizarra do Assassino do Estado Dourado. Ele respirava de maneira frenética e depois repetia de modo lento e em tom de suspiro a frase: “Eu irei te matar”. Tanto a vítima, quanto os tiras, conseguiram identificar a voz monstruosa do lunático. 

A revelação

O criminoso não só sabia amedrontar, como também tinha porte físico atlético e treinamento profissional. Antes dos assassinatos, ele trabalhou como policial, em Auburn, na Califórnia. Sua carreira de bom moço acabou quando ele foi demitido, após furtar um martelo e um repelente.

Em 2011, os detetives conseguiram relacionar os seus últimos crimes com os que ele havia cometido anteriormente. Eles pensaram que o Estuprador da Área Leste era outra pessoa, mas na verdade só havia uma criminoso, e o Assassino do Estado Dourado foi reconhecido por meio de testes de DNA. 

Joseph James DeAngelo, no tribunal / Crédito: Divulgação / Youtube 

Quarenta anos depois dos primeiros crimes, somente em 2018, a identidade do cidadão pode ter finalmente vindo à tona. O principal suspeito de ser o Assassino do Estado Dourado é Joseph James DeAngelo, que está hoje com 74 anos anos de idade. Ele deve ser condenado este ano à prisão perpétua, se os procuradores não insistirem na pena de morte.


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