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Matérias / Crimes

Susan Atkins, a 'garota de Manson' que assassinou Sharon Tate

Em uma ação de terror, Susan foi a principal responsável pelo ato final do culto de Charles Manson ao atacar a atriz grávida

Wallacy Ferrari Publicado em 10/05/2020, às 12h00 - Atualizado às 14h00

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Susan, em sua mugshot no ano de 2001 (à esq.) e a atriz Sharon Tate em ensaio fotográfico (à dir.) - Divulgação
Susan, em sua mugshot no ano de 2001 (à esq.) e a atriz Sharon Tate em ensaio fotográfico (à dir.) - Divulgação

Nascida em 1948, Susan Atkins era filha de pais alcoólatras, além de alegar ao longo de sua vida que havia sido abusada sexualmente por um homem de sua família. Apesar de sua ingenuidade, obtinha boas notas da escola até a chegada do colegial. Aos 15 anos, sua mãe foi diagnosticada com câncer, diminuindo a renda da família pela metade. Além da necessidade, o abalo emocional da jovem foi notável com a queda em seu rendimento escolar e suas novas amizades.

Após o falecimento da mãe, Atkins abandonou a escola e passou a procurar emprego na região de San Francisco, sem sucesso. Preferiu seguir um caminho ainda mais rápido para obter renda e praticou uma série de assaltos com dois cumplices, que lhe rendeu alguns meses na cadeira. Quando saiu, aos 19 anos, foi trabalhar como stripper, onde conheceu Charles Manson.

Na época tentando emplacar sua carreira musical, Manson deixou a jovem bestificada com sua beleza, fala polida e cabelos longos, comparando o mesmo posteriormente com Jesus Cristo. O líder a buscou em sua residência, onde morava com um traficante, e a levou para a casa onde morava. Depois de tocar uma composição em seu violão, o músico afirmou em seu livro de memórias que a jovem adorava o ouvir cantando: “Agradeci polidamente a ela e a conversa continuou. Alguns minutos depois estávamos no quarto dela fazendo amor".

Quando aceitou acompanhar a família Manson, foi apresentada a outras garotas que viveriam em um ônibus e viajariam pelo país representando uma filosofia longe do ego e materialismo. Ao longo dos meses, o projeto se tornou uma das organizações mais violentas dos Estados Unidos.

As 'garotas de Manson' durante julgamento na Califória, em 1969 / Crédito: Divulgação

Helter Skelter

O grupo se estabeleceu em Los Angeles, no quimérico Spahn Ranch, onde o líder tinha maior autonomia para controlar os membros. Na época, Susan descobriu que estava grávida e não era de Manson, visto o tempo de gravidez, que não coincidia com a primeira vez que se relacionaram. O líder não apenas fez o parto, como nomeou a criança como Zezozose Zadfrack Glutz e a deu para a adoção.

No rancho, a filosofia Helter Skelter se fez presente com viagens e orgias regadas a ácidos, além de palestras sobre a tal guerra racial descrita pelo músico. Sobre a ordem do líder, Atkins e outros dois membros da seita foram escalados para o ajudar a se vingar de Gary Hinman, após vender mescalina de má qualidade. O pretexto era apenas uma desculpa que Manson arranjou para roubar uma herança em dinheiro obtida pelo rapaz.

Em um episódio brutal de tortura, os membros torturaram Hinman ao longo de três dias com golpes de faca, espada e sufocamento. Atkins foi responsável por segurar o travesseiro que o sufocou até a morte, além de ter feito um corte em seu rosto, causado por um golpe de espada, utilizando fio dental. O ato mais violento aconteceu algumas semanas depois, na noite de 8 de agosto de 1969.

De acordo com seu depoimento em julgamento, a jovem foi inicialmente orientada a matar Wojciech Frykowski com a faca que usava, mas o homem acabou sendo morto por outro membro, com um tiro que desfigurou sua face. No meio de uma correria na casa, Atkins agarrou a atriz Sharon Tate, que chegou a implorar por sua vida e a do bebê prestes a nascer. Sem piedade, foi esfaqueada no peito pela representante de Manson.

Presa em 1 de outubro de 1969, a jovem afirmou que estava sobre o efeito de LSD na noite do crime, mas passou anos sem manifestar arrependimento. Susan se converteu ao cristianismo dentro da penitenciária, em 1974 e casou-se duas vezes com advogados. Chegou ter dezoito pedidos de liberdade condicional negados e foi a mais antiga presa do estado da Califórnia antes de falecer, em 2009, após ser liberada para repousar no California Institute for Woman sofrendo de um câncer terminal.


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