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Matérias / México

Tepanapa: os enigmas da maior pirâmide do mundo, que não está no Egito

Apesar de ser a mais famosa, a Pirâmide de Gizé está longe de ser maior do que essa que passou muito tempo despercebida

Caio Tortamano Publicado em 12/08/2020, às 07h00

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A Grande Pirâmide de Cholula - Wikimedia Commons
A Grande Pirâmide de Cholula - Wikimedia Commons

Por mais que seja a mais famosa, a Pirâmide de Gizé está longe de ocupar o posto de maior pirâmide de todas. Escondida por muito tempo na cidade de Cholula, em Puebla, ao centro-sul do México, a Pirâmide de Tepanapa é uma das maiores construções antigas das civilizações pré-hispânicas, bem como de todo o planeta.

A base dela tem 450 metros de largura e comprimento, além de uma altura de 66 metros, tendo uma área muito superior a ocupada pela de Gizé, no Egito, que é bem mais alta, com 138 metros de altura. Pesquisadores não têm certeza absoluta de qual foi a população responsável pela construção do monumento — os astecas que encontraram a pirâmide já feita acreditam ter sido obra do gigante Xelhua, uma personalidade da mitologia deles.

História

Agora, o que se sabe sobre a curiosa estrutura é que ela foi construída há aproximadamente 2,3 mil anos, mas acabou sendo abandonada por astecas — que não foram os construtores — quando Cholula passou por uma drástica baixa populacional.

Ilustração representando possível Tepanapa / Crédito: Wikimedia Commons

Além disso, a construção foi utilizada por diversos propósitos ao longo de sua história, tendo servido como um centro religioso por um bom tempo, mas perdendo a importância pelo declínio da cidade. Mesmo assim, eram inúmeras as famílias que voltavam até as imediações do complexo da pirâmide para enterrar seus entes queridos.

Desaparecimento

Curiosamente, apesar de sua base e tamanho serem, de fato, impressionantes, a estrutura conseguiu passar muito tempo despercebida por uma característica interessante de sua construção. Feita com um tipo específico de argila, as paredes da pirâmide eram propícias para que plantas se fixassem e crescessem, criando uma vegetação considerável por cima dela.

Com isso, quando os espanhóis chegaram na cidade, por volta do século 16, não havia nada lá que chamasse atenção além do morro verde que tinha se estabelecido acima da pirâmide. Os colonizadores tinham o costume de construir igrejas nos pontos mais altos das cidades, o que levou a construção da Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, que perdura no topo até hoje.

A igreja é um ponto de peregrinação movimentado no México, e possui uma arquitetura colonial histórica e valiosa para o país, por isso foi preservada. Ao longo de sua história, foi atingida diversas vezes por raios, ao que os nativos mexicanos atribuíram às divindades ofendidas por essa heresia.

Maquete exexmplifica a disposição da pirâmide de Cholula sobre a terra / Crédito: Wikimedia Commons

Descoberta

Voltando aos tempos em que não se tinha menor conhecimento da existência de uma pirâmide embaixo da aparentemente modesta igreja, a área começou a ser estudada no século 19, pelo arqueólogo americano Adolph Bandelier, que encontrou diversos dos enterros feitos em volta da estrutura.

Porém, foi o arquiteto Ignacio Marquina o responsável por explorar a pirâmide propriamente dita, percebendo que tinha muito mais ali do que uma simples colina. As escavações começaram em 1931, e acabaram na década de 1950, com os túneis sendo escavados, percebendo que a estrutura não estava na melhor das condições.

Essa preocupação durou somente até os anos 70, época em que o governo mexicano tinha interesse na reconstrução e reparo dessas estruturas para que se tornassem atrações turísticas — algo que deu muito certo, tendo em vista que o México é um dos principais destinos para amantes desse tipo de estrutura.

Desde sua descoberta, arqueólogos e pesquisadores desenterraram mais de 400 corpos que tinham sido enterrados.

Turismo

Anualmente, a Pirâmide de Topunapa recebe cerca de 220 mil visitantes, sendo uma das principais atrações turísticas em todo o México central. Porém, é pelo complexo todo que se passa as visitas, que consistem em visitar os túneis, um complexo no lado sul da pirâmide e o museu do sítio arqueológico.


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