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Matérias / Personagem

Torcedor-símbolo da Seleção: A saga do icônico 'Gaúcho da Copa'

Clóvis Acosta Fernandes esteve presente em 160 partidas e acompanhou a equipe nacional em sete Copas

Wallacy Ferrari Publicado em 15/06/2022, às 15h56 - Atualizado em 28/11/2022, às 13h01

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Gaúcho da Copa durante o fatídico 7x1 - Divulgação / YouTube / TV Globo
Gaúcho da Copa durante o fatídico 7x1 - Divulgação / YouTube / TV Globo

Em 1990 o técnico Sebastião Lazaroni realizou uma convocação questionável para a Copa do Mundo de Futebol daquele ano; conduzindo a Seleção Brasileira, apostou em medalhões como o atacante Careca, projetou novas promessas como o volante Dunga, e deixou de fora grandes nomes do futebol nacional na época, como Renato Gaúcho e Neto

Mesmo com uma atuação pífia e uma vergonhosa eliminação para a Seleção Argentina, uma das figuras brasileiras de maior atenção da imprensa esportiva viria a figurar os jogos da Seleção Brasileira quase como um amuleto em competições e Copas seguintes.

Clóvis Acosta Fernandes não era jogador de futebol, nem membro da comissão técnica ou integrante da Confederação Brasileira de Futebol.

Sequer tinha o porte físico para participar de algum torneio dentro das quatro linhas, mas nada o impediu de acompanhar a equipe nacional em mais de 160 partidas e em 60 países.

Símbolo da torcida, ele ficou nacionalmente conhecido como gaúcho da copa, fazendo o jus ao nome ao ostentar um volumoso bigode e roupas típicas da cultura rio-grandense. O ponto alto era seu chapéu, que ao longo dos anos passou as sustentar broches de diversas localidades, ocupando todo o acessório com os destinos que passou.

O 'Gaúcho da Copa' com Careca em sua primeira Copa, em 1990 / Crédito: Divulgação / Facebook / Clovis Acosta Fernandes

Marcos da torcida

Apaixonado pela representação futebolística do país, ele esteve presente em sete Copas do Mundo, comparecendo ao máximo de partidas possível entre 1990 e 2014.

Viu o Brasil obtendo êxitos históricos em três delas; em 1994 e 2002, quando a Seleção tornou-se campeã mundial nos torneios realizados nos Estados Unidos e Coreia-Japão, além de sagrar-se vice-campeã na competição realizada entre os dois títulos, em 1998.

Por outro lado, não apenas esteve presente na vergonhosa derrota da Seleção contra a Alemanha por 7 a 1, em 2014, como sua imagem desolada abraçando uma réplica da taça do Mundial circulou o mundo como um retrato da frustrante perda em pleno território nacional.

Já virou também meme durante o início dos anos 2000 ao acompanhar a Seleção em competição sul-americana; entrevistado ainda na arquibancada por uma equipe de televisão local, tentou arranhar o idioma espanhol, mas arrancou risadas ao ser interrompido por sua própria raiva pela comissão de arbitragem, deixando a entrevista apenas para xingá-los, sempre carregado no sotaque sulista.

Morte

Infelizmente, o vexame da Copa de 2014 acabou sendo o último presenciado do pelo fanático, visto que já lutava contra um câncer por nove anos, até que, em 16 de setembro de 2015, ele faleceu, aos 60 anos de idade. Contudo, a data chamou atenção por estar relacionada por grandes paixões do torcedor.

Seu falecimento ocorreu um dia depois do aniversário do clube do coração de Clóvis, o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, que também ocorre na Semana Farroupilha, realizada anualmente no Rio Grande do Sul para homenagear os líderes e avanços obtidos da Revolução Farroupilha. Além disso, o portal da FIFA o classificou como o décimo-segundo titular da Seleção.

Com a Copa do Mundo Catar 2022, os filhos de Clóvis continuam o legado do pai. Frank e Gustavo Damasceno conseguiram patrocínio e vão até Doha, Catar, conforme repercutido pelo UOL. Através de seis empresas, os irmãos viajaram para o país.