No ano de 2019, o indiano tentou repetir o feito de Houdini ao se jogar acorrentado em um rio, mas o resultado não foi conforme o esperado
Giovanna Gomes Publicado em 07/03/2021, às 09h00
Chanchal Lahiri era um homem de 42 anos que vivia na Índia, onde atuava como mágico havia vários anos até que, certo dia, uma grande tragédia ocorreu.
Conforme divulgado pela BBC, era 16 de junho de 2019, um domingo, e dezenas de pessoas assistiam a apresentação de Mandrake, como era conhecido Lahiri. De cima de uma ponte sobre o rio Hoogly, localizado no estado de Bengal Ocidental, ele se preparava para se jogar amarrado em correntes.
O artista almejava realizar o mesmo feito de Houdini, famoso mágico escapista que encantou o mundo entre o final do século 19 e início do 20 com seus números incríveis e praticamente impossíveis de serem repetidos.
No mês de junho de 1912, quando encontrava-se em Nova York, o hungaro-americano Harry Houdini teve mãos e pés algemados. Ele foi colocado dentro de um caixão, o qual foi preso a 90 kg de chumbo e jogado no East River para que então o mágico tentasse se soltar. Houdini subiu à superfície apenas 57 segundos depois, deixando uma multidão em êxtase.
E era justamente esse truque que Chanchal queria repetir, mas o indiano, infelizmente, não saiu vivo da água.
Assim que o público percebeu que Mandrake não havia conseguido se soltar e que não tornaria à superfície, o caso foi repassado para a polícia e, assim, foi dado início às buscas. Contudo, o corpo do homem somente foi encontrado na noite do dia seguinte, cerca de trinta horas após seu desaparecimento, e a 1 quilômetro da ponte.
Conforme divulgou o site Hypeness na época, o número do mágico não foi acompanhado por uma equipe de resgate pelo fato dele ter começado a apresentação uma hora e meia antes do combinado.
Além disso, Lahiri não teria informado claramente às autoridades o que prendia fazer naquele dia, que acabou sendo fatal.
Um dos assistentes do mágico explicou o ocorrido ao 'Fantástico'. Segundo ele, "Mandrake estava em ótima forma, nadava muito bem, e havia muitos anos que fazia essa mágica. Ele estava bem confiante."
"Demorou muito tempo para gente conseguir com as autoridades as permissões para fazer a mágica", prosseguiu. "Quando a papelada finalmente saiu, já era época de lua cheia, e isso mexe com as marés. O rio sobe de nível e a correnteza fica mais forte.”
O fotógrafoJayant Shaw, que presenciou o ocorrido, realizou a seguinte declaração à BBC: "Eu perguntei a ele porque estava arriscando sua vida pela mágica. Ele sorriu e disse: 'Se eu fizer corretamente, será mágica. Se eu cometer um erro, será tragédia'". Além disso, de acordo com Shaw, o artista também teria dito queria fazer aquilo para "reavivar o interesse do público pela mágica".
Vinte anos antes da tragédia, Shaw presenciou Lahiri realizar outro truque perigoso debaixo d'água, mas com êxito. Na ocasião, ele foi colocado dentro de uma caixa de vidro, a qual foi afundada em um rio, e teve de escapar dela. "Eu nunca imaginei que, dessa vez, ele não conseguiria sair da água", disse o fotógrafo.
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