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Matérias / Brasil

Traições e mortes: 5 polêmicas envolvendo o imperador Dom Pedro I

Repleto de boatos e ocasiões duvidosas, o monarca passou por diversos casos que abalaram a imagem da Família Imperial Brasileira

Wallacy Ferrari Publicado em 27/07/2020, às 11h53

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Retrato oficial de Dom Pedro I - Wikimedia Commons
Retrato oficial de Dom Pedro I - Wikimedia Commons

1 . Traições constantes

Casado com Maria Leopoldina, a relação do monarca com a imperatriz não chegou nem perto de se assemelhar aos bons costumes propagados por Pedro I; a vida sexual do líder era publicamente conhecida como movimentada, porém, sem a esposa, chegando a ostentar cinco amantes simultâneas durante uma complicada gestação da companheira.

Uma amante em específico tornou-se um símbolo da infidelidade e humilhação; Domitila de Castro não apenas acompanhou Pedro I em eventos da realeza, mas chegou a ser nomeada Marquesa de Santos como presente do monarca — sem nunca ter pisado no litoral paulista.


2. Morte da esposa

Em dezembro de 1826, Maria Leopoldina sofreu uma hemorragia após um parto complicado, que também vitimou o bebê e levou a mãe a óbito. A comoção popular com a figura de mãe coruja da imperatriz piorou a imagem de Pedro I aos olhos da população brasileira em relação aos problemas anteriores do casal.

D. Pedro I e Imperatriz Leopoldina em retrato oficial / Crédito: Wikimedia Commons

A hemorragia chegou a ser relacionada a uma briga do casal, dias antes, com um boato de que o monarca teria desferido um chute contra a barriga de Leopoldina, o que nunca foi confirmado por funcionários e familiares da realeza. Abalado, Pedro I chegou a pedir perdão ao ex-sogro pela infidelidade e jurou que jamais cometeria tal erro novamente.


3. Morte do maior opositor

Na noite de 20 de novembro de 1830, quando voltava para casa, o jornalista Libero Badaró foi abordado por quatro alemães que o atacaram com um bacamarte — uma espécie de escopeta de cano curto — que o levou à morte. Dizem que, no leito da morte, bradou “Morre um liberal, mas não a liberdade”. Libero era conhecidamente o principal opositor do monarca na imprensa brasileira.

Sendo o primeiro caso de um membro da imprensa por sua atuação na mídia, as razões óbvias de eliminação de um crítico apontaram Pedro I como um dos principais suspeitos, com a teoria de que o mesmo havia abalado a credibilidade política a ponto de ter tido o assassinato orquestrado pelo imperador. Mesmo sem nenhuma prova, o caso foi capaz de polemizar ainda mais a família imperial.


4. Postura com a imprensa

Se por um lado a crítica da população e da imprensa em relação ao seu governo o deixava enfurecido, Pedro I tinha a oportunidade de colocar a boca no trombone em publicações autorais no Diário Fluminense. Em textos que ocupavam a primeira página das edições, o monarca tecia críticas para quem o desagradasse.

Trecho de publicação do imperador no Diário Fluminense / Crédito: Domínio Público/Biblioteca Nacional Digital

Desde membros da Assembleia Geral — o parlamento brasileiro na época — até mesmo outras figuras da imprensa eram alvos de seus textos inflamados, repletos de atritos e diminuindo a força dos opositores. Mesmo esbanjando superioridade, os textos do final da década de 1820 já mostravam sinais de um governo que perdia o controle administrativo do país.


5. Dia do Fico

Pressionado após a volta de seu pai, Dom João VI, a regência portuguesa ordenava o retorno de Pedro a Portugal, de maneira que o Brasil retornasse ao status de colônia. A polêmica volta era rodeada de críticos, principalmente das uniões liberais tupiniquins. Buscando amparo, se uniram ao Partido Brasileiro e demonstraram apoio ao príncipe-regente.

Pedro I decidiu ficar e assumiu a monarquia, mas gerou um conflito com os interesses portugueses, rompendo um vínculo diplomático que, posteriormente, acarretou na declaração da Independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822, porém, deixou uma marca de situação mal resolvida durante os anos seguintes da influência portuguesa na política brasileira.


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