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Matérias / Olga Benário

Treinamento em quartel e cena marcante: O filme 'Olga' em 5 curiosidades

Camila Morgado viveu a militante comunista Olga Benário no filme que estreou em 2004 e permanece mais relevante que nunca

Redação Publicado em 10/07/2022, às 08h00 - Atualizado em 21/10/2022, às 19h00

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Camila Morgado como Olga Benário e a militante comunista - Divulgação/Europa Filmes / Wikimedia Commons
Camila Morgado como Olga Benário e a militante comunista - Divulgação/Europa Filmes / Wikimedia Commons

O filme “Olga”, dirigido por Jayme Monjardim, estreou em 2004 e conta com Camila Morgado no papel principal vivendo uma das figuras mais emblemáticas da história brasileira.

Olga Benário foi uma militante comunistaalemã de origem judaica — enviada ao Brasil para colaborar com a Intentona Comunista de 1935, mas, ao falhar, acabou sendo deportada pelo Governo Vargas para a Alemanha nazista, onde foi morta em um campo de concentração.

Conheça 5 curiosidades sobre o filme “Olga” nas palavras da própria atriz que viveu a importante figura.

1. Insegurança da atriz

Camila Morgado como Olga / Crédito: Divulgação/Europa Filmes

Em entrevista à Rede Globo em 2013, Camila Morgado revelou que conhecia a história de Olga somente de maneira superficial antes de ter sido convidada para vivê-la no cinema — o que gerou insegurança, somada à importância da história da figura.

“Eu ficava um pouco insegura”, contou a atriz à Globo em 2013. “Era uma personagem com uma carga dramática muito forte. A grande questão é que por mais que a gente estude, se prepare, sempre acaba se perguntando: será que eu vou conseguir passar com a fidelidade que a personagem precisa? Será que conseguirei ser verdadeira? Ao mesmo tempo, por ser uma personagem que existiu na vida real, é preciso ter cautela na hora de interpretar”.


2. Ambiente de Olga

Exatamente por ter sido uma pessoa que existiu na vida real e que teve uma experiência muito diferente da que a atriz estava acostumada, foi necessário que Camila tivesse uma preparação para interpretar Benário, passando por uma vivência especial ao longo de três meses.

“Foram três meses de preparação, com pessoas ajudando tanto para me preparar fisicamente, porque a Olga era muito diferente de mim, quanto para saber como me portar enquanto militante, como segurar uma arma, como me vestir”, relatou ela em 2013. “Passei um tempo em um quartel, dormindo, acordando e convivendo com os soldados para entender o ambiente da Olga. Tive até aulas de luta de defesa pessoal”.


3. Linguagem

Crédito: Divulgação/Europa Filmes

Mas não era somente a forma de viver de Olga que era diferente: sua própria linguagem também era, pois a militante vinha da Alemanha, mas também se comunicava em russo pela ligação com o comunismo e teve que aprender a desenrolar um português.

Por isso, a atriz precisou, além de toda preparação física e psicológica, ter aulas de fonética de alemão e russo para que pudesse viver o papel de maneira mais verídica possível, entendendo a forma como ela se comunicava.


4. Momento mais marcante

O filme de 2004 gera ansiedade em quem assiste por conter cenas tensas que preenchem a história dramática de Olga Benário. Para Camila, até 2013, o momento mais marcante foi desde o nascimento da filha da comunista, Anita Leocádia, até quando ela a perde, tendo a criança retirada de seus braços pelo governo nazista.

“Eu fiquei um tempo me preparando para viver essa cena que eu sabia que seria difícil. Toda essa parte, da Olga na prisão, sem ter notícias da família, sem saber para onde tinham levado sua filha, era muito tenso pra mim isso”, explicou.

“O filme todo é a Olga revolucionária, que se apaixona pelo Prestes, vira uma mulher de verdade, até que perde a filha. Nas cenas da prisão, ela tinha que transparecer todas essas fases. Ela tinha um sonho, lutou por ele, mas não sabia onde tudo aquilo ia dar. Ao mesmo tempo, vivia a esperança de que as coisas não acontecessem da maneira como aconteceram. Foi tudo muito denso”, disse a atriz.


5. Sucesso de bilheteria

Sobre o sucesso que o filme fez na época, a artista afirmou na época: “Me sinto muito agradecida até hoje. As pessoas ainda falam desse filme, e na época, muitas delas falavam emocionadas mesmo. O que impactava era saber que aquilo existiu, que fez parte da nossa história. Foi tudo muito forte, muito tocante”.

Segundo reportagem da Rede Globo, “Olga” arrecadou mais de 350 mil ingressos somente no final de semana de estreia, em agosto de 2004. Embora tenham se passado 18 anos do lançamento, o longa-metragem segue mais relevante do que nunca.

“Tem muita mãe que vem falar comigo que o filme passou a ser exibido nas escolas e que seus filhos acabaram se interessando em também ler o livro do Fernando Morais [biografia homônima que inspirou o filme] ou vice-versa. É muito bom ver que ‘Olga’ entrou na educação dessas crianças e me dá muito orgulho saber que eu fiz parte disso”, completou.