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Matérias / Egito Antigo

Tumba KV5, o maior e mais impressionante túmulo do Egito Antigo

Embora os pesquisadores já soubessem da existência do local por mais de um século, demorou muito tempo para que se dessem conta do que haviam descoberto

Isabela Barreiros Publicado em 18/06/2020, às 07h00

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A tumba KV5 - Divulgação
A tumba KV5 - Divulgação

Embora muitos pensem que a tumba do faraó Tutancâmon seja a mais importante já encontrada no Egito Antigo, uma descoberta feita em 1995 colocou essa afirmação em cheque. Naquele ano, egiptólogo estadunidense Kent R. Weeks observou o real tamanho do túmulo KV5, no Vale dos Reis.

Ele está próximo do lugar do descanso final do faraó menino: são apenas 70 metros que os separam. Além disso, a tumba também está perto da sepultura de Ramsés II, o KV7, também na mesma região egípcia.

Descoberta

A entrada da tumba / Crédito: Divulgação

Pesquisadores sabem da existência da KV5 há pelo menos um século, no entanto, realmente investiga-la foi uma tarefa mais complexa que foi realizada apenas muito tempo depois de sua primeira descoberta. O primeiro a tentar realizar tal tarefa foi o arqueólogo britânico James Burton, no começo da década de 1830.

Depois dele, o egiptólogo britânico Howard Carter também tentou se consagrar por meio da mesma tumba subterrânea, mas ainda sem sucesso. Foi apenas entre os anos de 1985 e 1986 que uma expedição conseguiu, finalmente, entender o complexo que caracterizava o túmulo. No ano seguinte, em 1987, eles começaram a escavar, o que demandou mais tempo.

Kent R. Weeks, com o apoio da Universidade Americana do Cairo e do Theban Mapping Project, revelou ao público a descoberta por completo apenas em 18 de maio de 1995, quando fez um anúncio explicitando o que haviam encontrado.

''Em ​​fevereiro passado, escavando os detritos inundados que enchem a tumba, minha equipe e eu encontramos uma passagem que passava por vinte câmaras até uma estátua do deus Osíris. Dois corredores transversais, cada um com mais vinte câmaras, se estendem além disso. No final dos corredores, existem escadas e corredores inclinados, aparentemente levando a ainda mais salas em um nível mais baixo”, explicou Weeks.

Crédito: Divulgação

O que vinha depois causou ainda mais perplexidade: “a tumba pode ser a maior já encontrada no Egito”, afirmou o arqueólogo. E ele estava certo. A KV5 era subterrânea e continha corredores longos e anteriormente desconhecidos pelos pesquisadores que tentaram escavá-la nos anos passados.

História

Durante o longo tempo de existência, a tumba foi inundada por tempestades que acometiam o Vale dos Reis. Por isso, ela foi amplamente danificada, além dos constantes saques que aconteciam em quase todos os antigos túmulos egípcios. Ainda assim, a KV5 se mostrou cada vez mais impressionante. Em formato de T, ela continha inúmeras câmaras.

Lá, estavam guardadas inúmeras múmias que provavelmente eram filhos do dono da tumba, Ramsés II. Acredita-se que o local tenha sido o principal cemitério dos herdeiros do faraó, sendo palco do descanso final de pelo menos 52 deles. Muitos especialistas em Egito Antigo afirmam que o rei teve mais de 100 filhos, e outros ainda dobram o número.

Crédito: Divulgação

O primeiro a ser enterrado no túmulo foi Amenherkhepshef, que morreu em 1254 aC. Ele era o primogênito de Ramsés e de sua esposa Nefertari. A partir de então, o faraó passou a visitar a tumba inúmeras vezes para velar seus herdeiros, visto que viveu até seus 90 anos.

Ainda assim, a descoberta dos restos mortais não foi tão emocionante por que o estado deles era precário. Os ossos estavam completamente misturados: eram meninos, meninas, alguns mais velhos e outros ainda mais novos, todos juntos. Não foi possível definir exatamente quem havia sido enterrado lá.

Outros artefatos encontrados no local fizeram valer pela falta de múmias. Os pesquisadores observaram fragmentos de frascos de alabastro, muitos artefatos feitos de argila, amuletos, caixões feitos de madeira e de granito vermelho que continham inscrições raras, e várias contas de pedra.

Além disso, a arquitetura do local também foi considerada impressionante. As paredes das inúmeras câmaras contavam com detalhes em relevo que foram pintados de azul, vermelho e branco.


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