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Matérias / Personagem

Uma morte para cada ano: a indecifrável trajetória de Billy the Kid

Sanguinário pistoleiro do Velho Oeste, o jovem ladrão de gado se envolveu em diversas brigas políticas e assassinatos de familiares rivais

André Nogueira Publicado em 28/04/2020, às 14h23

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Billy the Kid em imagem colorizada - Divulgação
Billy the Kid em imagem colorizada - Divulgação

William Bonney McCarthy, o famoso Billy The Kid, foi um notório pistoleiro e ladrão de gado dos Estados Unidos que participou de guerras entre famílias, ocorridas no Condado de Lincoln, Novo México, em 1878. Ele agiu como uma espécie de jagunço de John Tunstall e se tornou uma lenda popular no país, estando constantemente presente em mídias e elementos da cultura pop.

Sua fama provém da lenda de que, em sua vida de crimes, Billy teria matado 21 homens em 21 anos de delinquência, mesmo que em registros oficiais, só constam quatro vítimas. Quando o criminoso morreu, em 1831, seu obituário declarou os números de assassinatos pelo qual ficou famoso: “um homem para cada ano de vida”.

Incógnita

Muito do que se sabe da vida de Billy the Kid é impreciso. Por exemplo, declara-se que ele nasceu em Nova York, no ano de 1859, com o nome de Henry McCarthy, perdendo o pai ainda criança e indo morar com sua mãe em Indiana. Ao lado dela, mudou-se para outras cidades: Wichita (Kansas) e Santa Fé (Novo México).

Após a morte de sua mãe por tuberculose, ainda aos 14 anos, Billy passou a ter uma vida de furtos, sendo preso junto a um amigo, George Shaffer, por roubarem algumas roupas. Astuto, ele conseguiu fugir da cadeia, com direção ao deserto do México, onde sobreviveu de pequenos roubos de cavalo. Com 17 anos, passou a morar no Arizona.

Billy jogando críquete / Crédito: Wikimedia Commons

Lá, ele praticou seu primeiro homicídio, contra um ferreiro de nome Frank Cahill. Comumente ofendendo Billy, o homem o provocou e os dois discutiram num bar. A situação se agravou quando Cahill empurrou o menino, que sacou um revólver. Então, deu um tiro em seu abdômen e fugiu novamente, para não ser pego pela polícia. Retornou ao Novo México, onde viveu de furtos novamente.

Arranjando um emprego em um rancho, Billy se dedicou aos negócios da fazenda de John Tunstall, tornando-se amigo de seus aliados, a família Coe. Ele ganhou roupas novas e um cavalo. Seguiu uma rotina tranquila até 1878, quando seu patrão foi assassinado em uma disputa por terras entre famílias rivais.

Sangue frio

Por conta das influências de Tunstall, Billy e seus colegas de trabalho foram declarados "delegados da Justiça"; assim se tornou integrante dos Reguladores de Lincoln. Em busca de vingança, ele saiu em busca dos responsáveis pela morte do patrão. Porém, rapidamente os Reguladores perderam a influência.

Declarados fora-da-lei pelo governador Axtell, os Reguladores continuaram em busca dos assassinos de Tunstall, emboscando o xerife William Brady e o delegado George Hindman numa rua da cidade. Em segundos, mataram os dois na bala. Billy saiu ferido dessa situação, mas o bando escapou.

Após o conflito no Condado de Lincoln, Billy e seus capangas fugiram de represálias dos poderosos locais, passando a viver como bandidos. Eles se estabeleceram em Fort Summer, Novo México, onde passaram as últimas noites como grupo.

Foi o suficiente pro grupo chegar ao fim: eles seguiram em caminhos diferentes, restando apenas Billy The Kid, Tom O’Folliard e Charlie Bowdre no estado, onde passaram a ganhar dinheiro roubando grandes rebanhos de vaca.

Paul Newman viveu Billy the Kid no cinema / Crédito: Divulgação/ Warner Bros

Juntaram-se ao grupo Tom Packett, Billy Wilson e Dave Rudabaugh. Juntos, passaram a recorrer a roubos nos arredores de Lincoln, até que, numa ocasião improvável, Billy testemunhou o assassinato do advogado de Susan McSween por James Dolan, seu inimigo político. O governador Lew Wallace fez um acordo de proteção com Billy, em que o bandido concordava em testemunhar no julgamento em troca de segurança.

Caos

O bandido foi colocado numa prisão como se tivesse sido condenado enquanto o processo jurídico ocorria. Porém, mesmo anistiado, não foi libertado pelo procurador local e decidiu fugir da prisão, matando dois delegados durante o caótico episódio.

Billy ainda teria executado algumas pessoas em ocasiões diferentes, como brigas em salões e outros assaltos. Assim, ele o seu bando passaram a ser perseguidos pela polícia, que em duas emboscadas seguidas, conseguiram abater dois dos homens.

O criminoso só seria morto pelo policial Pat Garret em julho de 1881, durante um confronto em Fort Summer, quando estava escondido num rancho em que o oficial realizou uma emboscada. Existem teorias ainda que Billy teria fugido da armadilha e vivido no Texas até 1950, mas poucos historiadores realmente dão credibilidade à essa versão.


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