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Matérias / Artes

Vendido três vezes em uma hora: A confusa história do quadro de Van Gogh

A tentativa de leilão virtual de uma das maiores leiloarias do mundo resultou em indignação dos antigos proprietários

Wallacy Ferrari, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 03/04/2021, às 07h00 - Atualizado às 09h04

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Detalhe do quadro com nome do autor - Divulgação / YouTube / EuroNews
Detalhe do quadro com nome do autor - Divulgação / YouTube / EuroNews

A pandemia mundial causada pelo novo coronavírus ocasionou em uma série de mudanças de hábito que separou as reuniões físicas, as transformando em conexões virtuais — que nem sempre podem obter o mesmo resultado de uma conversa olho-a-olho. Dessa maneira ocorreu com a conceituada casa de leilão Sotherby’s.

Com uma luxuosa estrutura em Londres, a empresa teve de mudar suas conhecidas atividades de lances em audições públicas por maneiras digitais de realizar vendas das principais obras e achados do mundo. Com isso, passaram a trabalhar com a venda online, recebendo lances do mundo todo, além de permitir, em leilões agendados, os lances por telefone.

No entanto, a administração dos estabelecimentos de oferta chamou atenção no último mês de março, quando uma obra do pintor holandês Vincent van Gogh se tornou peça de interesse e, por fim, de uma confusa conclusão, como explicou a revista Veja.

A pintura ‘Scène de rue à Montmartre’ na íntegra / Crédito: Divulgação / Sotheby’s 

Obra na mão

A pintura ‘Scène de rue à Montmartre’ (‘Cena de rua em Montmartre’, em tradução live) trazia não apenas a assinatura de uma das figuras mais notórias da história das artes, como contava com uma promessa de encher os olhos e esvaziar carteiras; de acordo com a casa de leilões, o quadro não era visto pelo público há, pelo menos, 100 anos.

O período se deve ao último registro de sua exposição, tendo a administração da obra transferida para uma família que, por fim, teve o interesse de repassar o quadro para a filial de Paris da leiloaria. Um avaliador especializado, por sua vez, apontou que o valor deveria atingir cerca de 5 a 8 milhões de euros (entre 34 e 54 milhões de reais), tamanha a preciosidade.

Datada pelo autor em 1887, a casa de leilão Sotheby’s disponibilizou a venda no dia 25 de março de 2021, somente pelos meios digitais. Contudo, ao longo daquela tarde, não apenas receberiam uma série de lances confusos e com comprovação duvidosa, como o vencedor não seria o que ofereceu mais dinheiro.

Fotografia em plano detalhe de pessoas ilustradas na obra / Crédito: Divulgação / YouTube / EuroNews

Disputa confusa

Durante o tempo limite da realização, dois compradores — ambos por telefone — iniciaram uma calorosa disputa que dobrava o valor da avaliação inicial. Os contragolpes renderam a vitória em um lance de 13 milhões de euros (cerca de R$ 88 milhões), chegando a ser anunciado como vendido e tendo o martelo batido na sede parisiense.

Porém, os organizadores notaram depois que, no site disponibilizado para lances, uma oferta atingiu 14 milhões de euros (cerca de R$95 milhões), resultando no cancelamento da vitória pelo telefone. Porém, ao tentar fazer contato com o comprador da internet, descobriram que o cliente não tinha tal poder aquisitivo, como informou o The Art Newspaper.

Ao invés de acatar a vitória anterior de 13 milhões, a leiloaria preferiu reabrir o leilão 30 minutos após o encerramento, sem aviso público. Via telefone, o lance mais alto obtido conseguiu arrematar o quadro por 11,25 milhões de euros (cerca de R$ 76,5 milhões), menos do que vários lances anteriores.

Ainda de acordo com o The Art Newspaper, a família que cedeu a obra e pagará uma comissão a Sotheby’s não gostou do resultado. Como receberam valores maiores, acreditam que a casa de leilões não agiu como previsto no contrato.


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