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Matérias / Personagem

Jeane Dixon, a vidente que previu a morte de John F. Kennedy e foi guru de outros dois presidentes

Durante sua carreira, a mulher anteviu momentos importantes da História — entre muitos erros

Fabio Previdelli Publicado em 24/07/2020, às 14h00

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Foto de Jeane Dixon - Wikimedia Commons
Foto de Jeane Dixon - Wikimedia Commons

Saber o que vai acontecer no futuro pode parecer uma coisa surreal, mas muitos videntes fazem previsões que deixam muitas pessoas perplexas. Esses acertos inimagináveis já deixaram muitas pessoas famosas, e, talvez, a mais delas seja Lydia Emma Pinckert, conhecida como Jeane Dixon, que previu o assassinato de John F. Kennedy e foi guru de Franklin Roosevelt e Richard Nixon.

O começo na vidência e seu primeiro grande cliente

Jeane Dixon nasceu em janeiro de 1904 e foi criada junto com outros nove irmãos, todos eles filhos de Gerhart e Emma Pinckert, imigrantes alemães que eram católicos romanos. Apesar de ter nascido em Wisconsin, ela foi criada no Missouri e na Califórnia. De acordo com sua Biografia Jeane Dixon: My Life and Prophecies, foi durante a juventude que ela descobriu seu futuro.

Em uma ocasião, ela foi abordada por uma cartomante cigana que lhe deu uma bola de cristal e leu sua mão, prevendo que futuramente a jovem se tornaria uma clarividente prestigiada e que seria procurada por pessoas famosas e importantes. Assim, ela seguiu se destino e, mais tarde, tornou-se astróloga, escrevendo artigos sobre horóscopos que eram distribuídos em âmbito nacional.

Recorte de jornal com o horóscopo escrito por Jeane Dixon / Crédito: Wikimedia Commons


Foi nessa época que Jeane também começou a fazer suas primeiras previsões e a ser requisitada por personalidades.  Seu primeiro grande cliente foi o então presidente Franklin D. Roosevelt, que precisava urgentemente de uma visão ou intervenção divina durante os dias difíceis da Segunda Guerra Mundial. Dixon foi chamada ao escritório de Roosevelt em 1944 para aconselhá-lo sobre algumas questões militares e pessoais.

Um dos maiores interesses do presidente era saber quanto tempo mais duraria a guerra, a vidente afirmou que ela cessaria em meados de 1945. A previsão foi condizente com a realidade, mas Franklin Roosevelt nunca soube se a afirmação era verdadeira, já que ele faleceu em abril de 1945.

A grande previsão e seu primeiro deslize

Uma vez que ela começou a fazer suas previsões, ela nunca mais parou. Em sua biografia a clarividente diz que nunca as fez sozinha, suas profecias vinham de Deus, todos seus poderes foram concedidos por Ele e ela só atuava como um canal para receber essas mensagens e visões. Isso a tornou altamente popular nos círculos cristãos.

Em maio de 1956, Jeane fez outro prenúncio surpreendente durante uma entrevista para a Parade Magazine. Ela disse que a eleição presidencial de 1960 seria vencida por um democrata que “seria assassinado ou morreria no cargo durante seu primeiro mandato”.

No entanto, essa premonição foi revertida no ano da votação. Conforme a data do pleito se aproximava, ela previu que Nixon venceria a disputa. Porém, na ocasião, John F. Kennedy superou seu rival, mas sua trágica morte ocorreu três anos após, em 22 de novembro de 1963.

Jeane previu que o presidente americano eleito em 1960 seria assassinado ou morreria no cargo / Crédito: Wikimedia Commons


Mas nem só de acertos vivia a vidente. Em 5 de fevereiro de 1962, ela disse ter visto uma esfera brilhante nas proximidades da Terra, da qual sairiam o faraó egípcio e a rainha Nefertiti, que estaria segurando uma criança. Essa criança seria divina, com olhos que continham sabedoria. Ela acreditava que a Era de Aquário estava chegando e que um novo Messias nasceria e erradicaria o mundo da guerra e da violência. Tudo isso deveria acontecer no ano 2000.

Mais um presidente americano procura a vidente e a previsão de sua morte

Richard Nixon foi o segundo presidente a procurar os conselhos de Dixon, os dois se encontraram em 1971. Na ocasião, ela previu que os estados Unidos seria alvo de ataques terroristas, pouco antes do Massacre de Munique, e isso teria levado Nixon a formar um comitê de contraterrorismo.

Jeane também profetizou que a União Soviética venceria os Estados Unidos na corrida espacial. Além disso, segundo o The Washington Post, ela previu corretamente que o Muro de Berlim seria vendido peça por peça como lembrança, mas errou ao alegar que a uma suposta Terceira Guerra Mundial começaria em 1958. Dixon ainda fez uma série de previsões que nunca foram concretizadas, em uma delas o The Guardian cita que a vidente acreditava que em 1967 haveria uma cura para o câncer.

Se suas profesias viviam uma fase de erros crassos, pra alegria de Oprah Winfrey em sua vez ela acertou em cheio. Em 2007 a apresentadora revelou em seu programa que se reuniu com Dixon em 1977, nessa reunião lhe foi dito que ela teria uma carreira enorme e milhares de fãs.

A vidente se encontrou com Richard Nixon em 1971 / Crédito: Wikimedia Commons


Outras previsões também chocaram ao serem concretizadas, como quando ela predisse um enorme acidente marítimo em 1989 (Exxon Valdez) e a chegada de uma grande doença em 1978 (AIDS). O fato é que Jeane Dixon fez centenas de previsões durante sua carreira e a maioria delas era parcialmente verdadeira ou completamente falsa.

Jeane Dixon, ou Lydia Emma Pinckert, faleceu em 25 de janeiro de 1997, no Sibley Memorial Hospital, em Washington, vítima de uma parada cardíaca. Antes de morrer, ela pronunciou as seguintes palavras “Eu sabia que isso iria acontecer”. Muito de seus bens acabaram com Leo M. Bernstein, investidor e banqueiro, que em 2002 abriu o Museu e Biblioteca Jeane Dixon em Strasburg, no estado da Virgínia.


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