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Matérias / Cinema

Viola Davis bate recorde no Oscar, mas histórico da premiação chama atenção de internautas

A artista se tornou a atriz negra mais indicada na história do Oscar nesta segunda-feira (15)

Isabela Barreiros, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 15/03/2021, às 16h54

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A atriz Viola Davis - Getty Images
A atriz Viola Davis - Getty Images

Nesta segunda-feira, 15, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood anunciou os indicados para a edição 2021 do Oscar, premiação mais importante do cinema em Hollywood. 

Foram algumas surpresas: Mank, filme produzido pela Netflix, foi o filme recebeu o maior número de indicações, participando de 10 categorias. Segundo o G1, também é a primeira vez que duas mulheres concorrem na categoria de melhor direção em 93 edições do Oscar.

Mas o que está causando debates intermináveis nas redes sociais hoje é a indicação de Viola Davis na categoria de Melhor Atriz com "A Voz Suprema do Blues" (2020), em que ela viveu Ma Rainey, considerada a mãe do gênero musical blues.

Com seu nome na categoria, ela se tornou a atriz negra mais indicada na história do Oscar. Davis quebrou recordes e conquistou um marco histórico na premiação, no entanto, diferente do que se possa imaginar, o número de indicações é baixo. 

É a quarta vez que o nome da atriz aparece na lista de indicados ao Oscar. Antes de hoje, ela já era a atriz negra mais indicada, mas dividia a posição com Octavia Spencer, que concorreu ao Oscar três vezes.

Agora, Viola conquista o topo, na categoria que conta com Andra Day (The United States vs. Billie Holiday), Carey Mulligan (Bela Vingança), Frances McDormand (Nomadland) e  Vanessa Kirby (Pieces of a Woman).

Número baixo

A atriz em A Voz Suprema do Blues (2020) / Crédito: Divulgação/Netflix

Internautas, porém, iniciaram um debate sobre o baixo número de indicações de mulheres negras na premiação, expondo uma triste realidade. Enquanto a atriz negra com recorde de indicações no Oscar tem quatro, a artista branca, Meryl Streep, tem 21. 

Embora esse assunto tenha tomado a internet depois das indicações terem sido divulgadas nesta segunda, o tema já era discutido por Davis. Em uma entrevista à jornalista Tina Brown, em 2018, a atriz fez um desabafo sobre racismo e desigualdade salarial em Hollywood.

“Eu tenho que lutar pelo meu valor. É isso que sinto que estou fazendo”, afirmou a artista. “Eu consegui o Oscar, o Emmy, os dois Tonys. Fiz Broadway, fiz fora da Broadway. Fiz TV, fiz filme. Fiz tudo isso Eu tenho uma carreira que provavelmente é comparável a Meryl Streep, Julianne Moore, Sigourney Weaver. Todas elas vieram de Yale, de Juilliard, de NYU”.

Viola, porém, explica: “Elas percorreram o mesmo caminho que eu, e ainda assim não estou nem perto delas. Nem perto do dinheiro, nem perto das oportunidades de trabalho, nem perto disso”.

“Mas eu tenho que pegar o telefone e escutar: ‘Você é a Meryl Streep negra’. ‘Não há ninguém como você.’ Ok, então se não há ninguém como eu — e você acredita nisso — você vai me pagar o que eu mereço”, disse Davis.

As indicações

Viola Davis em 'Histórias Cruzadas' (2011) / Crédito: Divulgação

A atriz quebrou o próprio recorde em um número baixo de indicações que explicitam o racismo da indústria do cinema. Na categoria de Melhor Atriz, a qual foi indicada na edição de 2021, ela conta com apenas duas indicações. 

Em 2009, Viola foi indicada ao Oscar por sua atuação em Dúvida, concorrendo na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante. Histórias Cruzadas rendeu para a artista uma indicação à Melhor Atriz na edição de 2012 do Oscar. Mas ela só venceu a estatueta em 2017, com Um Limite Entre Nós na categoria Melhor Atriz Coadjuvante. 

Com a quarta indicação e a quebra de um recorde, a atriz comemorou em suas redes sociais. Ela escreveu: "Absolutamente emocionada! Parabéns a todos da equipe. Merecemos".

Caso ganhe a estatueta neste ano, Viola quebrará um hiato de 19 anos: a última vez que uma mulher negra venceu o Oscar de Melhor Atriz foi em 2002, quando Halle Berry concorria por sua atuação no filme A Última Ceia. Em 93 anos de Oscar, Berry também foi a única mulher negra a ganhar na categoria.

"A mágoa que eu tenho é porque eu realmente pensei que aquela noite significaria algo e logo depois disso, outras mulheres de cor, mulheres negras, ficariam ao meu lado”, disse a atriz em entrevista ao The Mirror em janeiro. 

“Já se passaram 20 anos e isso não aconteceu, então toda vez que chega a hora do Oscar, fico muito reflexiva e penso: 'Bem, talvez este ano, talvez este ano'. É de partir o coração que ninguém mais esteve lá", lamentou.

Confira alguns tweets sobre o assunto:


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