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Matérias / Crimes

Violência, drogas e morte: Festival Altamont, o evento gratuito dos Rolling Stones que terminou em tragédia

O show organizado pela banda arrastou uma multidão para o local — e foi marcado por morte e confusão

Penélope Coelho Publicado em 16/06/2020, às 14h24

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Rolling Stones, alguns anos antes do Altamont Free Concert, em 1965 - Wikimedia Commons
Rolling Stones, alguns anos antes do Altamont Free Concert, em 1965 - Wikimedia Commons

O sábado de 6 de dezembro de 1969 foi motivo de euforia para os fãs de rock nos Estados Unidos. O dia marcava a data de um enorme show gratuito organizado por uma das bandas de maior sucesso na ocasião, The Rolling Stones.

O concerto prometia muita diversão e música, com presenças de peso na setlist, como: Santana, The Grateful Dead, Crosby, Stills, Nash & Young. O objetivo da banda — que seguia os conceitos da contracultura — era demonstrar que os fãs de rock sabiam se comportar em aglomerações, no entanto, o resultado foi bem diferente do esperado.

Fatídico dia

Sabe-se que muitas pessoas se reuniram no Altamont Speedway, norte da Califórnia, Estados Unidos. Para se ter ideia, 300 mil pessoas compareceram com o objetivo de prestigiar os shows, lotando o local. Desde o início, o evento já demonstrava alguns erros amadores em sua organização, no quesito segurança havia uma falha enorme.

Pôster anunciando o Altamont Free Concert / Crédito: Wikimedia Commons

De acordo com relatos da época, a segurança foi comandada pelo grupo conhecido como os Hells Angels. Na ocasião, os jornais diziam que o bando havia sido contratado pela produção dos Stones, com o pagamento de 500 dólares em cerveja, algo que a banda sempre negou.

Fato é que a ocasião que foi apelidada de "o pior dia de todos os tempos do rock and roll". Tinha tudo para dar errado, e deu. Já no início dos shows, os espectadores estavam muito bêbados, além de abusarem do LSD. Algumas pessoas na plateia também demonstravam alteração de humor e brigavam entre si, no entanto, o festival continuou.

Entre os concertos, as confusões não paravam, o incitamento da violência ficava ainda pior quando os seguranças se aproximavam e batiam em todos que viam pela frente. O show mais esperado da noite demorou para começar, devido aos inúmeros imprevistos anteriores. Logo no início da apresentação dos Stones, ouviu-se uma explosão na frente do palco, entretanto, como ninguém havia se machucado nessa ocasião, o show continuou.

Noite sangrenta

Devido à falta de planejamento, o Altamont Free Concert foi palco para muitas tragédias. Mesmo que as próprias bandas tentassem gerir a confusão, nada dava certo. Marty Balin, integrante do Jefferson Airplane, pulou do palco para tentar resolver uma briga e acabou levando um soco na cabeça, deixando o homem inconsciente.

Além dos empurrões e brigas, algo pior viria acontecer durante o show dos Stones. Quando Mick Jagger havia acabado de começar a cantar a música Under My Thumb, um jovem negro, fã da banda e simpatizante do movimento Pantera Negra, tentou subir no palco. Contido com violência pelos seguranças, ele foi retirado do local.

O menino era Meredith Hunter, de 18 anos. Testemunhas contam que o garoto teria sacado uma arma no momento que voltou à plateia. Na mesma hora, os Hells Angels foram para cima de Hunter. Um dos membros da equipe, Alan Passaro, golpeou o menino com uma facada nas costas.

A banda parou o show na hora da confusão, mas, depois que o menino foi levado para emergência, sem saber que Meredith já estava morto, os Stones continuaram o concerto e posteriormente foram duramente criticados por isso.

Confusão no show dos Rolling Stones, em Altamont / Crédito: Divulgação 

Consequências

Além da morte de Meredith Hunter, outros episódios trágicos marcaram a história do Altamont Free Concert. Duas mortes foram causadas por um acidente de carro no dia do show. Além disso, um afogamento no canal de irrigação local, devido ao uso exacerbado de LSD, também chocou os organizadores do evento. Diante da violência presente no local, dezenas de pessoas ficaram feridas, veículos foram roubados e o ambiente foi gravemente danificado.

O show gratuito foi dado como o marco do fim da contracultura da década de 1960. Em 1970, foi lançado o documentário Gimme Shelter, mostrando a cobertura do show. A obra sofreu diversas críticas da mídia, por ter sido acusada de ser muito sutil com os acontecimentos daquela noite. 

Em 1971, Passaro foi julgado pelo assassinato de Hunter, mas, foi considerado inocente, com a alegação de legítima defesa. Não obstante, os horrores do festival ocorreram no ano que marcou o assassinato da atriz Sharon Tate. Era o fim de uma era.


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