Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Matérias / Personagem

Violet Jessop, a camareira que sobreviveu a três grandes naufrágios

Conhecida como a Senhora inafundável, a argentina passou por momentos desesperadores a bordo das maiores embarcações do século 20

Alana Sousa Publicado em 02/08/2020, às 10h00

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Violet Jessop, a camareira que sobreviveu ao Titanic - Wikimedia Commons
Violet Jessop, a camareira que sobreviveu ao Titanic - Wikimedia Commons

Violet Jessop trabalhava como camareira na White Star Line, uma companhia de navegação que fabricava algumas das mais luxuosas embarcações do início do século 20. Mal ela sabia que entraria para a História como uma das mulheres mais sortudas — ou azaradas —, realizando o feito de vivenciar e sobreviver três terríveis naufrágios, incluindo o emblemático Titanic.

Em seu livro de memórias, intitulado Sobrevivente Do Titanic, lançado em 1998, Violet relembrou o incidente que, para ela, foi uma situação que qualquer navio está vulnerável a passar.

Primeiros anos

[Colocar ALT]
Violet Jessop / Crédito: Wikimedia Commons

Nascida em 1887, na Argentina, Jessop era a mais nova de nove filhos e, logo na infância contraiu tuberculose. Se curou por um milagre na vista dos médicos, que acreditavam que a pequena só teria alguns meses de vida.

Após a morte do pai, mudou-se com a família para a Grã-Bretanha. Como sua mãe, Katherine Jessop, precisava sustentar todos os filhos, arranjou um emprego de camareira de bordo na Royal Mail Line. Porém, a saúde da mulher rapidamente entrou em declínio, ao que Violet decidiu largar os estudos para assumir o trabalho da matriarca.

Aos 23 anos começou na Royal Mail Line e, em seguida, para a White Star Line. Sua primeira viagem foi a bordo do RMS Olympic, na época, o maior barco de passageiros que existia. No percurso, a embarcação colidiu com o navio de guerra britânico HMS Hawke, em 20 de setembro de 1911. Apesar do acidente, o Olympic conseguiu terminar o trajeto e voltou ao porto. Sobre o — quase — naufrágio, Jessop não comentou a experiência em seu livro.

Sobrevivendo ao Britannic e Titanic

No ano posterior, Violet foi escalada para trabalhar no icônico Titanic. O que era para ser uma das maiores viagens da História, por todas as expectativas criadas em torno da enorme construção, acabou sendo um caso de vida ou morte para a camareira.

Jessop contou em sua obra que enquanto o navio afundava ela foi usada de exemplo de um bom comportamento para os que não falavam em inglês pela equipe de segurança. Antes que o Titanic fosse completamente engolido pelo oceano, a camareira foi colocada em um dos botes salva-vidas, e um bebê desconhecido foi entregado em seus braços.

Passou a madrugada à deriva no mar, até que, na manhã seguinte, o RMS Carpathia a resgatou. Já nesta embarcação, uma mulher que ela assumiu ser a mãe da criança, levou-a embora sem dizer nada.

Violet como enfermeira na Primeira Guerra / Crédito: Wikimedia Commons

Sua vida seguiu tranquila, até que a Primeira Guerra teve início e ela foi convocada pela Cruz Vermelha Britânica para servir como enfermeira. Trabalhando a bordo do HMHS Britannic, que havia sido transformado em um hospital, Violet estava, mais uma vez, com um destino predestinado.

Em 1916, o Britannic afundou no Mar Egeu em uma catástrofe que durou 55 minutos, devido a uma explosão, possivelmente causada por uma mina. O desastre resultou na morte de 30 pessoas, mas Jessop não era uma delas. Para salvar a própria vida, a mulher precisou saltar de um barco salva-vidas, no pulo sofreu um traumatismo craniano, e ainda saiu com vida.

Quatro anos depois, ela estava de volta ao posto, na White Star Line. A destemida argentina tinha paixão por seu trabalho, sendo que após tudo que havia vivido ainda ingressou em mais outras duas companhias marítimas.

Se aposentou apenas em 1950, quando já tinha mais de 60 anos. Passou a morar em uma casa de campo na Inglaterra, ficando eternizada como a Senhora Inafundável. Vivendo longos 84 anos, Violet conseguiu acumular viagens fascinantes com momentos desesperadores, algo que poucas pessoas conseguiram se igualar.


+Saiba mais sobre o Titanic por meio das obras disponíveis na Amazon:

Titanic: a história completa, de Philippe Masson (2011) - https://amzn.to/3bw1ZFM

Titanic. A Verdadeira e Trágica História e os Atos de Heroísmo de Seus Passageiros, de Rupert Matthews (2014) - https://amzn.to/2VMYOmI

Monte o Titanic 3D, de Eni Carmo de Oliveira Rodrigues, Valentina Manuzzato e Valentina Facci (2018) - https://amzn.to/2RXTdJ6

Titanic: Voices from the Disaster (Edição Inglês), de Deborah Hopkinson (2012) - https://amzn.to/3cFxtcY

Príncipe de Astúrias. O Titanic Brasileiro, de Isabel Vieira (2014) - https://amzn.to/2xIcEie

Vale lembrar que os preços e a quantidade disponível dos produtos condizem com os da data da publicação deste post. Além disso, a Aventuras na História pode ganhar uma parcela das vendas ou outro tipo de compensação pelos links nesta página.

Aproveite Frete GRÁTIS, rápido e ilimitado com Amazon Prime: https://amzn.to/2w5nJJp 

Amazon Music Unlimited – Experimente 30 dias grátis: https://amzn.to/2yiDA7W