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Matérias / Crimes

Vítima da violência: O triste caso João Hélio, menino morto durante assalto

Em 2007, a criança de 6 anos foi carregada para fora do veículo por sete quilômetros

Redação Publicado em 14/04/2021, às 16h02 - Atualizado às 16h03

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Fotografia de João Hélio - Divulgação/Arquivo pessoal
Fotografia de João Hélio - Divulgação/Arquivo pessoal

A repercussão do caso Henry Borel— um menino de somente quatro anos, que faleceu em 8 de março, vítima de agressões supostamente realizadas pelo padrasto, com o conhecimento da própria mãe — trouxe de volta a discussão para crimes cometidos contra crianças.

Infelizmente, o caso de Henry não é exceção, já que no Brasil o homicídio de crianças e adolescentes tem números alarmantes. De acordo com dados de uma pesquisa realizada pela UNICEF, todos os dias, 32 crianças e adolescentes morrem assassinados no país.

Em fevereiro de 2007, um caso envolvendo a morte de uma criança em circunstâncias trágicas chocou o Brasil mais uma vez. Trata-se do menino João Hélio, na época com seis anos de idade. O garotinho foi vítima fatal de um assalto que terminou de forma cruel.

Vida interrompida 

No início do ano de 2007, o menino João Hélio Fernandes Vieites, então com seis anos de idade, seguia sua vida como a de uma criança normal, no Rio de Janeiro. Na época, ele estava matriculado na escola e cursava o primeiro ano do ensino fundamental.

Entretanto, no dia 7 de fevereiro daquele ano, o menino foi mais uma vítima fatal da violência da cidade, em um assalto brutal. Por volta das 21h30 da noite, Rosa Cristina Fernandes, voltava para casa na companhia de seus dois filhos Aline, de 13 anos e João Hélio, de 6. Como relatou uma reportagem do G1.

Na ocasião, a mulher parou seu carro em um farol vermelho na Rua João Vicente — localizada no bairro de Oswaldo Cruz, Zona Norte do Rio de Janeiro — quando foi surpreendida por assaltantes que ordenaram que as vítimas saíssem do veículo.

Rosa e a filha mais velha saíram rapidamente do carro, contudo, na tentativa de soltar o filho do cinto de segurança, os bandidos não esperaram o término da ação de Fernandes e partiram com o carro em alta velocidade.

O garotinho ficou preso com o corpo para fora do veículo, sendo arrastado por sete quilômetros, passando por Madureira, Campinho e Cascadura. Na ocasião, testemunhas presenciaram o ocorrido e viram o menino sendo arrastado, mesmo assim, os criminosos se recusaram a parar o veículo e continuaram a fuga.

De acordo com reportagens da época, motoristas e motociclistas que viram a situação sinalizavam para os bandidos, que ironizavam e diziam que estavam carregando somente um “boneco de Judas”.

Os homens envolvidos no crime abandonaram o carro na Rua Caiaria, localizada no bairro de Cascadura. O corpo de João foi deixado junto com o veículo.

Fotografia de João Hélio e sua família / Crédito: Divulgação/Arquivo pessoal

Consequências 

Ao entenderem a gravidade da situação, os moradores da região acionaram a polícia. O caso logo repercutiu na mídia, entretanto, os criminosos conheciam bem a área e se esconderam.

18 horas depois do crime, com a ajuda de denúncias anônimas, a Polícia Militar do Rio de Janeiro começou a prender os envolvidos: Diego Nascimento da Silva, Thiago de Abreu Matos, Carlos Roberto da Silva, Carlos Eduardo Toledo Lima.

No início de 2008, a juíza Marcela Assad, da 1ª Vara Criminal de Madureira, no Rio de Janeiro, condenou os quatro envolvidos pelo crime de lesão corporal grave resultante em morte. Todos receberam sentenças diferentes que vão de 39 a 45 anos de prisão em regime fechado, de acordo com informações da Agência Brasil.

Impunidade e protestos 

Entretanto, segundo a reportagem, em agosto do ano passado, um dos envolvidos no assassinato, Carlos Roberto da Silva, teve alterações que aliviaram sua sentença.

Carlos Roberto da Silva / Crédito: Divulgação / Rede Globo 

Na ocasião, a Vara de Execuções Penais do RJ determinou que o homem fosse para o regime aberto e continuasse cumprindo sua pena de 39 anos em casa. Para isso, o criminoso tem horários determinados em que não pode sair de casa, além de usar uma tornozeleira eletrônica. A decisão da justiça não repercutiu bem nas redes sociais.

Sabe-se que após a morte do menino, os pais de João permaneceram engajados na luta contra a violência. Eles organizaram diversas passeatas pelas ruas do Rio de Janeiro, pedindo paz e um estado menos violento.

Em homenagem ao garotinho, uma praça próxima ao local em que seu corpo foi encontrado, em Cascadura, recebeu seu nome: Praça João Hélio Fernandes Vieites, com o objetivo de que o menino nunca seja esquecido.


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