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Curiosidades / Brasil

5 curiosidades reveladas pela arqueóloga que exumou os restos de Dom Pedro I e suas mulheres

Mais lidas do ano: Confira os fatos mais impressionantes descobertos a partir do estudo realizado pela arqueóloga Valdirene Ambiel

Victória Gearini Publicado em 11/10/2020, às 08h00 - Atualizado em 22/12/2022, às 18h46

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Respectivamente: Leopoldina, Dom Pedro I e  Dona Amélia - Creative Commons
Respectivamente: Leopoldina, Dom Pedro I e Dona Amélia - Creative Commons

Ainda durante a infância, Valdirene Ambielsonhava em trabalhar com arqueologia, sonho este que realizou na fase adulta. Para a dissertação de seu mestrado (que pode ser acessado aqui) no Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (MAE/USP), em 2012, a arqueóloga estudou os restos mortais dos primeiros imperadores do Brasil. 

Produzido em parceria com diversas instituições e outros especialistas, o projeto consistiu em analisar os restos mortais de Dom Pedro I e de sua primeira e segunda esposa, aImperatriz Leopoldinae Dona Amélia. Biógrafos, um médico legista, um arquiteto e até mesmo um engenheiro civil, ajudaram no processo de exumação e pesquisa.

Confira abaixo 5 curiosidades sobre os restos de Dom Pedro I, Dona Amélia e Leopoldina, reveladas pela arqueóloga em entrevista ao site AH.

1. Vestimenta de Leopoldina 

Leopoldina usava um vestido branco com bordados de folhas e com mangas. Seus restos demonstravam poucos sinais de preservação. "Havia muita cal, provavelmente ainda do funeral de 1826, uma vez que a Imperatriz sofreu muita febre antes de entrar em óbito, fato que pode ter acelerado o processo de decomposição", disse Ambiel.

Valdirene com os restos de D. Leopoldina / Crédito: Prof. Dr. Luiz Roberto Fontes

Além disso, não havia luvas na imperatriz, em decorrência de um ritual comum na época, em que as pessoas beijavam as mãos em sinal de referência. Entretanto, devido ao estado de decomposição de Leopoldina, o ritual não foi executado com a imperatriz.

Logo após a sua morte, o corpo foi preparado à base de espírito de vinho, um método de conservação, mas em decorrência ao quadro infeccioso que a matou, o processo de decomposição foi mais rápido do que o normal. 


2. Dom Pedro I desarticulado

Em 1972, ocorreu o translado dos despojos de Dom Pedro I. Na época, tanto o Brasil quanto Portugal vivia sob ditadura, motivo que tornou a vinda dos restos mortais do imperador, uma grande comemoração. Na ocasião, o corpo de Dom Pedro I estava completamente desarticulado, sem forma anatômica. 

Valdirene Ambiel preparando o esqueleto de D. Pedro I para análise / Crédito: Valter Diogo Muniz

Além disso, apenas uma urna foi mantida com ornamentos religiosos, já a placa de chumbo e a urna de madeira rudimentar foram retiradas, e os objetos foram colocados sob posse do Departamento de Patrimônio Histórico do Município de São Paulo.


3. Dona Amélia 'mumificada' 

Valdirene com os restos de Dona Amélia / Crédito: Valter Diogo Muniz

Após sua morte em 1873, Dona Amélia, segunda esposa de Dom Pedro I, foi embalsamada. Tal fato permitiu que seu corpo estivesse em perfeito estado de mumificação. Já em 1982, um segundo processo de embalsamento foi realizado, selando seu corpo com uma tripla proteção de urnas. 


4. Presença de cal e sedimentos

Restos mortais de D. Leopoldina / Crédito: Valter Diogo Muniz

Ambiel explicou que durante as análises arqueológicas, a presença de cal e/ou sedimentos nos corpos de Dom Pedro I e Leopoldina dificultou o processo de pesquisa. Ao contrário do que aconteceu com Dona Amélia, em que a especialista afirma não ter encontrado tais substâncias consigo. 


5. Objetos no museu

Medalhas, botões e outros artefatos do primeiro imperador, que foram revelados durante a pesquisa, foram entregues ao Museu da Cidade de São Paulo, assim como uma parte do manto e brincos de Leopoldina

Valdirene segurando o crânio de D. Pedro I / Crédito: Maurício Paiva

"Pessoas, seres humanos como nós, que tiveram suas vidas, seus valores. Erros e acertos, qualidades e defeitos, assim como cada um de nós nos dias atuais. Diferente de iconografias em livros, quadros em museus, naquele momento, nós os vimos como seres humanos", revela Ambiel sobre seu sentimento pelo trio e pela pesquisa. 


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