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Vitrine / Segunda Guerra

Síndrome de Asperger: a controversa origem do autismo no Terceiro Reich

Diagnosticadas como impróprias, inúmeras crianças foram enviadas para Viena onde foram brutalmente assassinadas

Victória Gearini Publicado em 22/04/2020, às 20h28

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Hans Asperger entrevistando paciente - Divulgação
Hans Asperger entrevistando paciente - Divulgação

Hans Asperger foi um médico austríaco que colaborou para o programa de eutanásia nazista. Figura central nos estudos sobre o autismo, o nome deste personagem histórico deu origem à Síndrome de Asperger, ou seja, condição psiquiátrica a esta doença. A obra Crianças de Asperger: as origens do autismo na Viena nazista, de Edith Sheffer conta em detalhes este cenário e estudos científicos do médico.

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Crédito: Divulgação / Amazon

Lançado em 2019 pela Editora Record, o livro da renomada escritora e historiadora Edith Sheffer, apresenta os estudos psiquiátricos de Hans Asperger, e explica como o médico austríaco inspirou o nome da doença. De acordo com a autora, seus laudos determinaram que inúmeras crianças eram “impróprias” para o Terceiro Reich de Hitler.

“Os esforços do Terceiro Reich para criar uma comunidade nacional homogênea significavam a inclusão de algumas pessoas, multiplicando e unificando as que o regime considerava desejáveis, e a exclusão de outras. Os esforços para limpar o corpo político levaram ao Holocausto — o assassinato de mais de 6 milhões de judeus no maior genocídio da História —, assim como os numerosos outros programas de eliminação sistemática”, escreveu Edith Sheffer.

Os estudos da pesquisadora apontam, ainda, que o médico foi cúmplice no genocídio de inúmeras crianças, que para ele seriam "intratáveis". Ao serem diagnosticadas com a Síndrome de Asperger, eram enviadas para uma clínica infantil em Viena, chamada Spiegelgrund. No local, sofriam abusos e eram submetidas ao programa de eutanásia, onde eram brutalmente assassinadas. 

“Para examinar todo o caráter e não apenas sintomas individuais, o psiquiatra precisava conhecer integralmente o comportamento e a personalidade das crianças. Isso significava dar ainda mais atenção às nuances, observando as menores variações e ampliando o escopo para novos diagnósticos", disse Sheffer. 

Segundo um estudo realizado pela Universidade Médica de Viena, o historiador da instituição chamado Herwig Czech, afirma que Asperger era tão cruel quanto outros nazistas. “Legitimou publicamente as políticas de higiene racial, incluindo as esterilizações forçadas, e cooperou ativamente, em várias oportunidades, com o programa nazista de eutanásia de crianças”, disse o especialista. 

Médico nazista Hans Asperger durante consulta com uma criança / Crédito: Wikimedia Commons

Ao todo, mais de 800 jovens foram cruelmente mortos por não serem considerados dignos de uma “raça pura”. Além disso, outras 35 crianças foram assassinadas por serem diagnosticadas como “não educáveis”. Entre as formas de homícidio estão por envenenamento e eutanásia. 

Em 1944, Hans Asperger classificou esses jovens como “psicopatas autistas”, mas em 1980, após sua morte, a classificação foi alterada e os estudos sobre o autismo denominaram a doença como Síndrome de Asperger, em homenagem ao médico. Sheffer, por sua vez, questiona como uma pessoa responsável pela morte de vários inocentes, pode receber este título de honra.


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