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Vitrine / Cultura

Em obra inédita, vítimas de violência doméstica rompem o padrão de silêncio

Elas em legítima defesa, de Sara Stopazzolli apresenta dados alarmantes da violência contra a mulher no Brasil

Victória Gearini Publicado em 25/08/2020, às 18h03

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Imagem meramente ilustrativa - Divulgação / Pixabay
Imagem meramente ilustrativa - Divulgação / Pixabay

Segundo dados divulgados em 2019 pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em parceria com o Datafolha, no ano anterior, a cada uma hora, 536 mulheres foram vítimas de agressão física no Brasil. Ao todo, são mais 4,7 milhões de corpos femininos a mercê da violência doméstica, gerados a partir de uma cultura patriarcal e misógina que permeia a sociedade. 

Com medo de seus abusadores, muitas vítimas recorrem ao silêncio. Entretanto, há aquelas que, na luta pela sobrevivência, foram obrigadas a matar seus companheiros. Pensando nisso, a obra Elas em legítima defesa, de Sara Stopazzolli, lança uma nova perspectiva sobre a saga dessas mulheres, vítimas da sociedade.

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Obra Elas em legítima defesa, de Sara Stopazzolli (2020) / Crédito: Divulgação / Darkside

Recém-lançada pela Editora Darkside, Elas em legítima defesa apresenta uma jornada de empatia e compreensão às mulheres vítimas de violência doméstica. Por meio de relatos emocionantes, a autora busca denunciar as atrocidades que muitas mulheres sofreram até tomarem medidas drásticas. 

Stopazzolli explica o porquê a sociedade encobre e perpetua a violência contra a mulher e explícita os sinais que envolvem uma relação abusiva. Por meio de dados e relatos de vítimas, a autora aborda, ainda, métodos que podem combater a desinformação e preconceito que condenam as vítimas, além de propor uma reflexão sobre iniciativas que assegurem o direito e dignidade das mulheres.

Confira abaixo um trecho da obra Elas em legítima defesa (2020), disponível na Amazon:

"Em 2013, minha irmã Leda, produtora de cinema e estudante de Direito, veio com a ideia de fazer um documentário sobre mulheres que, para sobreviver, precisaram matar seus companheiros. A suposição lhe passou pela cabeça durante uma aula de processo penal, sem que ela jamais tivesse visto ou se deparado com um caso concreto. Chegamos a nos perguntar se isso sequer existia e se poderíamos retratar esse tipo de situação.

Em 2013 não se falava em feminicídio. Não havia a lei do feminicídio. A Lei Maria da Penha já estava em vigor há sete anos, mas as questões de gênero, incluindo a violência contra as mulheres, ainda não eram debatidas amplamente como passaram a ser após a Primavera das Mulheres de 2015. Na condição de mulher branca privilegiada, nascida na classe média sulista em um lar sem violência, eu realmente não tinha noção da dimensão da violência contra a mulher no Brasil. Acreditava no que imagino ser o senso comum por aqui, que os agressores são homens bêbados e machistas e os que chegavam a matar sofriam, na maioria das vezes, de algum tipo de psicopatia.

Naquela época, quando um caso de assassinato de mulher chegava à imprensa, aos programas sensacionalistas da tv aberta e outros como o Linha Direta, era sempre tratado como homicídio passional. Um homem que amava demais, ciumento, pobrezinho, a mulher devia ter alguma culpa nisso aí, provocou, fez alguma coisa para que ele ficasse desse jeito. Em 2008, foi assim que os apresentadores de programas vespertinos e os comentaristas convidados trataram Lindemberg Alves, que matou a ex-namorada Eloá, de 15 anos, após mantê-la em cárcere privado por mais de cem horas em Santo André, São Paulo".


+Confira o trailer do documentário Legítima Defesa:


++Saiba mais sobre esta e outras obras relacionadas ao tema disponíveis na Amazon:

Elas em legítima defesa, de Sara Stopazzolli (2020) - https://amzn.to/2Qr9pRM

Violência de Gênero Contra Mulheres. Suas Diferentes Faces e Estratégias de Enfrentamento e Monitoramento, de Cecília Maria Bacellar Sardenberg (2016) - https://amzn.to/2FP1QSS

Pequeno manual antirracista, de Djamila Ribeiro (2019) - https://amzn.to/3jd6Grx

Mulheres que correm com os lobos, de Clarissa Pinkola Estés (2018) - https://amzn.to/3jhbRGO

O livro do feminismo, de Vários Autores (2019) - https://amzn.to/3livn7N

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