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Vitrine / União Soviética

Fantasma da União Soviética: Transnístria, o "país" longe da realidade

Localizado entre a Ucrânia e a Moldávia, o território não reconhecido pela ONU possui governo próprio e é independente desde 1990

Victória Gearini Publicado em 04/07/2020, às 08h00

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Bandeiras definindo a fronteira da Transnístria - Wikimedia Commons
Bandeiras definindo a fronteira da Transnístria - Wikimedia Commons

Transnístria ou República Moldava da Pridnestróvia é um território situado na região do Leste Europeu que durante o século 20 foi comandado pela antiga União Soviética, sendo conseguindo a Independência em 1990, com a ajuda de contingentes russos e cossacos.

A história está diretamente ligada à trajetória da Ucrânia e da Moldávia, pois, está localizada entre essas duas potências. Ao longo dos séculos, após inúmeras invasões, o território esteve sob o domínio de diversos países, até que no final do século 18, foi incorporado ao Império Russo.

Com a Revolução Russa, o território foi anexado a antiga União Soviética e em 1924 tornou-se uma entidade política, com a proclamação da República Socialista Soviética da Moldávia. Em 1941, a região foi ocupada pela Romênia, após as Potências do Eixo terem invadido a URSS durante a Segunda Grande Guerra, derrotando as tropas soviéticas.

Bandeira oficial da Transnístria / Crédito: Wikimedia Commons

Entre 1941 e 1944, judeus ucranianos e romenos foram deportados para a Transnístria, onde foram executados em campos de concentração do Governo Geral ou nos guetos. Somente em 1944, o Exército Vermelho conseguiu reconquistar a área, deportando para o Cazaquistão e para a Sibéria, famílias ricas que colaboram com o Eixo. 

República Socialista Soviética da Moldávia

Durante a década de 1980, houve um aumento significativo de ideais nacionalistas pró-romeno entre os moldavos étnicos, na República Socialista da Moldávia. Nos anos seguintes, confrontos culturais e linguísticos foram estabelecidos, instaurando uma guerra civil no país que eclodiu num confronto armado.

Após a queda da União Soviética, o território declarou-se independente. Assim, iniciou-se a Guerra da Transnístria entre separatistas e a Moldávia. Para ajudar os separatistas, a Rússia enviou voluntários cossacos. Ao longo de quatro meses, os conflitos se intensificaram, até que o Exército de Guardas da 14ª da ex-União Soviética entrou na guerra durante a fase final, abrindo fogo contra as forças moldavas.

Em vermelho Transnístria; em verde países que não reconhecem sua independência e verde claro, países que reconhecem a Transnístria / Crédito: Wikimedia Commons

Estima-se que 700 pessoas tenham sido mortas e que milhares tenham ficado feridas durante a Guerra da Transnístria. Em 21 de julho de 1992, os governos assinaram um acordo de cessar-fogo que dura até hoje. Atualmente, o Conselho da Europa considera a questão do "país" um conflito congelado.

Direitos Humanos 

Embora Transnístria seja um território autônomo, não é reconhecido como um país pela ONU, mesmo tendo se declarado independente a mais de 27 anos. Sem reconhecimento internacional, o local mantém figuras soviéticas, como o martelo e a foice. Além disso, outra característica que chama atenção são imagens de Lenin e Stalin, eternos símbolos da extinta URSS, em prédios.

Para a ONU o governo é extremamente autoritário, sem liberdade de imprensa. Em 2007 o relatório da Freedom House declarou que a Transnístria trata-se de um território não livre, onde há falta de direitos civis e políticos. Outro fator criticado é a repressão contra mulheres e pessoas da comunidade LGBTQIA+ que sofrem perseguições e restrições constantes. 

Embora estes fatores citados, os moradores deste local sentem orgulho da sua nação, mas não gostam de serem reconhecidos como Transnístria, pois o termo remete a língua romena. Para eles, Pridnestróvia seria o termo correto, uma vez que se refere a língua soviética.


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