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Vitrine / Crimes

Bárbara dos Prazeres: a lenda da vampira que aterrizou o Rio de Janeiro no século 19

Dona de uma beleza estonteante, a serial killer teria matado diversas crianças para se manter jovem

Victória Gearini Publicado em 02/02/2020, às 15h40

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Imagem ilustrativa - Getty Images
Imagem ilustrativa - Getty Images

Localizado na Praça XV de Novembro, no Centro do Rio de Janeiro, o Arco do Teles é considerado um dos maiores marcos arquitetônicos. Foi contruído a mando do juíz português Antônio Telles Barreto de Menezes que, vendo o crescimento da cidade, comprou diversos lotes de terras para posteriormente alugá-los. No entanto, segundo crenças populares, o lugar também foi palco de insólitos rituais e crimes.

Em 1790, um incêndio se alastrou pela região e destruiu boa parte das construções, restando apenas parte delas. Em decorrência da tragédia, a região passou a ser desvalorizada e se tornou o lar de muitas prostitutas e usuários de drogas. Neste cenário surge a jovem portuguesa Bárbara dos Prazeres, de apenas 20 anos, que tinha acabado de se mudar para o Brasil junto de seu marido.

Dona de uma beleza estonteante, Bárbara dos Prazeres matou seu marido a sangue frio e passou a se prostituir na área do Arco do Teles. Desejada e atraente, a jovem atraia clientes com altos poderes aquisitivos.

Arco do Teles, localizado no Centro do Rio de Janeiro / Crédito: Wikimedia Commons

Reza a lenda que, ao envelhecer, Bárbara percebeu que seus clientes estavam diminuindo. Doente e temendo a morte, a mulher procurou feiticeiros para que pudessem curá-la. Segundo o mito local, Bárbara foi orientada a se banhar com sangue de crianças, para que desta forma conquistasse a juventude eterna.

Coincidência ou não, na época, muitas crianças estavam desaparecendo sempre que estavam desacompanhadas. Logo, os moradores da região proibiram seus filhos de brincarem nas ruas, acreditando ser obra de Bárbara dos Prazeres.

Criada em 1809, a Guarda Real da Polícia passou a investigar os desaparecimentos. Muitos negros escravizados foram acusados pelos sequestros de crianças e foram mortos injustamente.

Os sequestros diminuíram na década de 1830, o que levou a crença popular acreditar que Bárbara dos Prazeres havia morrido. Não se sabe como ou quando a serial killer morreu, muito menos se sabe até onde é lenda e até onde é verdade.

Apenas o que há certeza é que após o incêndio, a região do Arco do Teles ficou degradada e o Rio de Janeiro sofreu com ondas de sequestros de crianças, penalizando de forma injusta, negros escravizados.


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