Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Vitrine / EUA

O plano secreto dos EUA: detonar explosivos no Alasca

Durante a Guerra Fria, o país chegou a realizar testes próximo ao local, aumentando o nível de radioatividade no Oceano Pacífico

Victória Gearini Publicado em 12/01/2020, às 17h12

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Pixabay
Pixabay

No auge da Guerra Fria, compreendida durante a década de 50, a ideia de se aproveitar a energia nuclear como fonte de energia era quase nula, pois havia a ameaça de bombas nucleares projetadas pelos Estados Unidos e União Soviética. Entretanto, anos mais tarde foi descoberto que a Comissão de Energia Atômica (AEC), atualmente Departamento de Energia, pretendia explodir o Alasca.

Chamado de Project Chariot, o projeto foi arquitetado pelo físico Edward Teller, em 1958. Um pouco antes, em 1957, o governo norte-americano havia lançado o Project Plowshare que tinha como objetivo utilizar as armas termonucleares para atingir a paz. Na época, a Comissão de Energia alegou que o plano seria usado como bem público.

Teste nuclear Sedan de 1962, parte do Project Plowshare / Crédito: WikiCommons

O objetivo deste projeto era redirecionar armas atômicas para mudar a face literal do planeta Terra. De acordo com um relatório publicado na época, o plano iria permitir escavações em grande escala, ou seja, as explosões ajudariam a mover grandes rochas, a fim de extrair gás natural e petróleo.

O Project Chariot, que visava explodir o Alasca, era uma extensão do Project Plowshar. O intuito era detonar uma bomba de hidrogênio de um megaton, juntamente de outras explosões menores, perto de Cape Thompson, no Alasca, para facilitar a mineração mineral e pesca. Logo os EUA divulgaram o projeto para a mídia, alegando que seria um evento benéfico para a população do Alasca.

No entanto, os povos que moravam na região se manifestaram contra, pois havia altos riscos de radiação.  Eles apresentaram provas de que outras explosões realizadas próximas ao local já teriam contribuído para o aumento de radioatividade na vizinhança.

Pouco antes, em 1954, a explosão no Atol de Bikini, atingiu 11 mil km² no Oceano Pacífico, fato que aumentou o nível de radioatividade no ar e foi encontrado no organismo de animais. O povoado foi contra até o fim, pois temiam pelas suas vidas. Em 1977, o Project Chariot foi encerrado e a ideia de substituir mão de obra manual por energia nuclear nunca chegou a ser executada de fato.