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Vitrine / Personagem

A curiosa saga de Maria Celeste, filha freira de Galileu Galilei

Vista como "indigna" para se casar, a filha do pesquisador acabou entrando em um convento

Victória Gearini Publicado em 07/08/2020, às 08h00

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Maria Celeste em pintura rara - Wikimedia Commons
Maria Celeste em pintura rara - Wikimedia Commons

O renomado cientista Galileu Galilei foi o responsável por propagar a teoria postulada por Nicolau Copérnico. No entanto, o que poucos sabem é que sua filha, Virginia Galilei, mais conhecida como Maria Celeste, era freira.

Mais velha de três irmãos — Livia e Vincenzo Gamba — Virginia Galilei nasceu no dia 16 de agosto de 1600, em Pádua. Filha de Galileu Galilei e de Marina Gamba, a jovem foi considerada pela sociedade, na época, como indigna para se casar — motivo que influenciou em sua decisão futura.

Após passar por dificuldades financeiras, Galileu colocou os filhos em um convento. Aos 16 anos de idade, a jovem vestiu pela primeira vez um véu de freira e, a partir disso, adotou o nome de Maria Celeste em homenagem à Virgem Maria e ao seu pai, que era apaixonado por astronomia.

Virginia Galilei trabalhou como farmacêutica de San Matteo e contribuiu para as irmãs da Ordem das Clarissas. Entre as atuações no teatro do convento e os trabalhos como administradora das finanças do local, a jovem encontrava tempo para ajudar sua família. Com acesso ilimitado da farmácia religiosa, Maria Celeste enviava ervas para curar seu pai das inúmeras doenças que possuía. 

Por outro lado, Galileu Galilei ajudava com as despesas da filha e contribuia periodicamente para melhorias do convento. Certa vez, o cientista consertou as janelas do local e implantou melhorias no relógio da instituição religiosa. Responsável e pacífica, Maria Celeste ajudava, ainda, a manter a convivência equilibrada entre seu pai e irmão.

No entanto, em 1633, a Santa Inquisição considerou Galileu um herege, por expressar seus estudos sobre o heliocentrismo. Após retornar de sua prisão domiciliar, já era tarde, pois Maria Celeste havia contraído disenteria, o que levou a sua morte no dia 2 de abril de 1634, aos 33 anos de idade.