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Vitrine / Crimes

Lena Chapin: o repentino desaparecimento da jovem que acusou a própria mãe de assassinato

O caso aconteceu em 2006 e é retratado na série documental Mistérios sem Solução, da Netflix

Victória Gearini Publicado em 25/07/2020, às 22h32

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Lena Chapin, desaparecida desde 2006 - Divulgação / News Archive / Netflix
Lena Chapin, desaparecida desde 2006 - Divulgação / News Archive / Netflix

No começo do mês de julho, a série Mistérios sem Solução — reboot do clássico da década de 80 — entrou em catálogo na Netflix e cada vez mais tem feito sucesso entre os usuários da plataforma. Apresentando casos bizarros que não tiveram nenhuma solução até o momento, a produção apresenta no sexto episódio o misterioso desaparecimento de Lena Chapin. 

A jovem desapareceu em 2006 após alegar que a sua mãe seria a responsável pela morte misteriosa do próprio marido. Entretanto, quando recebeu uma intimação para testemunhar no tribunal, Lena Chapin desapareceu sem deixar pistas do seu paradeiro. 

O desaparecimento de Gary McCullough

Liehnia May Chapin, mais conhecida como Lena, desapareceu em 2006 em Dent County, no Missouri. Três anos antes de sumir misteriosamente, a jovem acusou sua mãe, Sandy Klemp, de ter matado seu padrasto Gary McCullough, em 1999. O rapaz conheceu Sandy por meio de seu irmão Albert McCullough, que, na época, se relacionava com a mãe da jovem. Mais tarde, Albert flagrou Sandy tendo um caso com Gary e rompeu o relacionamento. 

Retrato de Lena Chapin / Crédito: Divulgação / News Archive / Netflix

Em 2003, Lena confessou a Albert que a sua mãe teria matado o próprio marido. Por meio de uma fita, Lena, até então com 17 anos, contou em detalhes como ajudou a própria mãe a se livrar do corpo e como foi coagida acobertar o crime. 

“Ele estava sentado no sofá, comendo ovos mexidos. Ela saiu e atirou nele três vezes na cabeça. Duas, talvez três vezes... e ela não podia invadir até chegarmos em casa. E ela o envolveu com material plástico e cordas de feno... ela o arrastou para o quarto. Ela trancou a porta e chegamos em casa. Mamãe me fez ficar no quarto. Ela não queria que eu o visse. Mas eu já o tinha visto. Porque eu olhei pela porta. Não acreditei e queria ver”, disse Lena à Albert.

No documentário, Robin Shoemake, irmã de Lena, confirmou a veracidade da fita e afirmou, ainda, lembrar-se da noite em que Gary foi assassinado. Na época do crime Robin era muito nova, mas disse ter visto sua mãe e Kris Klemp — quarto marido de Sandy — arrastando o corpo de Gary para fora da casa na noite do dia 11 de maio de 1999 — mesma data em que Gary desapareceu.

“Naquela noite, a mãe disse a Lena para garantir que nenhum de nós saísse do quarto. Lena adormeceu na frente da porta. E mesmo sendo jovem, ainda me lembro de que algo não estava certo. E no nosso quarto, havia uma janela e vi mamãe e Kris lutando, tentando puxar algo grande. Quero dizer que era Gary, sem dúvida, mas ele estava envolvido em alguma coisa. Quer dizer, você podia ver as botas que ele usava. Isso me assustou", testemunhou Robin no documentário. 

O desaparecimento de Lena Chapin 

Após o desaparecimento de Gary, Sandy e Kris foram considerados responsáveis pela sua morte, a partir de um processo movido pelos seus filhos. O casal foi condenado a pagar US $ 7 milhões, mas em entrevista ao documentário, a família afirmou nunca ter recebido a quantia.

Gary McCullough desaparecido desde 1999 / Crédito: Divulgação / News Archive / Netflix

Três anos depois que Lena acusou Sandy, Robin foi procurá-la em seu apartamento no Missouri, onde vivia com o seu marido Jason e seu filho bebê. No entanto, ao chegar no local, Jason disse a Robin que Sandy havia lhe dito que Lena fugiu para a Flórida na companhia de outro homem.

Robin não acreditou no que foi dito e começou a suspeitar da própria mãe, que naquele momento havia conseguido a guarda do bebê de Lena. Sandy e o marido Kris nunca foram acusados formalmente pelo desaparecimento de Lena. O caso não foi resolvido e o seu corpo e o de Gary nunca foram encontrados pela polícia. 

Novas evidências 

Após o lançamento da série, a Netflix divulgou documentos inéditos que não foram apresentados no documentário, contendo entrevistas e imagens dos casos. O arquivo de Lena Chapin foi publicado na página Reddit. Nele, é possível ver a descrição da noite em que Gary foi supostamente assassinado.

Segundo o investigador Brian Martin, há novas provas contra Kris Klemp. “Algo interessante quando ele encontrou o caminhão de Gary era que havia um lugar para sentar e esse era o banco do motorista. Você podia sentar do lado do passageiro, mas não conseguia colocar os pés no chão, pois havia muita areia”, diz o especialista na nova gravação.

 Sandy Klemp, principal suspeita pelos desaparecimentos / Crédito: Divulgação / News Archive / Netflix

Martin disse, ainda, que Jennifer Klemp — esposa de Kris Klemp até o momento do desaparecimento de Gary — revelou que o marido estava agindo de forma estranha. “Ela disse que eles estavam brigando e ele disse algo como 'Não posso me preocupar com essas coisas agora. Preciso me preocupar em matar um homem’”, disse o investigador. 

De acordo com o detetive Rick Letchworth, responsável por conduzir o caso de Lena, Sandy estaria por trás do repentino desaparecimento da própria filha. Para o especialista, o fato de Lena ter ajudado a desaparecer com o corpo de Gary, a tornava testemunha e cúmplice do crime. Além disso, acredita-se que Sandy queria a guarda do neto, o que a motivou a desaparecer com o corpo da própria filha.


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