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Vitrine / Personagem

Uma paixão interrompida: o melancólico primeiro amor de Anne Frank

Os adolescentes apaixonados foram brutalmente separados pelas forças da SS

Victória Gearini Publicado em 01/08/2020, às 08h00

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Anne Frank, jovem judia - Domínio Público
Anne Frank, jovem judia - Domínio Público

Embora curta, a história do primeiro amor de Anne Frank foi intensa para a jovem judia, que por diversas citou Peter van Pels em seu diário. O rapaz também de origem judia, se mudou para o anexo secreto em 1937, uma semana depois, dos Frank. De acordo com o site do museu A Casa de Anne Frank, morando juntos, os adolescentes acabaram criando sentimentos um pelo outro, até que suas histórias foram brutalmente interrompidas pelos nazistas. 

Quem foi Peter van Pels 

Filho de Hermann e Auguste van Pels, Peter e sua família viviam em Osnabrück, na Alemanha. Com o avanço do Terceiro Reich, o patriarca viu a necessidade de procurar um esconderijo confiável para a família. Na época, o pai de Peter trabalhava para Otto Frank, que concordou em dividir o anexo secreto entre as duas famílias. 

O rapaz chegou no esconderijo no dia 13 de julho de 1942, e diferente de Anne, os pais de Peter permitiram que ele levasse o gato Mouschi. Dentre às oito pessoas escondidas no local, o adolescente foi o único a ter o seu próprio quarto.

Quieto e com dom para carpintaria, era comum ver o rapaz sozinho cortando lenha para o fogão. No começo, Anne escreveu em seu diário que ele "cai preguiçosamente na cama metade do tempo, faz um pouco de carpintaria e volta para outra soneca".

Assim como a garota, Otto Frank também tinha a impressão que Peter era "preguiçoso e desinteressado", mas com o tempo aprendeu a lidar com os demais moradores do anexo. 

Conexão 

Com o passar do tempo e conforme Peter e Anne iam crescendo, os adolescentes começaram a passar mais momentos juntos. Tal fato despertou sentimentos em ambos, que naquele momento precisavam de alguém para compartilhar o que sentiam vivendo aquele pesadelo que não parecia ter fim.  

"Peter e Anne conversam sobre tudo que os preocupava. Anne escreveu sobre a situação deles, seus pais e os sonhos de Peter para o futuro: 'Ele me disse que queria ir para as Índias E. holandesas e morar em uma plantação mais tarde", diz o site da Instituição.

Mais tarde, Peter e Anne se apaixonaram, até que um dia se abraçaram e Anne tomou a iniciativa de beijá-lo. Confusa com os seus sentimentos, Anne tomou uma decisão inesperada. "Depois de um tempo, Anne percebeu que Peter nunca se tornaria o amigo que ela esperava. Ela se afastou um pouco, mas Peter não". 

Momentos finais 

No momento em que Otto estava ensinando Peter a falar inglês, policiais nazistas, chefiados pelo SS-Hauptscharführer Karl Josef Silberbauer, invadiram o esconderijo. Naquele fatídico dia 4 de agosto de 1944, Peter e os outros moradores foram enviados para o campo de Westerbork.

Segundo um colega do casal, também prisioneiro, durante todo o trajeto Peter e Anne mantiveram-se juntos, até que em 3 de setembro, Peter e seus pais — assim como as famílias Frank e Fritz Pfeffer — foram enviados para o campo de Auschwitz-Birkenau. Anne viu Peter pela última vez na plataforma.

Com aproximação do exército soviético, os nazistas decidiram evacuar Auschwitz, obrigando os prisioneiros a marcharem para morte. Como Otto Frank estava muito doente foi deixado trás e pediu para Peter se esconder no quartel junto dele. No entanto, o rapaz recusou, pois acreditava que tinha mais chances de sobreviver na marcha.

Após uma longa jornada difícil, Peter e outros prisioneiros chegaram ao campo de concentração de Mauthausen, no entanto, após trabalhar no campo de satélites de Melk teve seu preço, o rapaz ficou extremamente doente. 

Peter veio a falecer em 10 de maio de 1945, aos 18 anos de idade, pouco depois do campo ser libertado pelas tropas americanas, no dia 5 de maio de 1945.


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