Pinheiro Neto, que faleceu em 2006, atuou em prol da reforma agrária nos anos 1960, durante o Governo João Goulart
Um novo documentário contará sobre a história de dedicação do advogado, jornalista e ex-ministro João Pinheiro Neto (1928-2006) em prol da reforma agrária nos anos 1960, durante o governo João Goulart, que foi abruptamente interrompido pelo golpe militar de 1964. "Terra Revolta: João Pinheiro Neto e a Reforma Agrária" estreará nos cinemas em maio.
Dirigida por Caio Bortolotti e Bárbara Goulart, neta de Jango, e produzida por Henrique João Pinheiro, filho do protagonista, a produção ganhou recentemente um trailer e teve sua data anunciada para uma sessão especial com convidados no Rio de Janeiro, marcada para o dia 4 de abril.
Com narração do ator Paulo Betti, o filme apresenta depoimentos inéditos de figuras importantes como Maria Thereza Goulart, viúva de Jango, Almino Affonso, o único ministro vivo do governo do ex-presidente, além de historiadores e pesquisadores.
Segundo informações do portal Metrópoles, familiares e amigos próximos de João Pinheiro Neto, que faleceu em 2006 aos 77 anos, também contribuíram com suas lembranças e reflexões para o documentário, que reúne uma riqueza de arquivos pessoais e documentos históricos.
Durante a gestão de Jango, Pinheiro Neto ocupou posições cruciais, como a de ministro do Trabalho e da Previdência Social entre 1961 e 1962, e presidente da Secretaria de Política Agrária de 1963 a 1964. Após o golpe militar, que completa 60 anos no próximo domingo, sua defesa apaixonada da reforma agrária foi vista como subversiva, resultando em sua prisão.
Emocionantes relatos de Silvia, sua filha, revelam como o ex-ministro se sentia um exilado dentro de sua própria terra, recusando-se a deixá-la mesmo durante os anos sombrios da ditadura.
